terceira

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A ideia central deste poema não é da minha autoria. Minha professora propôs em sala que refizéssemos uma obra antiga chamada "Pasárgada". A premissa seria de fizéssemos nosso lugar ideal e a única coisa que deveríamos manter seria a estrofe: "Vou-me embora para Pasárgada." E bem, eu fiz a minha e realmente adorei a forma como ler o meu "lugar ideal" me fez sentir e seria incrível se todo mundo tirasse um pouquinho do próprio tempo pra pôr em palavras a própria noção de felicidade. Sei lá, espero que gostem tanto quanto eu gostei.

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Vou-me embora para Pasárgada,
lá a solidão e a dor
não me tocam.
Lá tenho chuva e conforto
quando quero.

Vou-me embora para Pasárgada,
lá o vento uiva em contato
com os galhos dos muitos pinheiros
em meu quintal sem fronteiras,
ao pé da montanha imponente
em que vivo e as únicas
outras melodias que me embalam
são as ondas suaves da lagoa pacífica
a frente de minha porta.

E como o frio me completará,
cobertores e xícaras quentes
em frente ao fogo me deixarão
descansar enfim,
com a calma transparente
de um coração sem dor.

Em Pasárgada tem tudo,
é outro lugar.
Livre do rancor e abraçado
pelo amor famíliar,
onde doença e fome
não atingem nem o corpo
nem o falar.

É quando eu estiver
tão cansada que não mais
a luz das chamas
até mim chegarem,
Em braços amigos
adormecerei.

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⏰ Last updated: Mar 10, 2020 ⏰

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Monarcas de VidroWhere stories live. Discover now