Três

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Derick...

   Sempre entendi os motivos de Mari tratar com indiferença nossos pais, também faço isso ao me referir aqueles dois, pois o fato de colocarem a empresa  acima dos filhos os fazem ser merecedores de cada grosseria e indiferença. As vezes olhando como meus pais são,posso enchergar que possivelmente nunca desejaram ter responsabilidade com dois adolescentes,o que também fica visível o fato de não se importarem com o que fazemos ou deixamos de fazer.
  Quando olhei para Mari naquele carro ao meu lado,soube que seus pensamentos estavam justamente na minha decisão de ir embora, sei que seu medo é ficar sozinha como sempre ficamos, mas seria diferente,pois não a deixaria passar por essa merda toda,iria tentar arrumar um jeito de não deixá-la naquele casa.
   Me soltando da insuportável da Elena, entro pelos portões do colégio seguindo a procura de Marina que ao menos se importou em se virar em minha direção quando a chamei. Sei que a morena está pensando que quebrei o nosso acordo,como também sei que me ver sendo beijado por Elena a deixou magoada, porém nunca tive e nunca me aproximei daquela garota,mesmo tendo diversas garotas dando em cima de mim,nunca me envolvi com nenhuma delas depois que surgiu esse meu interesse na minha irmã. Confesso que de início era apenas uma atração,um interesse sexual que não me deixava tranquilo ao estar no mesmo ambiente que Mari,porem em meu aniversário no qual lhe beijei pela primeira vez,a medida que nos envolviamos cada vez mais,me fez ver que estava além daquele sentimento,era algo mais intenso,mais forte e proibido.
  Vendo o professor entrar na sala de aula onde Marina estuda, deixei para conversarmos no fim da aula,pois no intervalo certamente a morena estará ao lado de seu fiel cão de guarda chamado Piter.

(...)

  Olhando para a mesa onde meus "amigos" estavam sentados,meu olhar para justamente na pessoa que me causou problemas com Mari. Revirando os olhos,saio daquele lugar seguindo para um jardim escondido atrás desse colégio,um lugar que somente duas pessoas estavam cientes da existência.
  Parando na entrando daquele jardim, pude encontrar a pessoa que estava procurando desde a primeira aula. Mari estava sentada embaixo de uma árvore enquanto mantinha seus olhos fechados, seus cabelos que amo estavam espalhados pela grama verde. Ela estava pensativa e algo me dizia que sua mente estava lhe fazendo criar diversas paranóias referente o acontecimento de mais cedo,o que não havia muito o que explicar ou exclarecer,pois a maluca de Elena que havia chegado e me beijado sem me dar tempo de questionar seus atos infantis e sem noção.
  Me aproximando de Mari,pude ouvir sua voz doce e meiga ser ouvida através de uma música na qual cantava sempre que se sentia sozinha,a mesma música que diversas vezes lhe ouvir em um momento de fragilidade de sua parte. Diversos dias podia encontrar a morena abatida e com o rosto molhando por lágrimas,mas sempre que me aproximava da garota, seus olhos brilhavam intensamente,o sorriso que amei desde a primeira vez que foi direcionado a mim ficava presente como se dissesse que era a sua luz no fim do túnel,a forma que Mari me abraçava,o jeito de me defender mesmo não havendo motivo,a forma de tentar me fazer sorrir a cada segundo,essa era uma das qualidades que essa garota tinha e que amava.

  ____ Baixinha?____ me aproximando de minha irmã, pude ver o quão tensa ficou ao ouvir minha voz. Marina não negava a forma que conseguia mecher com ela com uma simples palavras,a forma que reagia ao sentir Minha presença sempre deixaria exposto o efeito que causo, tanto nela,como em seu corpo.

  ____ Não quero brigar, Derick...____ segurando em suas mãos que estavam sobre sua perna por ter se sentado, deposito um beijo em ambas tendo a reação de seu corpo se arrepiar com um simples toque.

  ____ Então não vamos brigar...____ a vendo apenas assenti virando o rosto para o lado,pude ver uma lágrima molhar seu rosto sendo seguidas de outras____ não chor baixinha, você sabe que me dói vê-la assim...____ suas mãos se soltaram das minhas para secar seu rosto.
  Sabia que aquela desgraçada tentaria algo para machucar minha irmã,mesmo ninguém sabendo que estamos juntos, Mari sempre demonstrava se afetar com coisas do tipo que aconteceu hoje na entrada do colégio. Para qualquer aluno ou pessoas que nos vissem juntos, acreditava que Mari é apenas protetora e apegada a mim,o que a deixava com "ciúmes de irmã". Meus pais eram outros que acreditava nessa desculpa que assumimos para se sentir mais seguros, pois não era a hora e nem o momento de ambos descobrirem que os filhos estam praticamente namorando,pois é exatamente isso que pretendo fazer daqui uma semana,irei pedir Mari em namoro. Sei que em algumas semanas estarei indo embora da cidade,mas obviamente tentarei levá-la comigo,pois sei que nossos pais estão pouco s importando com que acontece com os filhos,desde que não afetem suas vidas profissionais, está tudo bem para o que fizemos ou iremos fazer.
  Se pondo de pé pronta para sair do meu lado, seguro seu braço também me levantando a puxando mais contra mim. Com uma mão em sua cintura e a outra em seu rosto,a puxo para um beijo repleto de desejo e carinho,a mesma forma que a beijo para demonstrar o quão importante ela é e sempre será para mim,o quão quero lhe proteger das pessoas como Elena e até mesmo do mundo, quero somente vê-la sorrir como sempre sorriu para mim.

Dois Irmãos E Um Destino[CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora