Todo dia

5.3K 391 152
                                    

- Sabi- Sina entrou no quarto da irmã, acorda-la era um sacrifício- Sabina, temos que ir.

- Shiu- ela colocou a mão na boca da loira, que sorriu.

- Pepe ligou.

- Que?- Sabina pulou na cama.

- O campeonato é semana que vem, ele perguntou se está tudo certo pra ele ficar aqui.

- Sina, pelo amor de Deus, me ajuda a falar com o papai!- ela se jogou no chão e ajoelhou.

- Você não falou com ele?- Sabina negou- Sabina!

- Eu me perdi com as datas, me ajuda Bebita!

Sina bufou.

- Ok, você fala com ele, se não funcionar eu me meto no assunto- Sabina sorriu e abraçou as pernas da irmã.

- Te quiero Bebita, gracias!

- Te quiero mi amor, agora eu tenho que ir- Sina de levantou.

- Nada disso! O que rolou ontem com o Noah?

- Sério Sabi, eu preciso abrir o quiosque.

- Vocês se beijaram?

- Talvez- ela abaixou a cabeça.

Sabina gritou e abraçou a irmã, ver ela feliz de novo era incrível.

- Te amo- Sabina beijou a bochecha de Sina.

- Te amo, sua louca- elas riram e Sina foi para a praia.

Ela encontrou com Bailey e seu padrasto arrumando o quiosque, entrou em silêncio e fez seu trabalho.

- Cariño, buen día!- Ernâni cumprimentou Sina.

- Buen día Papi.

- Acho que só vou abrir o quiosque à tarde- ele anunciou.

- Ué, por que?

- Preciso assinar os papeis do carro da sua mãe- Sina abaixou a cabeça.

A mãe de Sina morreu em um acidente de carro, um motorista bêbado bateu no carro dela. Ernâni e sua família evitavam o assunto, mesmo ela sempre estando na cabeça deles.

- Faz dois anos que ela foi embora- Ernâni disse.

- Eu sei, não precisa me lembrar.

- Sina...

- Eu conto os anos, o tempo, a hora, todo dia! Não preciso que falemos sobre isso- ela suspirou- eu venho trabalhar a tarde, quando o senhor voltar me liga.

- Filha- ele segurou o rosto dela.

- Tudo bem Papi, vou ajudar o Bailey com as mesas- ela saiu, tentando controlar seus sentimentos por dentro.

A vontade de gritar invadiu seu corpo, ela queria gritar por ter sido grossa, por ter escutado coisas sobre a mãe, e por algum motivo que até ela desconhecia.

- Ei, deixa eu ajudar- Bailey pegou os pratos da mão de Sina e a ajudou a distribui-los pelas mesas- dormiu bem?

- Sim.

- Surfa com a gente hoje?

- Acho que não, vou ficar no quiosque a tarde.

- Não adianta eu implorar?- ele fez bico, Sina riu.

- Não.

- Ok- ele sorriu- pelo menos eu te fiz sorrir.

- Bobo- ela voltou ao quiosque- Papi, desculpa ter gritado.

A reasonOpowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz