Silêncio

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Jeremiah Valeska.

Eu sentia seu desespero nas entrelinhas, eu sabia que você tinha medo, e também sabia que você não tinha o que escolher. Você tinha medo que eu fizesse algo, mas você deveria saber S/N.

Oh, eu não podia te machucar, mesmo se quisesse, querida. Você deveria saber, que se eu quisesse, não é tão difícil apertar o gatilho, não é tão difícil destruir alguém frágil como você. Ou melhor, quando se sabe manusear bombas, qualquer coisa se torna facilmente destrutível.

Você me olha esperando uma atitude minha, e eu te estendo a mão para que você se levantasse. Você a pega, e me segue, quem sabe imaginando as mil e uma coisas que eu poderia fazer com você, coisas horríveis ou quem sabe, uma dose do paraíso.

Você parecia não precisar do meu guiar para andar pela imensa casa, eu não me surpreenderia se você tivesse vasculhado a casa toda, e não me importaria. Afinal, a casa é sua, e você, é minha. Eu te puxei até nosso quarto, de certa forma, estava ansioso para dormir com você. Seu corpo é quente, você tem um gosto peculiar, eu compararia com um tipo de glacê.

Eu senti você ficar mais tensa conforme te puxava para o banheiro, entretanto, não te dei a opção de recuar, apenas de se arrepender. Você estava completamente diferente da garota que conheci na boate, mas havia uma coisa que me fazia relembrar daquele momento.

Eu sabia que você me queria.

(...)

As roupas de Jeremiah estavam indo ao chão, você se assustou ao saber que iam tomar banho juntos, mas a porta trancada não lhe dava muitas escolhas. Você desceu a camisola dada por Jeremiah mais cedo pelo seu corpo, o mesmo não tirava os olhos de você, muito menos ainda do seu corpo.

Ele te puxou até o chuveiro, a água era morna e era confortante a forma que ela descia pelo seu corpo exausto. Seus olhos pousaram no corpo de Jeremiah, a água sendo derramada por aquele corpo bem definido te arrancou um suspiro, o que o fez sorrir. Ele mantinha as mãos de forma delicada em sua cintura, ambos mantinham os olhos fechados, como se aproveitassem cada segundo desse momento.

Jeremiah tirou as mãos de sua cintura, pegando um sabonete esverdeado, com cheiro de ervas doces. Ele levou o mesmo de encontro a sua pele, o arrepio foi inevitável, e cada reação vacilante sua arrancava um riso baixo de Jeremiah.

Ele te limpava como em uma massagem relaxante, pescoço, barriga, braços... Você estava entregue ao garoto. Você se tensiona novamente ao sentir as mãos grandes de Jeremiah ensaboarem sua intimidade, você soltou um gemido baixo ao sentir o contato repentino.

— Tão entregue... Imagino o estrago que eu faria quando estivesse finalmente dentro de você.

O membro de Jeremiah encostava em sua coxa, fazendo com que você mordesse fortemente os lábios. Você não podia se entregar, não a alguém louco e cruel como ele. Você se sentia doente, doente pelos lábios tão próximos de Jeremiah.

Ele acariciava seu corpo enquanto a água fazia escorrer qualquer vestígio de sabão. Quem você queria enganar? Você o queria, e o odiava esses joguinhos que ele estava fazendo com você.

Se fosse para viver no inferno, por que não dançar com o diabo?

Sem controle do seu próprio corpo, como em um impulso, suas mãos foram parar no membro do rapaz. Você começou a masturba-lo, se sentindo cada vez mais entregue conforme os gemidos roucos eram deixados tão próximos de seu ouvido.

— Oh, não, docinho — ele mordeu seu lóbulo — Deixe-me tomar meu banho.

Jeremiah pegou sua cintura com brutalidade, você quase conseguia o ver reprimindo qualquer vestígio de prazer. Ele te empurrou para fora do banheiro, junto a uma toalha, só então você pode comprovar do jeito óbvio.

Jeremiah era do tipo ruim, o tipo que faria seu pai se entristecer, e que seria a causa de qualquer ex namorado enfurecido. Ele era como uma cartela de xanax para um depressivo viciado.

Um começo maravilhoso, com um final de tirar o fôlego, ou melhor dizendo, a vida.

Você tratou de tirar o rapaz de olhos verdes da sua cabeça, procurando algo para dormir no guarda-roupa. Você escolheu um pijama aveludado vermelho, você se perguntava se era proposital o fato dele escolher pijamas tão curtos.

Você se deitou na cama, sentindo uma longa falta de ar. Era uma cama de casal, e você dormiria com Jeremiah. Era assustador pensar que você dividiria a cama com seu sequestrador, um rapaz louco que a qualquer momento, poderia ceifar sua vida de forma dolorosa.

— Você está bem?

Você ergueu a cabeça, afim de vê-lo melhor. Ele enxugava os cabelos, deixando os do jeito que você mais gostava, bagunçados. Em sua cintura, estava presa uma toalha, seu abdômen exposto te fez perder o ar de novo, mas de uma maneira boa.

— Eu estou bem.

Você evitou encara-lo, e pode ter certeza que ele estava sorrindo. Quando ele se aproximou, e ficou por cima de você, o porquê estava mais do que evidente. Ele havia tirado a toalha.

— Eu marquei seus exames para essa semana — ele acariciava seu rosto com o polegar — Para ver se você está saudável e apta para o que tem que fazer.

Os lábios deles estavam tão próximos dos seus, que parecia idiotice não beija-los. Você não se lembrava do sabor, por ter bebido muito aquele dia, mas havia a certeza de que deveria ser um pedaço de mal caminho.

Ele por inteiro era um pedaço de mal caminho.

— Você está tão quieta, você era mais ousada quando te conheci — disse inocente, como se não tivesse te sequestrado — Tem algo que eu quero testar, S/N.

— Então faça.

Você achou que ele iria sorrir como sempre fazia quando algo o agradava, entretanto, o choque entre ambas as bocas impediu qualquer raciocínio lógico. As mãos do rapaz passeavam pelo seu corpo, até chegarem em seu shorts, quase que o rasgando de seu corpo.

Ele passava a mão por sua intimidade, sentindo-se latejar ao ver a forma que você se contorcia debaixo dele. Ele queria que você o mostrasse como você preferia, e testava isso da melhor forma, te saboreando de todos os jeitos que poderia.

Você agarrava os fios de cabelo do garoto, ele estava te fazendo sentir como ninguém nunca havia feito. Chegava a ser torturante a forma que ele brincava com seu corpo, você queria acabar logo com isso, queria chegar senti-lo dentro de você.

— Jeremiah... Eu quero sentir você.

Sua voz era como um som harmônico para os ouvidos de Jeremiah, ainda mais naquele estado, tão entregue.

— Eu ganharia algo com isso?

A voz rouca de Jeremiah preencheu seus tímpanos, até ele colocar os dedos dentro de você. Ele amava a forma que você se derretia dos toques mais doces aos mais brutos.

— Eu prometo que vou te amar se você fizer isso — ele havia parado — Então faça isso por mim.

Jeremiah tirou os dedos de você, lambendo-os em seguida.

— Você é doce.

Jeremiah pegou sua cintura com força, te adentrando de forma repentina, com força e profundidade. Os gemidos eram altos, e o prazer inegável. Tudo que ele queria era te ouvir gritar pelo misto de dor e prazer, e era isso que você fazia.

Ele te fazia se sentir como se fosse única.

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Boa noite meus amoreees

Imagine ➼ Jeremiah ValeskaWhere stories live. Discover now