A vida de Scarlett Harding não é perfeita. Desde que se entende por gente sempre foi ela e o irmão mais velho contra o mundo, e estava muito bem com isso. Mas em uma noite qualquer um par de olhos negros e um sorriso descarado invadiu os seus sonhos...
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A vida, na maior parte do tempo, é uma filha da puta irônica. Por que como explicar a situação que eu estou vivendo se não a maior ironia possível?
Estou indo encontrar o garoto que está me atormentando nos meus sonhos a mais de um mês, sendo que esse garoto é o garotinho que eu odiei na minha infância, que eu conheci quando meus pais estavam dando uma última chance para o casamento, o qual eu nem me lembrava mais?
Isso tudo era muito para assimilar, e mais ainda para entender. Então eu estava fazendo o máximo de esforço possível para não querer entender para não acabar enlouquecendo.
Meu irmão, que sempre foi um nerd muito lógico e pé no chão, já estava quase chegando na loucura total dele.
— Mas como você foi sonhar com ele crescido se não teria como você sonhar com a aparência dele assim, já que você só o viu quando ele era criança?
Bufei, entrando dentro do carro e fechando a porta com força.
Era a décima vez que ele me perguntava isso e eu já estava enlouquecendo com a loucura dele.
— Isso não faz o menor sentido. – Ele resmungou, dando partida no seu carro.
Encostei a testa no vidro frio da janela e fechei os olhos, seria uma longa, longa viagem.
— E se, de alguma maneira, vocês se encontram nos sonhos, como naquele anime lá. Aquele que tem a garota que mora em um vilarejo e o muleque que vive em Tóquio, mas a garota já morreu a três anos.
— Yor name? - Respondi, levantando uma sobrancelha.
— Isso.
— Mas no anime eles trocam de corpo, e não se encontram no sonho.
Ele ficou pensativo por algum tempo, achei que tivesse desistido de inventar teorias, mas meu irmão deu um tapa no volante de repente, parecendo frustrado.
— Droga, é verdade. E isso só faz menos sentido ainda.
Soltei uma risada nasal, era engraçado ver a sua mente sempre tão lógica, tentando entender uma coisa totalmente não lógica. Acho que daqui a pouco era ele quem iria precisar de uma psiquiatra, afinal.
Desbloqueei o celular, ligando o Bluetooth e conectando ao rádio do carro, em seguida abrindo um aplicativo de músicas.
— O que está fazendo, garotinha?
— Uma coisa que vai te animar rapidinho e fazer você se esquecer dessas teorias estranhas. - Falei, enquanto clicava no título da música e logo os primeiros acordes de Whatmakes youbeautiful da melhor banda que já existiu começa a sair das caixas de som do carro.
— Ah, não, Scarlett. Isso é golpe baixo!
Viramo-nos ao mesmo tempo um para o outro quando Liam Payne começa a cantar.