Tronco o Lobstroll

Lua Cheia

Tronco:

Eu fui ver a Poppy antes do pôr-do-sol. Eu estava caçando o dia todo... Minha fome almentou nos ultimos dias... Eu cheguei na casa dela e percebi que o pai dela havia saído.

Poppy: Meu pai foi acampar com o Creeck. Ele vai voltar só amanhã.

Tronco: Então tudo bem se eu ficar aqui?

Poppy: Sim. Eu preciso conversar com você!

Fomos pro quarto dela, ela deitou na cama e eu deitei do lado dela.

Tronco: O que foi?

Poppy: Você mudou muito! O que aconteceu?! Você era mais feliz.

Tronco: ...

Poppy: TRONCO!

Tronco: E-eu...fiquei mais agressivo...fiz uma cicatriz na Lírio...tenho medo de acontecer o mesmo com você...e se eu perder o controle?! Sabia que o seu cheiro é incrivelmente delicioso?! Parei de te visitar na lua cheia porque tava ficando difícil me controlar!

Poppy: Quer dizer que se um lobstroll me ver na lua cheia é perigoso me devorar?

Tronco: Sim...

Poppy: Você já pensou em me devorar?

Tronco: ...

Poppy: Tronco...

Tronco: Não...mas...tenho medo de um dia pensar nisso...

Ela sorriu e fez carinho em mim. Eu abracei ela e ela continuou me acariciando. Não sei por que mas deixei umas lágrimas caírem... Ficamos assim até o sol se por. Então eu vi a lua...COMO EU PUDE ESQUECER QUE ERA LUA CHEIA?!?! Me afastei de Poppy e sentei na cama. Ela sentou também.

Poppy: O que foi?

Olhei pras minhas mãos. Minhas garras estavam maiores. Senti minhas presas crescendo.

Tronco: É lua cheia... Eu tenho que voltar...

Me levantei e fui até a janela, Poppy me seguiu.

Tronco: Poppy...eu tenho que ir...

Poppy: Antes você conseguia se controlar.

Tronco: É que...a lua me influencia muito...e eu sou o próximo alfa...eu fico muito agressivo...

Olhei pra lua, ela parecia maior do que as outras noites.

Poppy:

Tronco olhou pra lua e seus olhos começaram a brilhar. Ele se transformou.

Poppy: Tronco...?

Ele olhou pra mim com um olhar faminto. Lambeu os beiços e rosnou.

Poppy: Tronco...?!

Ele ficou de quatro e se aproximou de mim. Eu afastei, ele avançou, por sorte eu consegui desviar mas caí no chão. Senti uma dor na perna...Tronco havia me arranhado. Um arranhão grande que doía muito. Tronco rosnava pra mim. Eu me assustei e tentei correr dele. Fui pra cozinha, peguei meu celular e procurei o contato do meu pai. O que eu tô fazendo?! Larguei o celular. Tronco pode estar diferente...mas ainda é o meu lobinho! Senti algo me derrubando. Tronco me prendeu me prendeu no chão e sorriu de uma forma assustadora. Puxei a toalha da mesa e joguei nele, ele rasgou e se aproximou de mim. Encostei na parede. Não tinha pra onde ir. Deixei uma lágrima cair. Não estava triste porque ia morrer...eu estava triste porque provavelmente, depois, Tronco se culparia...e eu não poderia ajudá-lo...

Poppy: Tronco...meu lobinho...

Ele levantou as orelhas e parou de rosnar. Olhei pra janela, uma nuvem cobriu a lua.