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        Rick estava morto por minha causa.

     Por causa de uma paixão idiota aquela psicopata tinha tirado uma vida inocente.

    Minha cabeça doía com tanta informação, eu só queria desaparecer por alguns anos, ir para um lugar calmo do outro lado do mundo e só voltar quando aquela sensação de culpa não me consumisse tanto.

_ Não foi culpa sua. - Noah se sentou ao meu lado no banco da praça que ficava em frente ao tribunal em que eu havia acabado de ser expulsa.

_ É minha culpa, você ouviu o que ela falou? Se eu tivesse me afastado de você Rick estaria vivo.

_ Isso não é verdade, Luna.

_ Você sabe que é. - Cobri o rosto com as mãos. - Meu Deus! Tudo por causa de um garoto!

_ Não se culpe por algo que ninguém conseguiria prever. - Noah estendeu a mão para me tocar, mas recuei.

_ Me deixa em paz! - Levantei do banco e comecei a caminhar em direção ao outro lado da praça, mas Noah me puxou pelo braço.

_ Não deixo não. Você me deve um pedido de desculpas! - Ele parecia bravo.

_ Pelo quê? - Tentei soltar meu braço da mão dele, mas foi em vão. - Me solta, caramba!

_ Por ter me mostrado o dedo do meio, por não ter confiado em mim, por ter achado que eu seria capaz de matar alguém. - Ele me soltou. - Eu poderia passar o dia todo listando o tanto de coisa que você me fez passar.

_ A é? A culpa é minha que tinha uma louca obsessiva atrás de você e que cometeu um crime justamente com o seu carro?

_ Mas precisava ter me mostrado o dedo do meio? Eu nem sabia que você tinha coragem de fazer uma coisa dessas.

     Nós discutíamos aos gritos de forma que todos que passavam nos olhavam feio.

_ Eu queria mesmo era ter te estrangulado, mas você estava preso.

_ Está vendo aí? Eu fui preso injustamente e você ainda quer me matar. Sua garotinha mimada e explosiva!

    Suas palavras me surpreenderam.

_ Do quê você me chamou?

_ De garotinha mimada e explosiva. - Ele me olhou com faíscas de raiva nos olhos. - Quer que eu repito?

    Minha raiva foi tanto que pulei encima dele e caímos no chão. Desferi inúmeros socos em seu peito enquanto o xingava.

     Rolamos pela grama da praça, ele tentando se defender dos meus socos e eu descontando toda a minha raiva em seu peito e braço.

     Tentei dar o recado final com um soco em seu olho, mas Noah segurou o meu pulso e me prendeu embaixo de seu corpo.

_ Sai de cima de mim! - Tentei levantar, mas ele não moveu nenhum músculo. Seus lábios se curvaram em um sorriso enquanto eu tentava me libertar de suas garras.

_ Você fica uma gracinha quando está brava, Luna. - Disse e depositou um beijo na minha bochecha para me provocar ainda mais.

_ Argh! - Virei o rosto. - Me deixa sair!

    Ele negou com a cabeça.

_ Vou esperar você se acalmar, está parecendo um Pinscher com raiva.

    Não consegui conter a risada.

_ Olha como você fala comigo! - Tentei parecer brava, mas não conseguia parar de rir.

Dancing On The MoonOnde histórias criam vida. Descubra agora