Capítulo 13

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Capítulo 13

Amanheceu, Pietra não estava tão animada para ir á escola, não queria encontrar o rapaz novamente, estava triste.

– Filha, vamos. – disse seu pai, esperando para levá-la ao colégio.

– Já vou pai. – respondeu-lhe Pietra.

. . .

  Matheus acordou, foi até a janela, e fez o que sempre fazia pelas manhãs. Não demonstrava tristeza, algo nele o confortava. Arrumou-se, e foi até à sala tomar café da manhã.

- Matheus, não precisa ir ao colégio se você não estiver se sentindo bem.

- Eu estou bem, a vida continua. – embora as palavras ditas pelo rapaz parecessem duras, Olivia compreendeu. Ele estava tentando ser forte, e superar a perda do melhor jeito possível.

- Meu pai não ia querer que eu ficasse chorando pelos cantos. Eu preciso continuar, e fazer com que ele sinta orgulho de mim.

- Você sempre foi o orgulho dele meu filho, seu pai te amava muito. – lágrimas tentavam escapar pelos olhos de Olivia, quando ela se lembrou do marido; porém, ela manteve a calma.

- Bem... Preciso ir, se não vou me atrasar. – Matheus se despediu, e foi para o colégio.

. . .

 

Ao chegar ao colégio, Matheus procurou a jovem, ela estava conversando com Letícia em um canto. Matheus caminhou em direção as duas.

– Bom dia meninas. – disse Matheus.

– Bom dia. – disse Pietra, virando-se e indo embora. Matheus não entendeu a atitude dela.

– Aconteceu alguma coisa? – perguntou à Letícia.

– Bastava um telefonema Matheus. – disse Letícia. Embora fosse ele que precisasse de carinho e atenção naquele momento, ele foi atrás de Pietra para se explicar; porém, não a encontrou.

  Durante a aula, Pietra sentou-se longe do rapaz.

  No recreio, Matheus procurou por ela. Pietra estava sentada em um canto sozinha com fone de ouvido escutando música, Matheus aproximou-se.

– Posso me sentar? – perguntou.

– Pode. – respondeu Pietra sem olhar para o rapaz.

– Olha, desculpe-me por ontem, não tive a intenção de magoá-la, é que...

– Tudo bem. – interrompeu Pietra.

– Eu sei que não está tudo bem, desculpe-me novamente, Aconteceu algumas coisas na minha vida, minha cabeça está um pouco confusa, e...

- Você não podia ao menos mandar uma mensagem? Sei lá, qualquer coisa.

- Você tem razão, desculpe-me...

- E o que aconteceu na sua vida que está te deixando tão confuso? É alguma menina?

- Não, meu pai.

- Brigou com seu pai?

- Não.

- Então o que aconteceu? – Matheus ficou em silêncio por alguns segundos...

- Ele morreu.

- HÃM? Morreu? – Pietra não acreditou no que ouviu.

- Sim. Ontem, quando eu me despedi de você e fui para casa, minha madrasta me ligou dizendo que estava no Hospital com ele; porém ele já estava morto. Nem pude me despedir... – ele fez uma pausa, pois lagrimas começaram a escorrer pelos seus olhos. A ficha ainda não tinha caído para Pietra, ela ainda não acreditava em tudo aquilo que estava ouvindo.

- Desculpe-me por não ter ligado, eu passei a tarde inteira praticamente no hospital. – Pietra estava sentindo-se péssima por ter julgado o rapaz.

- Não. Eu que tenho que me desculpar, te tratei super mal na hora da entrada, fiquei cega, achando que o mundo girava ao meu redor, e esqueci que as pessoas também tem problemas. Nem se passou pela minha cabeça que algo assim tivesse acontecido com você. Achei que estivesse esquecido de me ligar. Por favor, me perdoe, estou me sentindo péssima agora.

- Tudo bem... Eu te entendo. – embora Matheus demonstrasse não estar sofrendo, Pietra sabia que o rapaz precisava de carinho naquele momento.

- Sinto muito por tudo isso.

- Obrigado.

- Olha, estou do seu lado ta? Pode contar comigo. – Pietra deu um beijo em seu rosto, segurou sua mão, e encostou a cabeça no ombro dele.

- Vai ficar tudo bem.

De volta ao primeiro amorWhere stories live. Discover now