O Reinado De Diana

Capítulo 20

Dois meses depois..

Estou completamente e absolutamente apaixonada pelo George, o que me assusta muito porque além dele ser irresponsável e me tirar do sério várias vezes.

Ele vai embora em seis ou cinco meses. E quando ele for embora, como a gente fica?

Mas, estou tentando não pensar nisso, afinal é como ele mesmo disse: se você iniciar um relacionamento pensando que vai dar errado. Vai dar.

E eu não quero que dê errado. Não com ele.

Depois de tomar banho e me vestir, fui para a penteadeira e fiz o que eu sempre faço pela manhã.

Fiquei olhando para o meu reflexo no espelho pensando nas mesmas coisas que penso quase todas as vezes.

Se os meus pais estariam orgulhosos da rainha que eu sou.

E se estou fazendo escolhas certas para o reino.

— Bom dia, alteza. - e assim que escutei aquele alteza ser pronunciado com um fundo de deboche, soube que era ele.

— O que é que está fazendo no meu quarto? E ainda entrou sem bater. Você, não pode entrar no meu quarto. - eu disse me levantando, preocupada com que alguém batesse, ou visse ele no meu quarto.

— Foi mal, foi mal, já tô saindo. - ele disse fechando a porta.

E aí eu puxei ele.

— Você tá ficando maluco? E se alguém te ver entrando? E se alguém te ver aqui dentro?. - eu perguntei irritada.

— Diana, ninguém me viu, eu tenho certeza. Nem o Aron. - ele disse colocando as mãos na cintura.

— Não pode entrar no meu quarto. Por que não me esperou lá fora como da outra vez?. - eu perguntei.

— Tá cada vez mais difícil namorar com você escondido, sabia?. - ele perguntou me encarando.

— Você não respondeu a minha pergunta. - eu disse.

— Você também não respondeu a minha. - ele me olhou nos olhos.

— Majestade?.. - Aron bateu na porta.

Abri a boca no susto, e ele sorriu me encarando. Coloquei o dedo indicador sobre os lábios, pedindo para que ele ficasse em silêncio, torcendo para que dessa vez ele me obedecesse.

— Sim. - respondi.

— O café está servido, e com todo o respeito alteza, a senhora já devia estar de pé. - ele disse.

Ah, os horários..

— Eu já vou descer, obrigada. - eu disse.

George se aproximou da porta, e eu praticamente corri parando a sua frente, impedindo que ele abrisse.

— A segundos atrás estava me expulsando, e agora.. não quer que eu vá embora? Ah.. majestade, você tem que se decidir. - ele sussurrou me encarando com um sorrisinho no rosto.

— Ele pode estar por aí ainda, então espera alguns minutos, ninguém mandou você entrar no meu quarto escondido. Será que vou ter que começar a trancar a porta?. - perguntei em um sussurro.

Ele sorriu mais uma vez, antes de apoiar as mãos no meu rosto, e tomar meus lábios em um beijo calmo, lento, e.. apaixonante.

As suas mãos estavam quentes, e o jeito como os seus dedos delicadamente se enfiaram entre os cabelos da minha nuca fez meu corpo inteiro se arrepiar.

O meu coração parecia estar na garganta, e as minhas mãos estavam intactas grudadas na lateral do meu corpo.

— Você não pode fazer isso. - sussurrei afastando ele, para poder respirar.