Tom

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Eu abri a porta para deixá-la passar e meu coração ficou acelerado.
Ela estava maravilhosa. Ela sempre é incrível, mas agora parecia incrível demais. O tipo de incrível que, se você pudesse engarrafá-la, faria de você um milionário.
Bem, eu já sou, e não é preciso ser muito inteligente para perceber que nada disso importa se você não estiver deitado ao lado da mulher dos seus sonhos todas as noites.
Nos eventos, quando ela estava na sala, todos gravitavam em sua direção. Ela tinha o tipo de rosto bonito que parava o trânsito, mas também humildade que não lhe permitia perceber isso.
Ela também é idiota. Gosto disso. Brincalhona, sem medo de se fazer de boba e muitas vezes completamente escandalosa.
Eu costumava pensar, na hora em que ela segurava minha mão debaixo da mesa em um restaurante, que seria bom se eu não estivesse cercado pela equipe. E não demorou muito para que a mão dela subisse minha coxa provocantemente lenta e descansasse em meu pau endurecido. Ela ficou cor de rosa brilhante como uma menininha.

Absolutamente ultrajante.

Eu adorava cada segundo que tinha a chance de estar com ela, considerando que muitas vezes eu tinha a agenda cheia e uma vida familiar. O emprego dela tornou possível que viajasse comigo e a equipe, na maioria das vezes sem cônjuge.
Longas noites em hotéis, tardes em trailers, manhãs em viagens de longa distância.
Eu a amo, tenho certeza disso. Quando a deixei, confirmou isso para nós dois. Essa dor é torturante e eu tive que passar dias e noites sem ela por mais de seis semanas.
E agora ela estava de volta. Bem na minha frente.

- Baby... - Eu disse novamente, lutando para articular mais alguma coisa no momento. Esse vestido de verão devia ser ilegal, eu podia ver todas suas curvas.

- Eu amei... - Ela disse em resposta, olhando para mim de cima a baixo, mordendo os lábios nervosamente. Ela sempre faz isso quando está nervosa. Também quando está excitada, o que significa que, mesmo que ela me odeie, seu corpo a estava traindo. - Mas você precisa de um prendedor de gravata. Talvez dois. E menos produto no cabelo, querido.

Eu ri da relevância. Minha garota misteriosa. Eu quero chegar perto dela. Eu quero que ela mova seu corpo para perto do meu.

Então eu ri de seus conselhos instantâneos de estilista e do senso de humor que existia sempre enquanto a apontava para o amplo sofá de camurça que ficava diante de uma TV de tela larga, montada na parede, exibindo o jogo noturno do dia.

- Você odeia futebol. - Disse ela, olhando-me com um sorriso de lado. Tão bonitinha.

Eu não gosto. Ela está certa, eu odeio futebol. Eu gosto de balé, teatro, e às vezes uso camisa rosa.
Mas também gosto de MMA, tatuagens, carros e motos. Então, quem dirá que alguém precisa gostar de algum tipo de coisa? Mas ela está certa. Eu odeio futebol. E eu odeio que ela não esteja nos meus braços agora.

- Ruído de fundo, querida... Então você não gostou do tartan? - Eu perguntei a ela.

- Você realmente me pediu para vir aqui escolher um terno? - Ela perguntou, sentando-se cautelosamente na beira do sofá e cruzando as pernas como se não estivesse acostumada a quartos de hotel.
Como se ela não tivesse se contorcido nua debaixo de mim em sofás semelhantes antes.

Quando eu não respondi, quando não podia responder, ela continuou.

- Eu não sou mais sua estilista, Tom. Eu nem sou mais estilista, lembra?

- Mas está no seu sangue. - Eu disse, sentando-me ao lado dela, com uma boa quantidade de espaço desnecessário entre nós. Ela ainda me odiava. Ela não tinha pulado em mim como eu esperava, como costumava fazer.

- Não, mas você está. - Ela disse tão baixinho que eu mal a ouvi.

Impulso. É uma coisa estranha, mas é real. Eu poderia dizer que foi o impulso que me fez fazer as coisas mais loucas e insanas, e depois culpar isso mais tarde. Quando percebo que não é a coisa mais sensata a se fazer.
Foi o impulso que fez eu fechar o espaço entre ela instantaneamente e agarrar a parte de trás de sua cabeça para puxá-la para mais perto de mim.
Quando eu toquei meus lábios nos dela, fiquei faminto, e ela obedeceu naturalmente, sem esforço, abrindo a boca para permitir que minha língua entrasse. Ela gemeu alto no beijo e isso fez eu esquecer todo o resto do planeta, exceto ela e esse sentimento. Essa porra de sentimento, era tudo...
Meu sangue estava pegando fogo... Ela também estava no meu sangue, em todo lugar... Em todo meu corpo, sinapses repentinas, uma corrente elétrica de desejo explodindo dentro de minhas veias, no peito, esmagando-me, criando impulsos... Um impulso de empurrá-la de costas no sofá e levantar seu vestidinho de verão.

Foi o instinto e o impulso primitivos que fizeram minhas mãos percorrerem o comprimento externo de suas coxas, juntando o vestido até os quadris para revelar sua calcinha de renda por baixo, uma porra de fio-dental branca, qualquer coisa exceto virginal, tudo menos pura.

- Tommy... Baby... Pare. - Ela pediu sem fôlego, subindo no sofá. Eu continuei cobrindo todo o rosto dela, pescoço e mandíbula com beijos, minha barba coçando-a, minha língua encharcando sua pele, meu hálito quente por toda sua pele enquanto ela ofegava. Porra, ela fez meu pau ficar tão duro.

- Tom, pare. - Ela pediu com mais firmeza, e eu me afastei com conformidade. Sentindo falta dela no momento em que o fiz. Eu tinha que tê-la, por que diabos ela queria parar com isso? Eu olhei para ela como um cachorrinho perdido e sentei-me, seus lábios estavam mordidos, vermelhos e escorregadios com minha saliva e as tiras de seu vestido de verão desgrenhadas, descendo pelos ombros, expondo o sutiã rendado.

Eu não a deixaria ir embora novamente.

- Você precisa tirar esse maldito vestido agora. - Eu pedi enquanto ela mordia o lábio com força.

Não, eu não a deixaria ir embora novamente.

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