Textos.

Capítulo 3

Admiro meus poemas criados em momentos de angústia. Tudo o que nele passa, tudo que me consome, tudo que transpira em ser e nada. Toda a filosofia que é a minha vida pode ser de lá retirada. Eu sei bem de onde vem sua estrutura, Alphonsus Guimaraes. Eu sei bem de onde vem seu conteúdo, toda imperfeição. Também sei de onde vem o motivo, Daniel Soares. Me sinto entediada e sem inspiração, mas leio meus poemas e sinto tudo aquilo que queria transmitir. A dor da saudade, a leveza do amor, a beleza do amado, a angústia da dor.... Me sinto feliz por ter um ponto de liberdade infalível: a escrita. Sei que pode parecer inútil ou até mesmo entediante, mas me expresso desse jeito e me sinto tentada a continuar. Eu espero melhorar, eu espero ser melhor, eu espero ser mais livre, eu não quero morrer só.... E mais uma vez meus sentimentos escapam aos meus dedos e se materializam em palavras.