Capítulo 7 - DERECK

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Minha risada se intensificou ao escutar a forte pancada da porta ao ser fechada e aos adoráveis xingamentos dirigidos para mim. Porra! Nicole Dantas irritada é sexy pra caralho. Uma mulher extremamente temperamental. Só perde para uma única pessoa. Minha irmã, azar do Alex.

Esse cabelo exótico que chamo de ruivo colorido que começa vermelho, vai clareando para o laranja e depois loiro com pontas levemente rosadas. Corpo fenomenal agraciado pela dança e olhos azuis em chamas me fitando é um tiro certeiro no meu pau que sofre por essa mulher-macho ultimamente.

Não nego que desde que a conheci busco um caminho para levar a amiga da minha irmã caçula para a cama. Sou sincero, direto sem clima para enrolação. Uma pena que seja teimosa e digamos que medrosa por não se deixar levar como aconteceu uma vez na comemoração do aniversário do Tyler. Rezo para um repetição, mas com conclusão.

Naquela noite demos uma trégua a respeito do aniversariante. O problema é que a música envolvente, bebidas ingeridas e sermos os únicos solteiros do grupo foi uma combinação desastrosa que resultou em nós dois bêbados com tensão sexual acumulado.

Tão bêbados estávamos que a diversão acabou com Nic adormecendo na cama enquanto fui rapidinho ao banheiro despejar as cervejas que tomei. Eu poderia provocar ela, poderia. Imagina como teria sido ter acordado comigo na cama. Só que coloquei minhas roupas e depois de tê-la coberto com o lençol, tranquei a porta indo embora.

Nic nem se quer recorda desse deslize que acabou mostrando que me deseja também. Na manhã seguinte quando apareci no apartamento aguardei ansioso por sua reação que foi apenas "Não me lembro de nada. Pode me dizer como cheguei em casa?"

Até suspeitei que fosse fingimento, talvez estivesse envergonhada para não querer admitir que caiu na tentação, mas no fim Nicole realmente não se lembrava dos nossos amassos dignos de filme para maiores de idade protagonizados no elevador do prédio e corredor que mora antes de parar no quarto.

Até hoje Nic não relembrou de nada.

Até hoje lábios doces, mãos exigentes e pernas fortes assombram os meus sonhos.

Pego meu celular para ver se o cliente mandou alguma mensagem, e como se pressentisse que estou com o aparelho nas mãos a minha irmã pivô dessa trama decide me ligar.

Assustadora.

Eu olhei para a porta do banheiro com Nic trancafiada sem intenção de sair e depois retornei para a tela que preciso consertar. O dedo vai na direção de apertar rejeitar a chamada, mas conhecendo a pirralha insistiria até que me desse por vencido por isso opto aceitar.

Você ainda está vivo. — sua entonação despreocupada não passou despercebido.

— Decepcionada, irmãzinha?

Demais. Pensava em ficar com a empresa que montou junto com o meu namorado. Choraria no seu tumulo, contaria algumas das nossas aventuras principalmente suas vergonhosas e depois assumiria seu lugar.

— Alex te deixar assumir minha posição? Duvido.

Você sabe que se eu casar com ele terei metade da empresa.

— Metade da empresa na parte do Alex. Nada meu.

Você é meu irmão.

— Alex será seu marido.

De qualquer maneira mato ele e fico com tudo.

— Você não tem coração. Alex sabe que pretende nós matar?

Shiii... Nesse momento estou esperando o veneno funcionar. — sussurrou brincalhona. — Agora é com Nicole por fim em você.

— Acredito que não vá demorar. — olho novamente para a porta, posso ouvir o barulho do chuveiro. — Está se controlando para não deixar testemunhas. Ela me odeia e não suporta minha presença. — talvez eu tenha soado um pouco dramático.

Uma Nova ChanceOnde histórias criam vida. Descubra agora