Silhuetas

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   "Céu e inferno não existem, o lugar para onde vamos quando morrer é um lugar livre e infinito, onde nossas almas podem desmaterializar e materializar, se fundir com outras almas e até ir para o mundo dos vivos."
- Jodie Holmes, Beyond Two Souls...

   Alex estaria cansado de trabalhar a tantas horas, já era 02:30 da manhã, seus olhos estariam quase se fechando, naquele momento Alex percebeu que não estava preparado para fazer hora extras ao anoitecer, rodando a chave na porta e a destrancando, Alex entrava em sua já meio sonolento, fechava a porta de entrada e a trancava, sem ligar para as suas vestimentas, Alex anda pelo o escuro de sua casa, indo em rumo ao seu quarto, passando pela cozinha e a sala, no corredor de sua casa, estava mais escuro que o normal, Alex dá meia volta e volta para a cozinha, onde ele acende a luz de sua cozinha, que faz um terço da casa se clarear, o corredor já ficava um pouco mais claro no começo e mais escuro no final dele que dava de lado a porta de entrada do quarto, Alex caminha pelo corredor até dá de frente com um espelho grande na parede ao seu lado,   ele não estaria lembrado daquele espelho localizado naquela parte da casa que estaria refletindo sua silhueta escura, como a luz não estaria alcançando aquela área, seria meio difícil distinguir aquela figura, mas como estava quase adormecendo em pé, mau ligou para aquilo e foi direito a porta de seu quarto, assim que entrou no seu quarto, se jogou na cama e adormeceu durante a noite inteira. O dia era ensolarado, pássaros e as folhagens das vegetação ao redor da casa de Alex trazia uma sinfonia agradável ao ambiente quando foi interrompida por um som de alarme tocando logo ás oito horas da manhã, Alex desperta de seu sono, espreguiçando na cama após acordar, ele se levanta e caminha direto ao banheiro que é ao lado da cozinha, saindo de seu quarto e passando por aquele corredor novamente, Alex paralisa ao olhar para a direção de seu "Espelho" e percebendo que o seu espelho seria na verdade uma janela transparente.

  Todo dia às 8:00 da manhã Robin saia para trabalhar, passando de frente a casa de sua irmã, que sempre estaria sentada na varanda acenando para Robin que sempre acenava de volta a ela e falando o seu nome...
  -Olá Aldrin!
Aldrin um soltava um sorriso. Mais tarde naquele dia, Robin voltava de seu trabalho quando resolveu visitar sua irmã que como sempre a via todos os dias, já era tarde da noite, exatamente 22:00 da noite quando Robin chegou na frente da casa de Aldrin, Robin bateu palmas, gritou o nome de sua irmã e tocou a campainha várias vezes e nada de Aldrin sair de casa para ir atende-lá no portão de sua casa, Robin pensou que sua irmã estaria dormindo mas algo a perturbou quando viu um flash de luz pela janela da casa de sua irmã,  perturbada com aquilo, Robin pulou o portão trancado da casa de sua irmã e adentrou o recinto, indo direto pra porta de entrada da casa. Robin e Aldrin não teria contato com os seus pais, pois eles estariam mortos a mais de 14 anos, causando uma grande separação de sua família, abandonando apenas as duas irmãs naquela cidade, então não como ser algum de seus parentes que estariam na casa de sua irmã. Robin como sua mão esquerda sobre a maçaneta da porta de entrada, e a pressionando-a para a direita que abria a porta dando a enteder que ela estaria destrancada, Robin acha muito estranho a porta de sua irmã está destrancada em uma hora daquelas, com um presentimento ruim, Robin abre a porta e um terrível cheiro se manifesta no local, o cheiro era tão ruim que causava fortes ânsias de vômitos em Robin que estaria a reparar que a casa de sua irmã estaria toda suja e empoeirada, Robin grita o nome de sua irmã várias vezes para ver se consegue alguma resposta dela,  enquanto caminhava e acendia a luz da casa, Robin recebia um telefonema de um número estranho que no mesmo momento atendia...

- Alô? Olá quem está falando?. Dizia Robin enquanto pegava um retrato de fotos de sua irmã com os seus pais ainda vivos.

- Oi Robin, Lembra de mim?. A voz que falava através da ligação parecia familiar a Robin.

- Bem...não haha, quem é você? Pois sua voz me parece familiar!.

- Sou eu a Ângela, eu era melhor amiga de sua irmã, pois bem, eu queria marcar um reencontro com a sua família amanhã de tarde, pode ser?

- Ãn? Para que marcar um encontro? Minha família está sumida desde da morte dos meus pais, ninguém mais quer nos ver!. Robin estaria meia confusa na ligação, ela coloca o retrato de volta na estante.

- Mas é que hoje faz três anos que sua irmã morreu, e bem, não machuca ninguém lembrar de belos momentos que nós estávamos com ela...

   As luzes da casa de apagam por inteiro, a ligação caí e Robin começa a soar frio, Robin começa a repensar todas as vezes que viu e conversou com a sua irmã, com o corpo todo tremendo e desesperada pela verdade, Robin corre para a porta de entrada casa que estaria aberta, quando a porta de fecha e se tranca sozinha, com a casa toda escura, Robin caminha as cegas para a porta e tenta abrir, percebendo que a porra está trancada, ela liga para a polícia em seu celular que no mesmo momento não dá sinal de rede. A casa toda fica em silêncio total e a insegurança de Robin aumenta completamente, um ruído de porta pode ser ouvido no fundo da casa e uma voz distorcida começa a ecoar do banheiro da casa, Robin pergunta...

- Aldrin é vo-você?

   A voz é calada no momento da pergunta, som de passos é ouvido saindo do banheiro e indo até Robin que que estaria de costas para o banheiro, quando os passos estariam tão próximos de Robin que ela poderia até sentir a vibração do chão ao redor de seus pés, a luz da casa volta e a porta é destrancada e aberta, Robin passa pela a porta, saindo da casa e indo para o portão de saída da casa que estaria trancado, quando Robin iria pular o portão, ela ouve passos pesados vindo correndo na sua direção, seu telefone começa a tocar e quando ela se vira para a direção dos passos e por um instante, ela ver sua irmã com a vestimenta de um pijama branco com grandes marcas avermelhadas de sangue, seu corpo estaria em estado de decomposição, com muito medo daquilo, Robin volta a olhar para o portão e da de cara com um homem com aparência aterrorizante, seu pai.

AssombradosWhere stories live. Discover now