Euzinha

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Oiê!!!! Até que a escrita está fluindo! Espero que estejam gostando!!

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Vamos resumir minha vida!
Sou filha de um português bem exótico e apaixonado
pela série Baywatch, dá pra saber de onde veio o nome!
Joaquim Manoel veio para o Brasil aos 2 anos, cresceu aqui aprendendo os bons dotes culinários e aos 26 montou sua padaria. Eu nasci um ano depois.
Sempre adorei a parte de confeitaria, mas eu era melhor com números. Aos 16 anos assumi praticamente toda a parte burocrática e os números da nossa família, minha mãe descobriu o câncer de mama e não teve como continuar com este trabalho.
Eu herdei o amor aos quitutes do papa, mas a mão explosiva da mama.
Um mês antes dos meus 18, mama faleceu. Deste dia em diante eu fui profissional e filha, mulher só nos sinais de semana. Eu não era bem uma mulher, estava mais para uma moça bem afeiçoada, como dia Seu Quindim.
Aos 20 entrei para a faculdade de Administração, para melhorar os negócios da família e comecei a minha faze de paquera efetivamente.
Como você pode perceber, eu nunca fui de fazer muitas coisas ao mesmo tempo. Então eu me contentava em ser, profissional, estudante e filha.
A arte de me arrumar só existia nas folgas e quando me interessava por algum rapaz.
Para falar a verdade eu não tinha o hábito de me arrumar para mim mesma, eu o fazia para os outros. Minha sorte é que eu sempre fui bonita, então qualquer tapinha já deixava tudo bem.
Conheci o Kaio no final do segundo ano da faculdade, eu já tinha algumas experiências, doce ilusão, eu tinha 22 anos, só um ex namorado e era praticamente virgem, porque aquele sexo meia boca que eu já tinha feito nem pode ser chamado de sexo.
Um ano depois estavamos noivos, ele era o amor da minha vida e o homem mais lindo que já conheci.
O casamento aconteceu em fevereiro do ano seguinte a formatura. Eu era a pessoa mais feliz do mundo, tinha um marido advogado, gostoso e muito bom de cama, uma casa boa, amava trabalhar com o papa. Era tudo perfeito, minha amigas morariam de inveja de mim e eu, na minha imaturidade, achava isso o máximo.
Minha festa de aniversário de 25 anos foi mágica, melhor que a festa do meu casamento, convidamos todos os amigos da faculdade do Kaio para aproveitar e comemorar meu chá de bebê, meu imenso barrigão de 5 meses mais parecia de 8. Foi lindo, vale lembrar que eu não enjoei, não engordei, não inchei, que vida tranquila e fácil a minha. No dia 03 de novembro, nasce a realização dos meus sonhos de infância. Jackeline, sim eu escolhi o nome pela música do Skank, e meus instintos não falharam, a música foi feita pra ela. Minha Jack é muito maravilhosa, com um gênio único, uma escorpionina típica, cheia de mistérios, desde que aprendeu a falar, e ela aprendeu muito rápido e na marra.
Bem pudera, eu engravidei, praticamente na primeira relação depois do resguardo. Uma gravidez complicada, tive todas as tonturas, vômitos, loucuras e tudo que se pode ter.
Neste período eu só fui mãe, parei tudo, fiquei de repouso por um descolamento de placenta, não consegui cuidar direito da pequena Jack, não conseguia dar atenção ao marido, comecei a surtar. Papa sugeriu contratar uma ajudante, o que foi ótimo.
No dia 14 de setembro eu dei a luz a minha virginiana metódica,  determinada, competente e perfeitinha filhota, a Jane.
Não foi fácil esse período, me adaptar a dois bebês, uma andando e subindo por toda a casa, Jack aprendeu a andar no dia que voltei do hospital.
As contas da padaria estavam todas bagunçadas, o Kaio trabalhava feito um louco, eu não tinha interesse em sexo, vivia feito uma mocoronga, mulambenta.
Trabalhei feito louca, tentei cuidar da casa, falhei miseravelmente, eu passava 6 horas na padaria, quando chegava em casa eu brincava com as meninas e a Fátima tinha q arruma casa, mas a Fátima vinha trabalhar a cada dois dias, pois estava intercalando com faxinas no escritório do Kaio.
Nesse mesmo ritmo o ano passou, depois outro e eu esqueci das minhas obrigações de esposa. Isso até o dia que cheguei em casa com uma amiga e ela reparou no lixão que era a minha casa. Eu fiquei pocessa, deixei as crianças com o papa e fui ao escritório às 19 horas, ter uma verdadeira DR com o marido fazedor de horas extras e o encontrei entre as pernas da Fátima.
Pedi o divórcio, descobri a terceira gravidez uma semana depois. Todos a minha volta recomendaram a reconciliação, eu acatei. Afinal eu me sentia culpada por ser relapsa, má esposa, péssima dona de casa, nada sexy e ruim de cama.
Em março nasceu Jamile, nossa bolotinha doce, minha psciniana avoada, que acabou se tornando Jay porque a Jane achava "maiziiii miô", e o J saia quase indiano: Dhiaiiii.
O Kaio melhorou um pouco, as coisas foram indo, foram muitas consultas com psicológicos, tratamento para casais na igreja,  eu fingia perdoar, ele fingia me amar. Na tentativa de acertar tudo, tentamos mais uma vez, queríamos um menino. Dois anos depois ele veio, meu Joshua o reizinho da casa, o lorde e soberano Leão.
Nós dois anos seguintes eu tentei ser mãe, profissional e esposa, ganhei 15 quilos de pura ansiedade, minha pressão chegou a 180x90.
Fui obrigada a ir para a academia, fazer dieta, a casa entrou em reeducação alimentar.
Papai adoeceu, faleceu no mesmo ano. Eu vendi a padaria, guardei 60% o valor na poupança, com esperança de que fizesse diferença na vida das crianças e que algum deles herdasse o dom.
Voltei a faculdade para me refazer, consegui um trabalho como gerente em uma loja de perfume no shopping.
O efeito sanfona no peso e na minha autoestima.
Os anos se passaram, eu achava que era razoavelmente feliz, não tinha mais aquela ilusão de amor, isso morreu junto com a traição. Também não tinha mais o sexo de antes das crianças.
Kaio acreditava que algo deu errado com meu útero depois dos partos. Após anos de desentendimento na cama, eu comecei a acreditar.
Aos 39 anos veio a pré menopausa e o que era meia boca no sexo, se tornou pior, orgasmo eu já não tinha a anos. Fui me convencendo que era mesmo frígida.
Nossa relação tornou-se amizade e a amizade morreu no aniversário de 8 anos do Josh, quando recebi fotos do Kaio com passeando no parque agarradinho com a mãe do melhor amigo do meu filho.
Agora não tinha mais nenhum motivo para continuar casada.

Agora não tinha mais nenhum motivo para continuar casada

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Para sanar a curiosidade! Este é o Kaio...
Bom, era com 30 anos, agora ele tem seus 54!

síndrome do ninho vazioOnde histórias criam vida. Descubra agora