CRUEL [Degustação]

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Nota da autora


     Olá. 

     O livro que você está prestes a ler passou pelo que eu chamaria de completa renovação. Há cenas inéditas e capítulos extras nessa nova versão, bem como um retrato mais claro e coeso dos personagens e situações que acontecem ao longo da história. 

     É uma versão mais madura e sólida do livro que foi postado no Wattpad em 2015 e está disponível na íntegra na Amazon em formato ebook a na Shopee em formato físico! 

     Espero que aceitem retornar comigo a esse universo com esses personagens tão únicos e preciosos! Bem-vindos de volta!

     Boa leitura.

     Bianca Ribeiro


***

Cruel [Degustação]


Capítulo 1


Meu nome é Rose Vallahar.

Tenho dezessete anos.

No momento estou sentada num banco de espera na delegacia da minha província. Eu cheiro a queimado e minha testa arde por causa de um corte que os enfermeiros tentaram fazer parar de sangrar. Não deu muito certo.

Hoje fiquei órfã.

Um incêndio varreu minha casa e minha família do mapa. Só eu sobrevivi. Posso parecer fria falando dessa forma, mas já chorei nas últimas duas horas o suficiente para a vida toda. Já dei meus depoimentos à polícia sobre o acidente e comi uma rosquinha com granulado colorido. Minhas costas doem e eu estou com sono.

— Querida, querida — a policial responsável por mim abre a porta de sua sala, chamando-me.

Eu me levanto e vou até ela.

— Aqui — ela me estende um pacote de papel pardo. — Uma troca de roupas para você. Eram da minha filha.

A policial Mac foi quem me encontrou nos escombros e permaneceu olhando por mim durante as últimas seis horas. Ela perdeu a filha mais velha há um ano. É estranho receber roupas de uma garota morta, mas estou muito grata pelo gesto.

— ... obrigada — sussurro, fitando o pacote.

Ela afaga o topo da minha cabeça. Sou muito baixa, apesar da minha idade, o que já me rendeu confusões com professores, policiais e garotos.

— Está cansada, querida?

Assinto.

Estou prestes a deitar no chão da delegacia.

— O senhor DeVil acabou de chegar, Mac! — grita um policial no corredor.

Suspiro.

Collumbus DeVil tinha uma grande "dívida moral" com o meu pai e, caso algo acontecesse, ele é quem deveria ficar responsável por mim. Desde pequena fui instruída por minha mãe a dizer isso à polícia se me perdesse ou algo acontecesse aos meus pais. E foi o que eu fiz. Não tenho parentes próximos e todos os pertences da minha família viraram cinzas. Que escolha eu tenho a não ser confiar nesse estranho?

Cruel [Degustação]Onde histórias criam vida. Descubra agora