Touched By Darkness *Bucky Barnes*

I'll Always Remember Tonight

Depois daquela noite, trocando ideias e compartilhando histórias, Eva e eu ficamos próximos, até que ela me chamou para assistir um filme que eu havia comentado, um lançamento que segundo Sam era imperdível.

Seus olhos estavam brilhando de expectativa e suas bochechas coradas de vergonha, e eu não excitei em dizer que sim, afinal, passar algum tempo com ela era melhor do que apenas admirar de longe.

As sete da noite eu bati na porta dela, me deparando com uma versão ainda mais bonita dela, apenas com suas tradicionais roupas de couro e seu jeans colado, sua blusa apertando todos os lugares certos e seus cabelos bagunçados de um jeito sexy como o inferno.

- Então vamos Sargento - ela disse, passando por mim e segurando meu braço, sorrindo como uma criança, em um segundo estavamos na garagem, seguindo em direção a minha moto - Então, pensei que poderíamos ir de moto, o que você acha? - ela perguntou suavemente.

- Acho uma ideia incrível boneca - disse pegando o capacete e entregando pra ela, em seguida subindo na moto - Você  vem ou não?

Ela apenas riu antes de colocar o capacete e subir na moto, me abraçando apertado, e respirando fundo, logo dei partida na moto, nos levando para o cinema.

A noite foi agradável, e saimos do cinema rindo, ela agarrada ao meu braço, sorrindo pra mim e apertando minha mão.

- Sabe de uma coisa James - ela disse se virando para mim - Somos jovens, e eu quero aproveitar - ela falou jogando as mãos para cima e passando pelo meu pescoço, me abraçando.

- E o que você tem em mente? - perguntei arqueando uma sombrancelha e ela sorriu, me abraçando mais apertado, fazendo meu coração encher com uma sensação de felicidade.

- Por que não vamos tomar um sorvete e depois eu posso nos colocar em cima daquele prédio gigante em que passamos na vinda para cá - ela disse mexendo as sombrancelha para mim, em um convite para algo que não daria certo.

- E se ao invés de ir para algum prédio abandonado nós não entrássemos no radar da policia por dirigir em alta velocidade - disse desviando suas ideias para ela não perceber meu leve medo de altura - Soa um plano, boneca?

- Soa maravilhoso - ela falou me soltando e passando o braço pelo meu novamente.

Depois de sair cantando pneu do estacionamento, ouvindo gritos de alegria de Evalyn, logo a policia estava atrás de nós, fiz o possível para quase sermos pegos apenas para ela nos teletransportar de volta para o complexo.

Entramos do nada cantando pneu também e quase batendo em um dos inúmeros carros de Tony,mas deu tudo certo e saimos sem nenhum ferimento.

- Isso foi demais, foi Incrível - ela disse sorrindo e saindo da moto.

- Fazia tempo que eu não me sentia assim - disse pra ela, confessando meus pensamentos.

- Assim como? - ela perguntou, e naquele momento eu percebi, não existia uma versão mais bela dela, porque todas as vezes em que olhava pra ela, era como se fosse a primeira vez, ela ali, parada e ofegante, com um sorriso no rosto e bochechas coradas, ela ali era tão bonita quanto se estivesse tota arrumada para alguma festa. Em resumo, ela era destemida, brincalhona e Incrível, por seu jeito de ser, ela apenas ficava mais e mais bonita.

- Vivo - disse sorrindo pra ela, fazendo seu sorriso aumentar, logo passei os braços por sua cintura e a abracei, rodopiando pela garagem ao som de sua risada e protestos - Agora, já que não tivemos tempo para o sorvete na rua, o que você acha de roubar o do Sam?

Minha ideia logo foi acatada por ela, que sorriu e concordou, me guiando para nossa próxima aventura. E todo esse tempo com ela, não foi como se eu voltasse a ser o antigo Bucky, ou como se eu fosse algo entre Soldado invernal e o antigo eu, ali era apenas eu.

De um jeito unico, senti naquela noite que eu era eu, que de fato eu era apenas alguém se esgueirando com uma garota bonita, pronto para uma aventura. Eu iria me lembrar disso para sempre.

....

Depois daquela noite, começamos a sir com frequência, o que chamou atenção de algumas pessoas, quem queríamos enganar, vivemos no lugar com a maior parte dos telepatas e espiões do mundo, era obvio que uma hora ou outra um deles fosse reparar.

Natasha sendo a primeira a perceber, visto que nossos outros colegas de equipe eram um tanto que "totalmente inúteis" segundo ela quando se tratava de espionagem. Logo depois ela já fofocou para Sam e Steve, o que apenas me fez querer arrancar as assas do traje dele e bater nele com elas.

As piadas foram, provavelmente, a pior parte, porém Wanda e Steve sempre vinham ao meu socorro, o que ajudava, porque em pouco tempo, vendo a desvantagem, Nat logo deu um jeito de Clint se juntar ao inferninho.

- Então, você deveria falar pra ela - Natasha disse, se intrometendo na vida alheia novamente.

- E você deveria cuidar da sua vida - falei azedo.

- Mas você se irritou? - Sam zombou do outro lado da academia - Pobre Barnes, vai acabar perdendo a garota para alguém mais novo.

- Sam, eu juro, se eu colocar as mãos em você eu...- minha ameaça inédita foi cortada por Wanda.

- Chega de brigas por hoje vocês dois - ela falou e Natasha apenas riu - E você Samuel, não comece o que não pode terminar, não iria aguentar ter que ver os dois correndo em volta do complexo novamente.

- Eu aguentaria numa boa isso - Nat disse sorrindo, russa maldita.

- Eu odeio vocês - disse fuzilando eles enquanto tomava água - Menos você Wanda.

Falei e sai para os vestiários, indo tomar um banho para estudar uma missão que Steve havia nos dado, iria ser em uma semana, mas senti que poderia começar agora, para não deixar brechas para erros.

Depois de reler o que parecia umas vinte vezes a missão, resolvi ir para a cozinha, nada melhor do que um chocolate quente para melhorar a noite de sono, Evalyn diz isso com tanta frequência que muito provavelmente nenhum fato científico será capaz de provar o contrário.

- Sexta, cadê Evalyn? - perguntei enquanto me dirigia para a cozinha.

- Saiu para se encontrar com um amigo - a voz artificial falou, quase me fazendo tropeçar nos meus próprios pés.

Um quase rosnado atravessou meus lábios, eu sabia que não havia motivos para ficar assim, mas ela era minha, iria ser. Bufei de raiva e mudei minha rota, indo para a academia, descontar a súbita raiva e ciúmes em um pouco de exercícios.

E no dia seguinte parti para a missão cedo, sem me despedir de ninguém, apenas eu, Steve e Wanda. O dia seria longo, e a missão cansativa, não podia me dar ao luxo de me distrair.