Até que a Bola Resolva!

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Taz engoliu o galo na garganta

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Taz engoliu o galo na garganta.

— O Tom não vem com a gente? — piou tentando mudar o foco da conversa enquanto desabotoava o cinto.

— Não. — o pai balançou a cabeça mandando com o olhar que o menino fizesse logo o que tava mandando. Taz não ousou fazer ele esperar nenhum segundo.

Abriu a porta, saiu do carro e antes de entrar na frente deu uma última olhada na rua que tava jogando com o Ataíde alguns minutos antes. Ele não tava mais lá...

Suspirou e por fim entrou no carro.

O clima era tão tenso dentro daquele cubículo que era até difícil respirar. E o silêncio era tão alto. Da puxada do cinto, até o click final. Tudo sobre o olhar severo do pai.

Taz olhou pra frente, desviando daqueles olhos claros e encheu os pulmões se preparando mentalmente para a briga.

Mas nada o prepararia para aquilo.

Quando o menino foi tomado pelos braços do pai. Num abraço forte. Um abraço sincero de alívio. Taz arregalou os olhos e ficou completamente sem reação. Não conseguia se lembrar da última vez que o pai tenha abraçado ele. Se é que essa vez realmente tenha existido.

Se já era difícil lidar com o pai, aquela nova versão era totalmente impossível. Taz não sabia como reagir, o que falar, o que pensar.

— Você... Não ta bravo? — sussurrou tão baixinho torcendo para que o pai nem tivesse ouvido. Mas ouvir a voz do filho só fez o mais velho abraçar ele ainda mais forte.

— To — riu bem de leve, se Taz não o conhecesse até diria que era simplesmente o ar saindo por entre os dentes. Mas aquilo era o mais perto de uma risada que a muito tempo o garoto não ouvia. — Claro, que to. Mas aliviado que você ta bem.

Ele soltou o menino, coçou a garganta e ligou o carro. Taz ainda não sabia como se portar diante daquela nova figura de pai. Encarando ele, piscando sem parar. Sem conseguir esconder seu rosto em confusão.

Mas o pai ignorou, assumindo levemente de volta sua postura dura.

— Você tem noção do perigo de andar sozinho por essas ruas sem um adulto por perto?

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