Vai nascer

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2 semanas depois...

Miguel Falabella P.O.V

Hoje completa um mês que eu e Zezé nos acertamos, o mesmo tempo que não tinha notícias de Catarina. Eu e Zezé estávamos no quarto conversando de mãos dadas enquanto a bebê chutava a mil dentro de sua barriga.

Miguel: -Eu acho Marília mil vezes mais bonito do que Agnes.
Zezé: -Mas eu prefiro Agnes.
Miguel: -Eu acho melhor a gente esperar o dia que ela nascer, ver do que ela tem jeito. Sorri e apertei sua bochecha.

Zezé Polessa P.O.V

Comecei a sentir muita dor no pé da barriga. Senti a cama molhar inteira e apertei a mão de Miguel.

Zezé: -Acho que a gente vai descobrir o nome dela agora.
Miguel: -Quê? Ele levantou rápido e viu a cama molhada.
Zezé: -Ela vai nascer.

Miguel me ajudou a levantar e a andar, correndo comigo pro hospital. Assim que cheguei, já fui internada e levada pra sala de parto.

Miguel: -Eu amo muito vocês duas. Ele me disse antes que eu ganhasse a anestesia.

Ele ficava olhando toda hora para o médico. Quando ele tirou a bebê, logo colocou em meu seio e eu dei de mamar pela primeira vez para aquela menininha faminta. Eu e Miguel nos emocionamos muito e ele fez questão de tirar muitas fotos. Logo fomos transferidas pro quarto e lá, Miguel pegou a nossa filha pela primeira vez.

Miguel: -Oi, pequena, tudo bem? É, o papai sabe que você acabou de sair de um lugar ótimo, mas eu prometo que não vai faltar amor e carinho aqui fora. Você é a realização dos meus sonhos mais lindos, Agnes. Ele disse me olhando. -A Marília vem depois.
Zezé: -Você diz isso porquê não tá cheio de ponto e toda esquisita.
Miguel: -Eu trocaria de lugar com você facilmente, juro.
Zezé: -Aham, sei. Sorri e o beijei.

Ele me devolveu Agnes e eu dei de mamar. Logo recebemos visitas do João, da minha mãe com as minhas irmãs, os irmãos de Miguel e alguns de seus sobrinhos. Quase de noite, Galvão entrou no quarto com um ursinho cor de rosa na mão.

Eduardo: -Um mimo pra sua princesa.
Zezé: -Ai que fofura. Não precisava, querido. O abracei e lhe dei um beijo na bochecha.

Ele cumprimentou Miguel e olhou Agnes.

Eduardo: -É a cara do pai.
Miguel: -Obrigado. Amor, eu tenho que sair rapidinho. Encomendei uma coisa e esqueci de buscar.
Zezé: -Promete que volta logo?
Miguel: -Uhum. Ele me deu um beijo e saiu.

Miguel Falabella P.O.V

Eu estava tão feliz que acabei esquecendo de um problema que eu ainda tinha, a Catarina. Eu sabia do que aquela doida era capaz então resolvi ir atrás dela, ver se com dinheiro ela sumiria pra sempre da minha vida.

Toquei a campainha e a ouvi destrancar a porta.

Catarina: -Quê que você quer? Eu tenho que ir trabalhar.
Miguel: -Eu preciso conversar com você.
Catarina: -Sobre o que? Eu ser só um passatempo na sua vida? Um pedaço de carne que você come e joga fora? Me erra! Ela tentou fechar a porta, mas aproveitei que sou mais forte que ela e não deixei.
Miguel: -Não era pra você ouvir aquilo.
Catarina: -Pois é, mas eu ouvi.
Miguel: -A minha filha nasceu.
Catarina: -Que bom, parabéns. Olha, sinceramente, o Jonas odeia que eu me atrase e... Quando ela tentou sair, a segurei com força.
Miguel: -Eu nunca menti quando disse que te amo. Só que agora a minha prioridade é a Agnes e a Zezé e eu não quero que você se aproxime delas, eu sei perfeitamente do que você é capaz!
Catarina: -A única coisa que eu quero agora é ir trabalhar. Eu cansei, cansei de sofrer por você!
Miguel: -Mas eu te amo, eu não menti quando te disse isso!
Catarina: -Então prova! Ela me disse já chorando.

