Aliança(DISPONÍVEL até 19/02)

Capítulo 4

Capítulo dedicado a uma pessoa incrível, linda, inteligente e cheia de sonhos, espero que tenha todos eles realizados, você é Maravilhosa Parabéns Autora Mônica Cristina! Feliz aniversário! ( Eu também mereço dedicatória de aniversário) 

   Jane

Depois de um longo suspiro de coragem, abro a porta do quarto para encontrar Lydia tamborilando com os dedos sobre a escrivaninha enquanto encara o vazio.

— Lydia! – Ela se volta em minha direção deixando um sorriso morrer em seus lábios. – O que está fazendo?

— Lendo, já li.... um total de dois parágrafos. – Ela brinca quando me sento em sua cama.

—Vem sentar aqui. – Lydia corre para se acomodar ao meu lado, um segundo e ela está ajeitando as pernas em outra posição, passa as mãos pelos cabelos mais uma vez para afasta-los. – Quer uma trança?

— Depois que eu lavar os cabelos.

—Certo. Nós temos que conversar.

— Eu estou tentando, eu sei que fui mal na prova, mas a psicóloga...

—Não é sobre isso, você é incrível, muito esforçada e eu a admiro muito. – Os elogios são importantes no tratamento, mexer com sua autoestima para que ela não se sinta deprimida por suas dificuldades. Lydia não fez amigos, ao menos não por muito tempo, é impulsiva, as vezes tem algum pequeno ataque de irritação, diz o que pensa e se mete em problemas, isso afasta um pouco os amigos.

—Então foi a tia Margareth que fez algo.

— Sim. Ela... parece tão louco que eu nem sei como contar. Ela combinou meu casamento com um Conde inglês.

— Tia Margareth quer te rebaixar, a Cinderela casa com príncipe, não com conde. Conde existe?

—Existe. – Respondo enquanto noto que ela ainda está em dúvida sobre a veracidade das minhas palavras.

—Achava que era coisa de antigamente.

— Não. O título existe, não como antigamente, é claro, estamos no século 21, mas acho que para alguns isso não muda muito.

— Mulher louca essa nossa tia. – Ela se ajeita na cama, cruza as pernas e arruma os cabelos mais uma vez. – Ela está muito brava porque se recusou?

— Lydia, é complicado, ela tem sua guarda, é sua tutora legal e você depende dela para tudo, isso inclui seu tratamento.

—Aceitou? Vamos nos mudar para Londres? – Lydia parece chocada e confusa, não sei dizer se brava ou feliz. – A tia fica?

—Amo você, eu prometi ao papai e a mamãe, se lembra que te contei, contei como eles te amavam loucamente e que não queriam nem sair aquela noite só para não se afastarem de você?

—Lembro. – Ela deixa a cama e vai até a janela. – Está um pouco quente, vamos dar uma volta lá fora?

— Depois, agora precisamos conversar, vem se sentar aqui. – Lydia obedece, volta para seu lugar ao meu lado, os pés batendo no chão enquanto ela começa a parecer preocupada. – Eu não tinha como recusar, Lydia. Não tinha, eu vou e você fica, mas ela me jurou que você vai continuar o tratamento.

—Aceitou? Como pode fazer isso? Vai me deixar? Não podia obrigá-la a me deixar ir com você? – Tem revolta, mágoa e medo em suas palavras e tem dor em meu peito.

—Você é o único trunfo que ela tem, você é a arma da tia, me entregar você seria como me dar liberdade e ela não vai fazer isso, nunca.