TRÊS | Cigarro, música e loucas teorias de Mike Harding

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A vida, na maior parte do tempo, é uma filha da puta irônica

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A vida, na maior parte do tempo, é uma filha da puta irônica. Por que como explicar a situação que eu estou vivendo se não a maior ironia possível?

Estou indo encontrar o garoto que está me atormentando nos meus sonhos a mais de um mês, sendo que esse garoto é o garotinho que eu odiei na minha infância, que eu conheci quando meus pais estavam dando uma última chance para o casamento, o qual eu nem me lembrava mais?

Isso tudo era muito para assimilar, e mais ainda para entender. Então eu estava fazendo o máximo de esforço possível para não querer entender para não acabar enlouquecendo.

Meu irmão, que sempre foi um nerd muito lógico e pé no chão, já estava quase chegando na loucura total dele.

— Mas como você foi sonhar com ele crescido se não teria como você sonhar com a aparência dele assim, já que você só o viu quando ele era criança?

Bufei, entrando dentro do carro e fechando a porta com força.

Era a décima vez que ele me perguntava isso e eu já estava enlouquecendo com a loucura dele.

— Isso não faz o menor sentido. – Ele resmungou, dando partida no seu carro.

Encostei a testa no vidro frio da janela e fechei os olhos, seria uma longa, longa viagem. 

— E se, de alguma maneira, vocês se encontram nos sonhos, como naquele anime lá. Aquele que tem a garota que mora em um vilarejo e o muleque que vive em Tóquio, mas a garota já morreu a três anos.

Yor name? - Respondi, levantando uma sobrancelha. 

— Isso. 

— Mas no anime eles trocam de corpo, e não se encontram no sonho. 

Ele ficou pensativo por algum tempo, achei que tivesse desistido de inventar teorias, mas meu irmão deu um tapa no volante de repente, parecendo frustrado. 

— Droga, é verdade. E isso só faz menos sentido ainda. 

Soltei uma risada nasal, era engraçado ver a sua mente sempre tão lógica, tentando entender uma coisa totalmente não lógica. Acho que daqui a pouco era ele quem iria precisar de uma psiquiatra, afinal. 

Desbloqueei o celular, ligando o Bluetooth e conectando ao rádio do carro, em seguida abrindo um aplicativo de músicas. 

— O que está fazendo, garotinha? 

— Uma coisa que vai te animar rapidinho e fazer você se esquecer dessas teorias estranhas. - Falei, enquanto clicava no título da música e logo os primeiros acordes de What makes you beautiful da melhor banda que já existiu começa a sair das caixas de som do carro. 

— Ah, não, Scarlett. Isso é golpe baixo! 

Viramo-nos ao mesmo tempo um para o outro quando Liam Payne começa a cantar. 

Meu farol - #1 | ✓Dove le storie prendono vita. Scoprilo ora