Capítulo 33

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"O bom detetive não vai a um lugar procurando alguém quando está no dia mais movimentado. O bom detetive vai ao lugar quando estar cheio é mais improvável."

Eu estava na sacada do hotel enquanto Any arrumava sua mala

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Eu estava na sacada do hotel enquanto Any arrumava sua mala. Em meio dos meus pensamentos eu refletia sobre tudo que tinha acontecido nessa vinda para Las Vegas.

"Você quer ir para Las Vegas comigo?" me recordo dessa pergunta, eu estava tão nervoso. Uma ironia, no entanto, se eu soubesse exatamente o que iria acontecer, iria até pedir de joelhos para ela vir comigo.

Será que era possível sentir algo tão forte e tão intenso por uma pessoa de tão pouco tempo que conviveu? As pessoas normalmente se conheciam, iam em encontros, enrolavam e só aí sentiam alguma coisa. Mas com Any, era tão diferente.

- No que tanto pensa? - sorri fraco quando vi seus cachos voando com o vento do meu lado.

- Em como eu te odeio. - dei uma piscadela para ela.

- Eu também. - seu punho acertou meu ombro em um leve soco. - Você não tem medo? - sua voz saiu mais baixa e seus olhos viraram para frente.

- Todos nós temos medos. - comentei. - Terá que ser mais específica.

- Eu não sei. - suspirou pesadamente. - Voltar para Los Angeles, isso aí que estamos tento. Você e eu... É tão...

- Complicado... - completei. Éramos tão diferentes, mas em uma coisa nós dois sabíamos, éramos diferentes demais e complicados como uma fórmula de algum resultado médico. Mesmo assim eu a entendia. - Sei no que está pensando. Quero continuar com o que nós estamos tento, claro, se você querer se arriscar comigo.

Any respirou fundo e virou seu corpo de frente para o meu. Seu olhar foram para os pés e um sorriso bobo brincou entre seus lábios quando ela finalmente decidiu encarar os meus olhos.

- Eu posso me arriscar porque não tenho nada a perder, pessoas como eu não se preocupam com isso, Beauchamp. - ela deu um passo mais a frente e segurou minha mão. - Mas será que você está pronto para por tudo em risco?

- Por que fala como se isso fosse um erro? - reprimiu os lábios antes de levar seus dedos para o meu cabelo.

- Bem, digamos que eu sou o erro e você é o certo. - sua voz era doce, porém, irônica. - Você consegue ver alguma equação de matemática dando certo, detetive?

- A matemática é um resultado exato e não nossas vidas...

- Entretanto, podemos nos submeter a tentar enteder se o sim vai ser bom mesmo. - ela sorriu fraco. - Eu também quero continuar, Josh.

Um sorriso se assegurou nos meus lábios, ela queria tanto quanto eu e, eu a queria mais ainda. Era a coisa mais louca que eu já tinha feito na minha vida. Eu nunca quis tanto uma pessoa ao meu lado como eu queria Any Gabrielly.

Complicated Where stories live. Discover now