Capítulo quatorze

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 Se possível, escute ao ler:  I am ready – Counting Crows

 “Você sabe que eu o amo tanto.”

Carolina colocou as mãos no peito dele, sentindo ele se contrair com o toque e ela soltou um suspiro. Sabia que não devia estar se entregando daquela forma para ele, mas e daí? Aquilo parecia a coisa mais certa do mundo.

Lucas passou a língua pelos lábios dela e desceu suas mãos por suas costas, a puxando ainda mais para si. O beijo era doce e ao mesmo tempo selvagem, suas línguas se encontravam em uma dança perfeita, como se tivessem sido feitas exatamente para aquilo.

Lucas soltou um gemido profundo e a afastou um pouco de si, a fitando com intensidade. Não queria ter começado com um beijo, mas não conseguiu se controlar quando a viu e a atacou sem aviso prévio.

Mas pelo brilho intenso nos olhos dela, parecia que havia feito o mais certo. Carolina o fitava, com a respiração ofegante e sentia as pernas tremulas. Ele colou sua testa na dela e roçou seu nariz no dela.

― Não me interessa, Carolina...

Ela soltou um pequeno suspiro.

― O que...?

― Não me interessa que você tenha essa doença, não me interessa quanto tempo isso vai durar, não me interessa se você vai sofrer. A única coisa que me interessa, é que você me deixe fazer parte de tudo isso! Não me deixe no escuro, Carolina... não deixe que você fique no escuro...

Carolina fechou os olhos com força e respirou o mais fundo que conseguiu. Aquelas palavras a deixaram totalmente sem chão. Realmente esperava que ele aceitasse aquilo de boa?

Sentiu a mão dele brincando com seus cabelos e soltou um suspiro, ao mesmo tempo em que abria os olhos. Seu coração batia forte e sentia o dele batendo forte sobre suas mãos.

Ela fixou seu olhar nas suas mãos e acariciou o peito dele levemente, sentindo ele pulsar forte. Levantou seu olhar lentamente e encontrou os olhos dele a fitando com tanto amor e tanta determinação, que uma parte de si se apaixonou ainda mais por ele.

Queria tanto poder dizer sim para ele. Queria tanto que as coisas fossem diferentes...

Mas elas não eram! E ela não podia fazer aquilo com eles, simplesmente não podia.

Ela fechou os olhos novamente e respirou fundo, juntando toda a coragem do mundo para fazer o que sua razão lhe dizia, mas quando voltou a abrir os olhos e encarar os dele, sentiu seu coração se apertar e a dor foi a pior coisa que já sentiu na vida.

Carolina abriu a boca e deixou que o ar saísse completamente de seu corpo e inspirou com força. Afastou o rosto dele um pouco e o fitou com atenção, dizendo:

― Você sabe que o amo tanto...

Already goneDonde viven las historias. Descúbrelo ahora