Capítulo 1 - Tempestade

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Era finalzinho da tarde quando ouvi o meu pai bater com dois grandes tapas na porta do meu quarto e me chamar, a gente mora no décimo terceiro andar de um dos prédios mais próximos da torre do relógio central em Londres, então nada de perder a hora por aqui. Meu pai é o senhor Jonas Lamb Hoppe, um policial de meia idade, com cabelos grisalho e um topete charmoso. Apaixonado pelo que faz e que todos os dias trás rosquinhas do trabalho para casa, mas, acredite, rosquinhas todos os dias no jantar durantes anos é extremamente enjoativo e nada saudável, ele tem uma lista de problemas, dor nas costas, hipertensão, Diabete tipo 1 e Gota. Apesar de todos os problemas de saúde do meu pai, eu nunca fiquei doente, nem mesmo um resfriado, ele diz que herdei o sangue forte da minha mãe... E quanto a minha mãe, ela morreu quando eu nasci, mas depois falo disso.

Jonas: Jay, tá dormindo? Acorda eu trouxe rosquinhas.
Dava para saber que ele estava encostando o rosto na porta fechada e eu não estava dormindo, eu estava observando o por do sol da minha janela.

Jay: De novo? Me pergunto quanto estoque de rosquinhas os policiais tem.
Falo abrindo a porta e saindo do quarto, dando uma risada debochando do fato.

Jonas: Quantas quisermos, ser policial tem suas vantagens.
Ele fala dando uma risada suave e inocente.

Jay: Tipo, passar o dia em uma viatura, fazendo absolutamente nada e ganhar rosquinhas do Krispy Kream, não me parece um trabalho muito emocionante.
Falo dando um sorrisinho debochado.

Jonas: Pois fique sabendo que esse trabalho é muito emocionante, melhor do que passar o dia no quarto sem fazer absolutamente nada e nem estar de castigo.
Ela fala em um tom ainda mais debochado.

Jay: Nossa... Assim o senhor me ofende sabia?
Falo parecendo que realmente estou magoada, mas não estou nem um pouco.

Jonas: É eu sei!
Ele dá uma risada

Jay: Pai... As aulas começam próxima segunda.
Falo em um tom tristonha.

Jonas: E o que pretende fazer em seus últimos dias de férias?
Perguntou ele, já tentando planejar algo.

Jay: Pensei em chamar a Katherine para irmos ao Zoológico.

Jonas: Aquela com a mãe meio esquisita?
Perguntou ele parecendo interessado.

Jay: É, e ela não é esquisita, é viúva, igualzinho o senhor.
Falo pegando uma grande rosquinha recheada do saco e dando uma grande mordida fazendo melar os cantos da minha boca.

Jonas: Por mim tudo bem... Você bem que podia chamar a mãe dela para ir com a gente.
Ela fala com suas bochechas levemente coradas, tentando disfarçar o interesse na senhorita Bladel, mexendo no saco de rosquinhas.

Jay: Tipo um encontro com a senhorita Bladel?
Falo rindo da cara dele.

Jonas: É, tipo um... Ei, você tá tirando uma com a minha cara, moçinha?
Ele fala colocando as mãos na cintura e fazendo uma cara de mal que não funcionava graças a cor corada do seu rosto.

Jay: Aí meu deus, o meu pai tá apaixonado pela mãe da minha melhor amiga. Eu preciso contar isso para Kat.
Falo rindo e indo correndo para o meu quarto.

Meu pai veio atrás de mim para me impedir de fazer algo, mas, fechei a porta do quarto antes que ele pudesse me pegar.

Jonas: Jay, abre a porta, Jay, Jay, se fizer algo vai ficar de castigo pelo resto da vida. Jay, eu...
Ele foi interrompido pelo badalar do relógio central.

Jonas: Eu... Tenho que ir, mas nós ainda não terminamos essa conversa moçinha.
A voz dele se afastava conforme falava e logo ouvi a porta da saída fechar.

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⏰ Last updated: Jan 30, 2020 ⏰

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