Capitulo 4

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Enquanto Ágatha estava fazendo a tal poção, sai da sua casa para explorar a alcateia. No caminho eu acabo encontrando Emilly.

- O que você vai fazer agora?

- Eu vou para o treinamento de luta na arena.

- Quem que comanda o treinamento?

- Nicholas.- não respondo nada.- O que foi?

- Arthur pediu para ele ficar de "babá" em cima de mim.- Emilly deu tapinhas no meu ombro.

Chegamos na arena e ela foi para aonde as pessoas estavam, sento na arquibancada e vejo o treinamento deles começarem.

Nicholas era até um bom treinador mas os golpes estavam muito básicos. Eu me segurava para não ir lá e ensinar o que eram golpes de batalha.

Além do meu pai ter me treinado, depois do despertar meio que veio todas as memórias de lutas passadas de geração em geração dos Ackermans.

Depois de algumas horas Diana me acha e senta do meu lado.

- De olho no treinamento ou no Nicholas?

- Que?- ela rir.

- Nicholas deu um chilique quando soube que ia ser sua babá, ele sempre banca o durão.

- Quem lidera mais é o Arthur né?

- Tecnicamente o Arthur cuida das burocracias da alcateia, Nicholas cuida mais da patrulha e proteção.

- E os pais deles?

- Morreram em um ataque surpresa, os dois irmãos eram pré-adolescentes, mas quem se culpa mais é o Nicholas porque não conseguiu proteger seus pais.

- Entendo.

- Seus pais não estão preocupados com o seu sumiço, Sam?

- Eles foram assasinados quando eu tinha 13 anos.

- Ah, desculpe eu não sabia.- ela coloca a mão no meu ombro.

- Tudo bem.- olho para a mesma.

- Bom, você sabe cozinhar?

- Não muito.

- Sabe pelo menos cortar?- rio fraco.

- Sei.

- Pode me ajudar na cozinha? Temos que alimentar essa alcateia.

- Posso.- olho de canto de olho e vi que Nicholas nos observava.

Segui Diana para fora da arena, andamos até uma espécie de refeitório com muitas mesas.

- Aqui nós normalmente fazemos a comida para todos.- fomos até a cozinha a onde uma cozinheira me deu vegetais e legumes para cortar.

Depois do almoço pronto, o refeitório começou a encher, era tipo um Self Service. Fui para a fila pegar a minha comida.

Diana me chamou para sentar na mesa a onde os irmãos estavam mas eu resolvi não ir, não queria atrapalhar nada.

Sentei em uma mesa vazia que sobrou, comecei a comer calmamente, a comida era boa.

"Que saudades do meu celular." Penso.

Uma pessoa senta na minha frente, levanto o olhar e era Ágatha.

- Já fiz a poção.- coloca um frasco com líquido azulado, pego o mesmo.- pera, você vai tomar aqui?

- Vou...- tomo tudo em um gole só, sentindo o gosto amargo descer pela minha garganta.- Se for um veneno, eu morro aqui na frente de todo mundo e você vai presa.

- Garota esperta.- volto a comer.- Com que dinheiro você sobreviveu todos esses anos?

- Com a herança que meus pais deixaram para mim e a herança que era para o meu irmão.

- É verdade que existe a espada Ackerman?- assenti.- posso ver?

- Ela não está aqui. Por que tanta curiosidade?

- Todas as bruxas crescem ouvindo a lenda dos Ackermans, o grande feitiço das bruxas ancestrais. Só soube que o seu pai era um Ackerman no último dia que o vi, no casamento dele.

- Ela é uma espada simples, não tão nada de especial, só sentimental.- digo olhando para o prato e lembrando do dia que o meu pai me deu.

Flashback on

Era o dia do meu aniversário de 12 anos, meus pais organizaram uma festa com todos os meus amigos da escola.

Depois da festa, eu estava no meu quarto vendo os matérias de desenho que meus pais haviam me dado de presente, eu amava desenhar.

Escuto batidas na porta e digo apenas um entre. Meu pai entra com as mãos nas costas.

- Sam, falta mais um presente para você abrir.- ele fica de pé do lado da cama.

- Qual?- fico animada.

- Esse é um especial e muito importante.- meu pai tira de trás das suas costas uma grande caixa de madeira de formato retangular e coloca na minha frente.- Feliz aniversário Sam!

Giro a espécie de cadeado até fazer Click e abro a caixa.

- A espada da nossa família!- digo sorrindo olhando para o meu pai, ela estava apoiada sobre um acochado de veludo vermelho.- Ela parece nova.

- Ela tem esse poder, pode pegar ela, ela é sua.- toco no cabo com os meus dedos e tenho uma espécie de visão.

Sete dos meus ancestrais, com roupas medievais e de fundo tinha um castelo. A espada estava nas mãos de uma garota com capuz que sorria.

Volto para o presente e olho para o meu pai que sorria fraco. Pego a espada, me levanto da cama e tento a levantar, mas ela acaba caindo e fazendo um buraco no tapete do meu quarto.

- Eita!-digo.

- Ela ainda é um pouco pesada para você, mas usando você crescer, ela vai ser leve igual uma pena.- meu pai diz segurando a espada e colocando de volta na caixa.

- O meu irmão vai ganhar uma igual?

- Não, nossos ancestrais passavam a espada para os primogênitos.

- Primogênitos?

- Os que nasceram primeiro.- assenti.

- Te amo pai!- coloco meus braços atrás do seu pescoço o abraçando.

- também te amo minha pequena Ackerman!- ele beija minha cabeça retribuindo o abraço.

Flashback off

- Eu não toco na espada dês do aniversário que eu ganhei ela.- digo terminando de comer.

- Você é igualzinha a ele.

- Ele?

- Seu pai. Sente falta dele né?- assenti olhando para baixo.

- Ele ficava mais comigo do que a minha mãe, ela que trabalhava fora. Eu sinto falta de todos, mas ele eu sinto mais.- Ágatha pega na minha mão por cima da mesa tentando me consolar, apenas sorrio fraco.

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Espada da família Ackerman

Espada da família Ackerman

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A última Ackerman Where stories live. Discover now