Cap. 23

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-- Demorei? -- Priscilla perguntou rindo ao entrar na cela ainda de cabelos molhados e Natalie sorriu, vendo Priscilla pegar sua escova de dentes e ir para o lavatório.

-- Eu devo beijar bem demais para você estar desesperada desse jeito. -- Natalie disse, rindo com a língua entre os dentes ao ver Priscilla lhe fuzilar com os olhos. -- Só quis dar o troco, desculpe.

Ela voltou sua atenção para o livro que lia, mas a verdade é que não lia nada. Estava focada em como seu coração havia acelerado ao ver Priscilla entrar naquela cela e, não, não se tratava de sexo, senão de como seu coração vinha acelerando sempre que a maior se aproximava.

Um mês. Um longo mês, mês onde tudo poderia ter sido pior, porém Priscilla não deixara. Ela havia cuidado de Natalie mesmo quando ainda usava a máscara de durona.

Seus pensamentos foram interrompidos quando sentiu sua cama se afundar e logo ela virou o rosto para Priscilla, que sorriu antes de enterrar o rosto em seu pescoço. Ela suspirou e fechou o livro.

-- Olha só quem está toda carinhosa. -- Natalie falou rindo e logo resmungou ao sentir Priscilla mordeu seu ombro.

-- Não caçoe de mim. -- Priscilla reclamou e Natalie se virou, enlaçando sua cintura com um dos braços.

-- Não estou caçoando, sua boba. -- Natalie disse, dando-lhe um selinho demorado. -- Eu adoro você assim. -- Falou, pincelando seu nariz no de Priscilla.

-- Adora, hm? -- Priscilla falou, se inclinando para tomar os lábios de Natalie em um beijo manso. A menor largou o livro e se entregou totalmente ao beijo, sentindo a textura daqueles lábios rosados e gelados pela recente escovação de dentes.

A língua macia de Priscilla se encontrava com a sua gentilmente, enquanto a mão da maior escorregava para baixo de sua blusa, arrastando as unhas delicada e vagarosamente por sua pele, fazendo seu corpo inteiro se arrepiar.

-- Temos uma hora até as policiais começarem a nos revistar para apagarem as luzes. -- Priscilla falou contra seus lábios. -- Tem certeza de que quer continuar isso agora ou prefere esperar? -- Natalie a fitou intensamente antes de responder.

-- Uma hora dá para nos divertirmos bastante, não acha? -- Natalie perguntou e Priscilla assentiu, se desvencilhando dela antes de prender o famoso lençol nas grades e retirar sua blusa, deixando o sutiã preto à mostra para então voltar a se deitar, desta vez sobre Natalie, colando suas bocas sem perder tempo.

A menor sentiu uma sensação estranha em seu estômago e abriu os olhos sem deixar de beijar Priscilla, vendo o rosto branco e extremamente delicado colado ao seu, os olhos fechados, destacando os cílios pretos e perfeitamente projetados; Ela tinha uma expressão de pura satisfação em seu rosto enquanto se beijavam e os cabelos molhados caíam sobre seus ombros. Bem ali Natalie soube: Ela estava ferrada.

o toque singelo e suave de Priscilla por dentro de sua camisa fez Natalie sentir-se flutuar, fechando os olhos unicamente para deixar-se sentir as sensações novas que seu corpo estava lhe proporcionando. Priscilla se debruçou mais sobre si e começou a distribuir pequenos e delicados beijos por seu maxilar, migrando para seu pescoço, fazendo Natalie alçar ligeiramente o pescoço para dar acesso total à maior.

Seu coração batia freneticamente e ela tentou disfarçar o fato de que jamais se sentira assim antes. Ali não era só tesão, havia algo mais, algo que seria melhor se Natalie não sentisse, porém era tarde demais. Aquilo já havia consumido cada fibra de seu ser.

A menor arfou quando Priscilla prendeu de leve a carne de seu pescoço entre os dentes antes de deslizar a língua até o lóbulo de sua orelha, fazendo seu centro pulsar. Suas mãos, que até ali estavam comportadas, foram para as costas de Priscilla, soltando o fecho do sutiã da maior para então arrastá-lo vagarosamente por seus ombros, fazendo Priscilla levantar seu tronco para Natalie puxar a peça para seus braços. Ela tirou o sutiã de seus braços e foi pega de surpresa quando Natalie a virou na cama, tomando a posição de cima para si. Ela foi se levantar para remover a camisa, porém esqueceu que era beliche e acabou acertando a cabeça no estrado de cima, levando uma mão até a cabeça antes de proferir um "ouch."

☆Nᴀᴛɪᴇsᴇ☆ ✓ ᴀᴛʀᴀᴘᴀᴅᴏ  Pᴏʀ Cᴀsᴜᴀʟɪᴅᴀᴅ Donde viven las historias. Descúbrelo ahora