01.10.2036

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01.10.2036

É uma manhã estranha para os Parker's, eles estão a anos na guarda paterna, e esperam que Peter seja mais do que uma menção de um super herói. Peter ainda era jovem, estava beirando seus quarenta e um anos de idade, e era viúvo a treze anos. Criar os gêmeos, era algo tentador, pois ao mesmo tempo que pareciam crianças adoráveis, eles demonstravam o pior lado de se tornar adolescentes. 

Ele aguardava ansiosamente os quatorze anos de seus filhos, necessitava entregar uma parte que faltava deles, parte está que ela havia deixado. Sua amada Lily, que partira enquanto eles ainda eram bebês. Desde então, era insustentável preencher a vaga dela no coraçãozinho deles, que imploravam por ela dia e noite. E ele, se obrigava a admitir, que apesar dos grandes esforços que ele tomava, ainda não chegava ao terço do que Lily conseguia ser.

Olhar para Phoebe, era como vê-la, seus cabelos castanhos ondulados e compridos, e suas bochechas avermelhadas, e cheias, tornava uns vislumbre  momentâneaos das lembraças do passado, pois ela era muito semelhante a sua falecida esposa. Phoebe, também era criativa, despretensiosa e morava em seu mundo particular como a mãe. Aos olhos de Peter, o que as diferenciavam, eram os olhos verdes, herdados da genética materna, especificamente, do avô. Era compreensível que elas não fossem idênticas, mas era impossível de se negar que Phoebe, era a melhor versão de Lilyan. 

A caixa escura, de madeira revestida em couro, estava em suas mãos, mais pesada do que se lembrava, e um pouco empoeirada. Phoebe e Henry, estavam arrumados para a aula, e desciam naquele exato momento para o café da manhã, quando aguardou que se sentassem, e arrumassem, os seus pratos. Olhou para seus filhos, quais ele tanto amava, e sorriu amigavelmente. Estendeu a caixa sobre a mesa, e retirou o primeiro bolo enrolado em barbante. Pelo belo detalhe em vermelho no laço do barbante, ele já sabia que aquele primeiro bolo se destinava a Phoebe, e que o próximo seria todo de Henry.

Entregou para a pequena curiosa que o tomou com voracidade de suas mãos, abandonando o próprio café da manhã, para sanar suas dúvidas sobre os papéis que estavam agora em suas próprias mãos.

A menina de estatura mediana e de um físico proporcional para sua idade, com seus olhos verdes esmeraldas, engoliu imediatamente com os olhos o bolo de cartas estendidas por seu pai, que amigavelmente, lhe entregava. Phoebe, não era ansiosa, e nem um pouco pretensiosa, mas, ela era curiosa o bastante, para desvendar mistérios. E sem sombra de dúvidas, para ela o bolo de cartas era uma dúvida de proporções enormes.

Afastou o prato com seu sanduíche e geleia, e abriu espaço entre o copo de suco, pronta a desatar o nó.

- Ainda não meninos, deixe para depois da aula- pediu Peter em um tom autoritário, fazendo Phoebe desanimar-se de imediato, e colocar o bolo de cartas sobre o colo, enquanto terminava seu café da manhã.

De uma coisa ela tinha certeza, se sua mãe ainda estivesse viva, ganharia um beijo no rosto, um forte abraço, e depois uma autorização imediata, para ler as mensagens contidas ali. Suspirou, aborrecida por ter de aguardar o tempo passar, mas, se alegrou ao lembra-se que a aula, passaria mais rápido do que esperava.

As Cartas de Lily Parker- Cartas Para PhoebeWhere stories live. Discover now