— Eu não faço a mínima ideia...
— Ok, então nós vamos na minha cafeteria preferida, acho que você vai gostar.
Millie estava mudada, já presenciei várias vezes Millie e seus amigos fazendo bullying com pessoas do colégio, muita das vezes, Jack e eu fomos vítimas.
Uns cinco minutos se passaram desde que estávamos andando, um silêncio constrangedor, mais natural para mim se fazia presente.
— Finn, por que você resolveu no nada me dar uma chance?
— Acho que todos merecem uma chance... — digo fitando o chão enquanto caminho.
Droga! Essa foi a resposta mais inútil que eu poderia dar.
— É... Realmente...
— Devo te fazer a mesma pergunta, Millie. A pouco tempo atrás você não dava a mínima para mim, e agora está me perseguindo. — falo com humor.
Millie deu risada. Não descordou. Após mais algum tempo caminhando, chegamos a cafeteira no centro da cidade. Millie e eu nos sentamos em uma mesa redonda com bancos altos e confortáveis perto da janela.
— Finn, colabore comigo, puxe assunto! — diz a garota se acomodando a cadeira.
— Tá bom! — deixo um pequeno sorriso, quase impossível de ser notado escapar.
Pela primeira vez me sinto confiante conversando com alguém além de Jack.
Millie abriu a boca para dizer algo e foi interrompida por uma garçonete com a expressão simpática, que surgiu do nada.
— Oi, Nath! — disse Millie para a garçonete.
— Olá, Millie e companhia, o que desejam? — a garçonete coloca dois pequenos cardápios na mesa.
— Eu vou querer um brownie e um milk shake de morango. — afirma Millie.
— Eu vou querer um café com leite, e uma torta de maçã.
A garçonete anota e se retira.
— Eae vem sempre aqui, gatinho?
Dou risada.
— Na verdade não, essa é minha primeira vez aqui.
Millie deu risada, uma risada exagerada e alta. Ela é bonita.
— A professora de artes me passou um trabalho péssimo! Tenho que escrever um poema, sou extremamente péssima com isso. — diz Millie apoiando a cabeça nas mãos.
Você é bem aleatória também.
— Adoro poemas, tanto ler quando escrever...
— Nossa, Finn. Isso é muito incrível! Você poderia me ajudar, neh? — diz tocando em minhas mãos.
Um pequeno arrepio percorreu por meus braços, sorri rápido e tirei minha mão debaixo das delas.
— Ah claro! — respondo desconfortável — Eu posso te ajudar com isso.
A garota tirou de sua mochila uma agenda com a capa decorada e junto da mesma um lápis.
— Você vai me ensinar a escrever poesia!
— Millie, não é simples assim, você tem que... Sei lá! Escrever o que você pensa mais de uma forma poética. — tento explicar para a garota me fitando concentrada.
— Por exemplo: estou com fome e a fome me consome? — diz a garota rindo.
— Não, Millie. Não! — sem conseguir me conter, dou risada.
Enquanto estávamos rindo, a garçonete trouxe nossos pedidos. Millie é bem aleatória, e extrovertida, conversamos por muito tempo, não me lembro da última vez em que dei tanta risada.
Me levantei para pagar, e Millie também se levantou indo atrás de mim.
— Deixa que eu pago! — diz a garota entrando em minha frente no caixa da cafeteria e entregando o dinheiro.
— Poxa, Millie!
— Vem logo! — diz Millie fazendo sinal para a porta de saída da cafeteria.
Quando saímos, continuamos a conversar, Millie tem uma personalidade incrível, tem tudo o que não tenho. Enquanto eu sou super tímido, desconfiado e inseguro, Millie é confiante, esperta e extrovertida.
O bairro em que Millie mora é do lado do meu, quando chegamos a frente de sua casa a garota parou em minha frente e me abraçou.
— Desculpa por isso, Finn. Eu não resisti... — diz rindo, e se dirigindo a porta de sua casa.
— Tchau. — aceno.
Bom, se eu corei, pelo menos ela não viu.
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"say" ʚ♡ɞ - fillie.
Fanfiction(+ 𝒇𝒊𝒍𝒍𝒊𝒆) onde uma garota joga "verdade ou desafio" e comete um erro, ou onde um garoto confia na garota errada. "𝖾́ 𝗆𝖺𝗂𝗌 𝖿𝖺́𝖼𝗂𝗅 𝖿𝗎𝗀𝗂𝗋, 𝖽𝗈 𝗊𝗎𝖾 𝗌𝖺𝖻𝖾𝗋 𝗈 𝗊𝗎𝖾 𝖽𝗂𝗓𝖾𝗋"