Guia de como NÃO descer uma cachoeira

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Nota da Autora: Me falem o que estão achando gente! Não esqueçam da estrelinha!

Boa leitura.

A luz da manhã (seja lá de onde ela viesse) castigava nossas costas com seu calor escaldante e o chão sob nossos pés estava lamacento tendo uma forma de piche, eu já havia tirado a jaqueta de couro e a amarrado em minha cintura de forma grosseira. O caminho em que seguíamos era o mesmo a mais ou menos um quilômetro e meio; não havíamos sido atacados por nenhum monstro desde nosso encontro com o caranguejo gigante e fora a temperatura infernal, nada estava incomodo.

Porém, como já mencionado anteriormente, o que é bom dura pouco.

Um bafo quente levantou os fios do meu cabelo para traz como uma vela negra ao vento, juntamente, respingos gélidos acompanharam a ventania o que foi estranho já que em vezes anteriores isso não havia acontecido. Passei a mão onde um dos pingos havia parado e o olhei atentamente em minha mão pálida, era como uma gota de sangue diluída nágua.

Olhei para o nosso fiel companheiro até agora em nossa trajetória: O rio vermelho. Ele estava estranhamente violento. Ondas fortes batiam com tudo em pequenos rochedos como se quisessem passar pelo meio deles.

- Nico, lembre-me por favor: Qual é esse rio? – Perguntei apontando para o mesmo

- é o rio Cócito das lamentações. – O garoto respondeu sem olhar diretamente. Comecei a fazer algumas contas em minha cabeça (refletido em alguns movimentos com os dedos) e tentar lembrar-me das informações que estudamos durante nossa repartição de chips (olhar vago e cerrado).

- E como era que ele acabava? – questionei. O filho de Hades que até então andara de cabeça baixa e postura encurvada levantou o rosto pálido brutalmente o que fez sua franja movimenta-se e arregalou os já grandes, olhos castanhos escuro.

- Em uma queda livre de 17 metros. - Ambos paramos bruscamente e Nico segurou o braço de Will que estava totalmente alheio a nossa conversa por estar concentrado em sua tarefa. A cerca de um metro de onde paramos, o caminho em que seguíamos despencava juntamente com o rio de sangue e o rochedo marrom tijolo acabava também de forma que parecesse que uma faca gigante lhe havia tirado um pedaço.

- Uou. – Nós três falamos juntos. E aquela certamente era a única coisa plausível a se falar agora.

Will se aproximou a passos receosos do final, sua expressão tomou forma de angustia o que fez seus lábios e nariz retorcerem um pouco.

- Acha que o caminho continua por aí Will? – Perguntei esperando piamente um não que nunca veio.

- Com certeza, está ficando cada vez mais forte se vocês não tivessem me puxado acho que eu continuaria a caminhar. –

- Se está mais forte quer dizer que está mais próximo da fonte. – Acrescentou Nico com um tom sério, concordei com a cabeça.

- Não vamos desistir agora, temos que ser apenas... criativos. – falei olhando de um lado para o outro em busca de inspiração. – Certamente é impossível pular e continuar com os ossos e órgãos internos intactos certo? – Perguntei olhando para o único com alguma patente para falar sobre.

- Sinto muito amiga. Morreríamos antes de alcançarmos a água. – O filho de Apolo me respondeu.

- Viagem pelas sombras? – Nico questionou.

- Não tem sombra o suficiente por aqui para conseguirmos nos transportar. Não temos nem as nossas próprias! Os únicos pontos são entre algumas frestinhas do paredão... – Deixei minha frase no ar quando uma luz se acendeu em minha mente. – Nico, filhos de Hades conseguem manipular metais preciosos certo? –

Filha de Nyx. A herdeira da noiteWhere stories live. Discover now