𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 𝐈𝐈

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─ Você é a pior coisa que aconteceu na minha vida. - Uma mulher de longos cabelos loiros gritava.

─ Não tenho culpa se você não sabe fechar suas pernas. - Kate falava calmamente enquanto cruzava seus braços.

Um tapa foi desferido no rosto da garota, ela encarou a mulher desacreditada que a mesma tinha lhe batido.
Pegou sua bolsa que estava jogada no sofá e caminhou até a porta saindo dali rapidamente.

─ VOLTA AQUI, GAROTA.

Os gritos da mulher eram escutados por toda vizinhança, Kate odiava ter brigas com sua mãe e essa era uma das piores, ela nunca tinha levantado a mão para lhe bater, mas parece que as coisas mudam e Marie era uma delas.

Marie não suportava a ideia de sua filha passar dias na floresta, era um absurdo ficar caçando enquanto tinha comida em casa, odiava ainda mais quando Kate não avisava e voltava dias depois como se nada tivesse acontecido.

Sua raiva aumentou quando os rumores que o Dixon mais novo estava envolvido com sua filha, Marie sabia como era o temperamento de Will Dixon, já que estudaram juntos no colegial. É como o famoso ditado, "Filho de peixe, peixinho é", se o Dixon era uma pessoa difícil de lidar, com certeza suas proles eram do mesmo jeito.

A discussão começou com Marie perguntando a relação que Kate tinha com Daryl e acabou tornando tudo uma bola de neve, e o assunto desviou para Marie insatisfeita com o comportamento de sua filha e colocava a culpa na nova amizade da mesma.

Kate correu até a floresta para se afastar daquela mulher o mais rápido possível, como que uma mãe fala para seu filho que ele é a pior coisa de sua vida?
A garota ao ver que tinha se afastado o suficiente, gritou com todas as suas forças, as palavras de Marie machucavam demais, mais do que o tapa que levou. Caiu de joelhos ao chão, seu corpo balançava denunciando que chorava.

Como um clique, Kate abriu seus olhos, a confusão estava estampada em seu rosto. Percebeu que não estava mais na floresta e só o que conseguia enxergar agora era o céu sem vestígios de uma nuvem.

Sentia sua cabeça doer e flashs passavam em sua mente relembrando o que tinha acontecido. Tentou se levantar e sentiu um peso em cima de sua barriga junto com um cheiro forte, ao conseguir se sentar percebeu que o peso se tratava de uma mulher morta com sua barriga aberta e todas suas vísceras para fora.

Assustada tirou a moça de cima e se afastou rapidamente ao ver aquela cena, não conseguia gritar, tudo em sua volta estava arruinado. A rua estava devastada, tinha casas saqueadas, carros largados e mortos em todo canto.

O tombo que aconteceu fez com que Kate batesse a cabeça no chão e ficasse inconsciente, por sorte da garota, uma moça caiu por cima dela fazendo com que os mortos devorassem a mulher sem notar a caçadora. Se Daryl tivesse tido a chance de se aproximar naquele momento veria que as vísceras que os mortos se alimentavam não eram de Kate. O sangue que caia sobre ela felizmente fez uma camada protetora na mesma, disfarçando o cheiro.

Kate se levantou devagar ao pegar sua bolsa em um canto afastado, verificou suas coisas pegando sua faca em seguida. Andou lentamente entre os mortos com medo de um dele se virar e morder seu pescoço. Observou ao longe algo familiar, se aproximou em um ritmo lento para não ser percebida.

𝐑𝐔𝐍𝐍𝐈𝐍𝐆 𝐓𝐎 𝐘𝐎𝐔, daryl dixonOnde histórias criam vida. Descubra agora