𝒂𝒍𝒍 𝒇𝒐𝒄𝒖𝒔 𝒾𝓃 𝓎𝑜𝓊 • 𝑱.𝑱

all focus in you- jj

(🔊 Sugestão da autora: Leia ouvindo 'Bounce' - mídia no cabeçalho - música tema por Timbaland feat. Missy Elliot, Justin Timberlake & Dr. Dre)

O chuveiro derrama sobre meu corpo fervente suas gotas finas e geladas. Eu fecho meus olhos, precisando me concentrar nas sensações, experimentar e me acostumar com os arrepios involuntários que esse choque térmico me causa. Minhas mãos deslizam pelo corpo molhado, que por um instante parece não pertencer a mim, meus dedos encontram a cavidade úmida e morna no meio das pernas e eu me masturbo, me preparando para mais tarde, mordendo os lábios e sentindo minhas unhas arranharem levemente o meu clítoris, completamente inchado a esta altura por eu desenhar em minha mente as cenas promíscuas e os ataques lascivos os quais pretendo sofrer mais tarde. Com dois dedos penetrando forte na cavidade sexual, eu gozo rapidamente, convulsionando-me ao extremo prazer. Se só a imaginação me causa tamanho impacto, mal posso esperar por sentir na pele, ao vivo, a cores, e aromas. Arrasto os braços até meus mamilos e sinto os dois rígidos e felizes. .

Depois, saio do banho previamente satisfeita e entorpecida. Está mais frio do lado de fora, mas não vou usar uma toalha. Quero admirar o meu corpo no espelho parcialmente embaçado. Minhas mãos afagam a névoa branca que encobre o vidro, abrindo uma fresta larga que reflete meu colo úmido, ombros e pescoço, completamente nus. Com calma e sutileza solto os meus cabelos antes presos, e encaro o par de olhos determinados e vulgares da mulher que me me olha de volta, meio sorrindo, meio gemendo. Bem puta, como sempre sonhei.

Cá estou, quase pronta e nada preparada. Olhos bem delineados com meu tom de maquiagem predileto, os cabelos soltos e um batom vermelho-sangue de longa duração que não será borrado, independentemente de quantos beijos ou boquetes a noite me render.

Demoro um pouco mais do que o necessário diante do espelho, apenas para me admirar com mais atenção. Vejo um reflexo completamente sexy e desejável, porque autoconhecimento e confiança deixam qualquer mulher gostosa. Cobrindo parcialmente o meu corpo está um espartilho preto e rendado com pequenas fendas na altura das mamas, deixando uma linha atraente de pele exposta. Sentada na cama, deslizo meias calças negras por meus tornozelos, canelas e coxas que mostram celulites fofinhas conforme eu prendo a cinta liga na calcinha fio dental. Por fim, um par de scarpins envernizados, salto 15. Não são agradáveis de usar, mas me parecem perfeitos para a ocasião. Gosto de como minha bunda fica empinada quando os calço e de como eles me obrigam a manter a postura, embora a minha coluna sofra um pouco com isso.

Me encaixo dentro de um sobretudo bem quentinho, pego uma bolsa pequena apenas com o indispensável e saio de casa. A rua está deserta ainda que iluminada pelas luzes dos prédios, faróis de carros e uma lua cheia exuberante que mexe com meus hormônios. Um carro preto e luxuoso me aguarda no outro lado da rua e eu caminho lentamente até ele, sentindo a adrenalina percorrer  minhas veias, aquecendo gradativamente o meu corpo, até o último fio de cabelo no alto da cabeça. De repente aparece o chauffeur, um rapaz alto e magro bem vestido num terno caro, que não diz nada, simplesmente me oferece sua mão educadamente, guiando-me até uma das portas traseiras do veículo
Ele abre e eu me preparo para entrar no carro, mas então sou interrompida. Do bolso da calça social o rapaz tira uma venda tapa olhos, encostando a porta novamente.

— Mas eu preciso saber com quem vou passar a noite. — reclamo, compreendendo o que ele quer fazer com a venda.

— Não ainda. — ele me diz com firmeza, inclinando a cabeça sutilmente — Bem-vinda ao seu inferno de prazer, senhorita.

Com apenas um alçar de sobrancelha o chauffeur estica os braços, pedindo permissão para tapar os meus olhos. Eu suspiro ansiosa com todo esse ar de mistério que me deixa cada vez mais excitada.