Capítulo 2 - Operação resgate de um coração

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O vento gelado chega ao meu rosto e eu sorriu, sempre amei o frio, ele sempre trás as melhores lembranças de quando eu era criança e corria para dormir no quarto dos meus pais e eles deixavam dizendo só hoje, mas eu fazia isso toda semana e eles permitiam, do chocolate quente que tomávamos nos três e minha irmã caçula e meu irmão, dos presentes de Natal enfrente a árvore onde ganhava sempre mais do que havíamos pedido, dos momentos cinema em casa.

São momentos como esses que me fazem se sentir um homem amado, minha familia  é tudo pra mim. Daria a minha vida por eles, se hoje sou o homem que sou devo a eles, eu não chegaria tão longe se eles não tivesse lá para me apoiar e me ajudar quando eu tiver dificuldades, eles são as pessoas que eu mais confio no mundo inteiro,
E eu faria tudo por eles.

Mas de acordo com que o tempo vai passando sinto que estou perdendo algo que eu realmente desejo, nos meus vinte e sete anos de existência, sinto que falta alguma coisa na minha vida e não faço ideia do que seja, ou talvez eu faça mas não quero admitir.

Afinal ninguém quer admitir que se sente só.

Estou olhando para a cidade de São Francisco quando meu irmão abre a porta e me olhar com o ar brincalhão.

— Melancólico de novo? Acho que vou comprar um cachorro para ser seu amiguinho. — brinca ele e eu reviro os olhos.

— Oque deseja Rodrigo? — questiono deixando a janela e Me sentando na cadeira a sua frente.

Meu irmão da de ombros e senta a minha frente.

— Preciso de um favor seu. — pede e é impossível segurar uma careta.

— Seus favores sempre envolver confusão Rodrigo. E estou caindo fora de confusão, mal sai de uma, não preciso de outra. — digo frio.

— Não me diga que está com saudade daquela vagabunda? Porque se estiver serei obrigado a te dá um soco.

— Até parece, Teodora foi um erro que não cometerei de novo. — resmungo.

— A nossa próxima cunhada deixa que eu e a Karen escolhemos por você. Temos muito mais bom gosto. — diz me fazendo revirar os olhos com tédio.

— Ainda bem que ela está na França, não preciso ficar escutando reclamações dela e milhões de eu te avisei.

— Ninguém mandou você se casar com a sua primeira paixão, não vou dizer amor porque você não a amou de verdade, apenas estava cego, mas eu confio que você vai achar alguém a altura do título do grande amor da sua vida.

— Rodrigo não me leve a mal, mas eu tenho um Império para governar se você poder me dizer oque te trouxe aqui de uma vez ajudaria e quanto ao meu casamento fracassado? A culpa é minha por não ter visto o quanto tudo estava dando errado. Fim da história.

— Se você está dizendo. — da de ombros e faz uma expressão séria. — Preciso que você participe de um leilão de virgens.

Se eu não estivesse sentado teria caído, o meu irmão o cara que é casado a dois anos e meio, não pode está falando sério.

— Tá de brincadeira né?

— Não, eu realmente preciso da sua ajuda se isso fosse fácil eu não estaria te pedindo.

— A Natália vai te matar! — falo em exasperação. — Esquecer a Natália, se a nossa mãe descobrir que eu entrei em um antro de perdição, eu serei um homem morto, sabe como ela é sobre religião, amor e tradição, e que não quer que nenhum dos filhos dela seja o tipo de homem que sai por aí pegando todas! Ela me mata e mata você também.

— Eu sei, mas eu preciso realmente da sua ajuda, pode deixar que com a nossa mãe eu resolvo.

— Não...

— Por favor? — ele faz uma careta de pidão. — Onde está o seu amor pela a família.

— Não...

— Por favor... — imploro.

— Ok Rodrigo você venceu, eu irei te ajudar. — ele abre um sorriso convencido.

           🎩🎩🎩🎩🎩

— Bruna cadê a minha agenda da semana? — peço a minha secretaria que entrar pela a porta com o tablet na mão e um café na outra. Bem eficiente.

— O senhor tem uma reunião a tarde com o senhor Osborn, ele insistiu tanto que eu preciso marca uma reunião com ele, depois tem uma reunião com seu administrador e.... — e assim fiquei sabendo da semana tumultuada que eu teria pela a frente sem contar no final da sexta teria que ir a Nova York ajudar o Rodrigo, o fato dele me colocar nessa roubada ainda não engoli, mas a gente faz tudo pela a família.

E a noite de sexta-feira chegou com uma clara noite de Natal, apenas uma semana para o Natal, a cidade está enfeitada, pensar nisso me da uma sensação de felicidade, minha irmã chegar dois dias antes do Natal para passar com a família, a família toda estará reunida e unida, uma noite chegada de risos e presentes.

Pego o avião e chego em Nova York de madrugada, cansando pego a chave do meu quarto e me jogo na cama de roupa e tudo, e apago.

Sinto um calafrio na espinha assim que o meu irmão me passa todas as orientações.

— É muito simples, como todos os presentes são homens sem escrúpulos e com dinheiro, estarão usando máscaras para esconder o rosto, e isso é bem conveniente para você irmãozinho, já que você é uma figura pública. — avisa ele e eu balanço a cabeça.

— Pelo o menos isso. Só tenho que dá lances para não desconfiar de me certo?

— Sim, a menos é claro que você esteja planejando comprar uma? Ou está? — ele tem um sorriso brincalhão nos lábios e eu reviro os olhos e lhe dou um soco de brincadeira.

— Acho que vou embora. — digo dando um passo para sair da van e ele me segurar rindo.

— Tá bom, não vou brincar com isso. Voltando ao assunto assim que formos invadir te mandarei uma mensagem para você saía de lá.

— Combinado. — falo saindo da van, mas antes o olho sério. — Cuidado viu?

— Sempre tomo, além de você é nossos pais, tenho mais duas vidas para voltar para eles. — pisca para mim e eu sorriu saindo um pouco mais aliviado.

Era isso que eu sempre quis, um amor sincero e leal como os dos meus pais e do Rodrigo com a Nathalia e a única vez que achei que tinha, não passou de um pesadelo.

Assim que chego de frente ao estabelecimento bastante bem cuidado, coloco minha máscara preta e entro, me sento ao fundo sem querer chamar atenção para a minha pessoa, eles me entregam uma placa com o número cem e uma taça de champanhe que eu aceito educadamente, mas obviamente não beberei.

Nenhuma das meninas assustadas me chamou atenção, até que o nome Erika é chamando e eu levanto a cabeça ao mesmo tempo que meu celular vibra no bolso, ela anda com dignidade, seus olhos não são assustados, a força em seu olhar e dor também.

Uma onda de compaixão toma conta do meu corpo e eu pego meu celular, pedindo para que meu irmão adiasse a entrado por três minutos, tempo suficiente para salvar um coração. Uma alma machucada.

— Um milhão. — é loucura da tanto por uma pessoa, sem nem ao menos pensar em tocar nela, é loucura eu comprar uma pessoa, os olhos dela se arregalam e tenho mais certeza do que nunca da minha decisão.

Um milhão por uma vida não é nada, mesmo que ela teria sido salva pelo o meu irmão de qualquer forma.

E quando chego perto dela seguro sua mão, no mesmo tempo em que a confusão se instala no recinto. Seus olhos se arregalam em espanto e alívio talvez. E isso é apenas o começo, da sua libertação.

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Postado : 24/04/2020

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