A puxei pela cintura e a beijei calmamente, ela pulou em meu colo e entrelaçou suas pernas na minha cintura. Entrei com ela nos braços e fechei a porta, caminhando com ela até o chão e lá a deitando.

Catarina: -Diz... por favor...
Miguel: -Eu te amo.

Disse beijando o corpo dela enquanto tirava seu vestido prateado, jogando em qualquer canto da sala. Tirei sua calcinha de renda branca e lambi sua intimidade, a fazendo gemer e agarrar sua mão em meus cabelos, para que eu continuasse. Quando coloquei dois dedos dentro dela, ouvi um gemido alto e vi seu corpo arquear no chão gelado. Catarina se entregou a um orgasmo e me beijou.

Catarina: -Eu preciso de você pra viver. Ela sussurrou em meu ouvido.
Miguel: -Eu também preciso.

Tirei minha calça e minha cueca e a penetrei, fazendo com que ela fechasse os olhos e gemesse ainda mais alto. Os gemidos dela me enchiam de tesão e logo me derramei dentro dela. Deitei no chão e ela deitou sua cabeça no meu peitoral.

Catarina: -Eu adoro transar com você.
Miguel: -E eu adoro te ouvir gemer pra mim.

Nós dois rimos e ela levantou.

Catarina: -Eu tenho que ir trabalhar, desculpa.
Miguel: -Não vai, fica. Só de pensar em você naquele lugar me dá nojo.

Ela nem me deu ouvidos e começou a se vestir, fiz o mesmo. Quando ela ia abrir a porta pra sairmos, a virei e a beijei.

Miguel: -Eu volto.
Catarina: -Eu vou te esperar.

Nos beijamos de novo e saímos. Voltei pro hospital já de madrugada, Zezé dormia e Agnes estava acordada no berço e eu a peguei no colo. Não contive minhas lágrimas e aí sim me dei conta do que estava vivendo.

Zezé Polessa P.O.V

Eu estava com os olhos fechados fingindo que dormia enquanto Miguel chorava. Eu sentia o cheiro de Catarina nele, sabia que ele tinha ido atrás dela e acabei chorando. Ele conversava com Agnes e eu percebi o quanto o amava, mas também o quanto sentia ódio dele por me fazer passar por aquilo. Ele veio até minha boca e me beijou, eu tentei resistir, mas retribuí e coloquei minha mão em seu rosto.

Zezé: -Por que?
Miguel: -Eu to apaixonado por ela, Zezé. Desculpa. Ele sentou chorando na cama.
Zezé: -Então a gente vai terminar?
Miguel: -Não, claro que não, eu amo você muito mais, amo a nossa família. Por favor, não faz isso.

Respirei fundo e peguei na sua mão.

Zezé: -Essa vai ser a última chance que eu vou te dar, ouviu?

Ele me beijou e ficamos abraçados por um longo tempo.

1 mês depois...

Miguel Falabella P.O.V

Miguel: -Parabéns, filha. Ganhei um sorriso da pequena e a entreguei pra Zezé.
Zezé: -Passou voando, né? Ela fez carinho na minha barba.
Miguel: -Pois é, daqui a pouco ela tá com um ano.

Rimos e meu telefone tocou.

Miguel: -Alô?
Catarina: -Vem no meu apartamento, agora!
Miguel: -Catarina? Quê que tá acontecendo?

Ela desligou o telefone na minha cara e eu o guardei no bolso.

Zezé: -Quê que aquela piranha quer?
Miguel: -Falou pra eu ir no apartamento dela, agora.
Zezé: -E você não vai, né?
Miguel: -Pode ser algo importante...
Zezé: -Então eu vou junto.
Miguel: -Quê? Não vai não.
Zezé: -Ou é isso, ou aquela vagabunda pode se jogar da janela que você não vai!

Revirei os olhos e fomos, deixando Agnes sob os cuidados de Maria. Chegamos no apartamento de Catarina, a faxineira disse para que eu fosse até o quarto, mas apenas eu.

Miguel: -Fica aqui, é melhor.
Zezé: -Olha lá, hein! Me deu um selinho e eu fui. Quando entrei, a vi sentada na sacada da janela e fui até ela, abraçando seu corpo por trás na intenção de segurá-la.

Catarina: -Demorou, meu amor. Eu senti sua falta, ou melhor, nós sentimos.
Miguel: -Quê?

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