PRÓLOGO

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Quantos livros eu já tinha lido para imaginar que algo como isso aconteceria comigo?

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Quantos livros eu já tinha lido para imaginar que algo como isso aconteceria comigo?

Mesmo que os livros fossem uma forma de nos desviarmos da realidade totalmente diferente, frustrante e dura, eu deveria saber que conviver com Hayden não seria uma boa ideia.

Não porque ele era uma má pessoa e estava pronto para me jogar no poço. Porque não, ele não era terrível. Ele era o típico fuck boy problema que não dava a mínima para nada? Sim. Porém nada que não pudesse ignorar. E na parte de me jogar para fundo do poço? Sim, mas não literalmente.

Porque sabe aquele vazio que você sente ao se afastar de alguém que te fazia tão bem? Era exatamente isso que eu estava sentindo, sentada no banco acolchado do avião.

Dois meses atrás eu estava chegando de um desses aviões, convencida de que eu aproveitaria essas férias. De que nada mudaria e seria apenas eu aproveitando o tempo de minha adolescência com meus amigos e família.

Mas porra, ela mudou.

Em todos os aspetos possíveis.

Tanto passado desconhecido, tantos segredos vindo à tona, tantos sentimentos novos... tanta coisa que eu nunca pensei que daria espaço para sentir e experienciar em minha vida me estavam agora fazendo caminhar para um destino diferente. Eu não sabia dizer qual seria, no entanto.

Mas Hayden, apesar das circunstâncias, você foi a melhor coisa que me aconteceu nestas férias. Você me proporcionou momentos de felicidade inigualáveis, sentimentos que nunca imaginei sentir tão cedo.

Eu tinha apenas 15 anos quando tudo começou, então imagina o quanto eu sabia desse mundo. Nada. Mas você, com 17 acabados de fazer também não sabia. Não conhecia nada relacionado ao amor. Porque para você a emoção era o desafio, certo? A caça.

E você me caçou. Eu deixei de lutar contra, me deixei ficar á sua mercê e foi aí que você percebeu que ficou preso em sua própria armadilha.

Bastaram provocações, pequenos momentos em que nossas personalidades batiam de frente, para começar essa história.

Mas bom, eu olhei para o agora, sentindo o meu coração sangrando dentro do peito.

Esse sentimento que me corroía por dentro começou alguns minutos atrás, quando eu olhava para você. Enquanto me despedia.

Lá estava você, olhando para mim com a dor brilhando em seus lindos olhos azuis. A minha fraqueza. Os olhos que me faziam esquecer qualquer merda que eu estivesse passando. Bastavam eles mirarem em minha direção para eu sentir o mundo á minha volta afundar. Fazendo os meus pensamentos voarem para longe enquanto você me hipnotizava, abafando as vozes do exterior. Você era o remédio temporário contra a dor, ao qual eu me apeguei e não vivia sem. Como uma maldita droga, eu diria.

Sua mandíbula trancada e sua mão na minha quando você deixou aquelas três palavras escaparem da sua boca.

Eu te amo.

Eu queria mandar todo o mundo se foder e me atirar em seus braços, aproveitando do sentimento recíproco. Ficar e viver uma vida delas seu lado.

Mas eu não podia, nãotinha esse tipo de loucura correndo por minhas veias ainda. E a perceção disso me matou um pouco mais. Fez a ferida em meu peito expandir. Obrigou a faca a rasgar mais profunda e violentamente o músculo carregado de sentimento em meu peito.

Então olhei para você e te beijei. Fui obrigada a fazer isso, para te distrair do facto de eu logo em seguida fugir como uma covarde.

Eu não queria te fazer sentir usado. Nunca foi a minha intenção. Eu estava apenas com medo do tempo indeterminado que eu passaria sem você, sabendo que eu te amava. Então preferi evitar.

Preferi te fazer me odiar, porque assim seria mais fácil para você. Você seguiria com sua vida, sem mim e tudo ia ficar bem, para você.

Eu lamento que as coisas entre a gente tivessem sido interrompidas dessa forma. Tão brusca e intensamente.

Eu só desejava que a dor passasse. Que o tempo curasse a recente ferida que eu havia causado em nós.

Amar era proibido. Ambos sabíamos disso. Tal sentimento não podia estar em nossos planos. Nossos caminhos seguiam direções opostas. Minha vida era em outro país. Então porque a gente deixou que o outro entrasse?

Talvez eu fosse masoquista.

Ou talvez esse sentimento já estivesse lá, influenciando nossas escolhas e pensamentos coerentes.

De qualquer forma, o amor era proibido e você sabia disso. A gente prometeu aquela noite, não se lembra?

Mas ambos quebramos essa promessa, inventando desculpas para nós mesmos para nos desviarmos do facto de que as coisas entre a gente estarem ficando diferentes e no final, mais difíceis de travar.

Fomos contra nós mesmos porque era conveniente, na altura. E agora?

Agora precisávamos aprender a viver um sem o outro. Aceitar as consequências fodidas de tal egoísmo.

 Aceitar as consequências fodidas de tal egoísmo

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