único

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Gargalhadas se perdiam no ar, adicionando pequenas vibrações à atmosfera. O sorriso extenso e adorável de jungwoo provocava tantas emoções diferentes que Doyoung não tinha reação a não ser rir ainda mais.

A grama quente de verão acariciava o corpo dos rapazes ali deitados. Se perguntassem eles diriam que estavam observando a natureza, mas eles haviam ficados enfeitiçados pela companhia um do outro há muito tempo.

— 'Tá bom, mas — Jungwoo fez uma pausa dramática — nem que existam um milhão de universos paralelos, em nenhum deles o Yuta pararia de amar ele, é uma daquelas coisas que quebrariam as leis da física.

Doyoung concordou com um sorriso de canto.

— Certo. Mas, ah, universos paralelos sempre me deixam pensando, nas infinitas possibilidades, sabe? Imagine o que pode estar acontecendo com a gente nesse exato momento em um espaço-tempo diferente.

— Hum... poderíamos fazer aniversário no mesmo dia.

Doyoung acariciou os cabelos de Jungwoo, que estava em seu braço fazia tanto tempo que o mesmo não se incomodava mais com a dormência. A brisa que levava o cheiro de flores ao seu nariz deixava tudo mais fácil de se lidar, juntamente com a presença, é claro.

Ele ri com a resposta.

— Ei, você tem que pensar em algo grande, algo diferente. Imagine um universo em que nunca aconteceu a evolução humana ou em que Hitler morreu na Primeira Guerra Mundial.

Jungwoo se virou para o peito de Dongyoung, fechando o olho e sentindo seu coração: — Eu não sei se quero pensar em algo que não seja nós dois. — Houve um tempo em que essas palavras abalariam Doyoung, o deixariam sem palavras, se perguntando se aquilo era verdade, se ele era mesmo especial ou o Kim estaria brincando com seus sentimentos, repetindo aquilo para todo mundo. Mas esses tempos haviam passado, hoje, tudo o que ele sentia era uma quentura no coração e a vontade de apertar Jungwoo, e não passara vontade.

— Então, imagine isso: eu e você. Livres da agitação da cidade, aproveitando a vida calma no campo onde tudo o que a gente faz é ordenhar nossas vaquinhas e sentar de mãos dadas em nossas cadeiras de balanço. E, claro, eu faço um ou dois bolos 'pra você durante a semana. — Jungwoo o encarou. — 'Tá bom, 'tá bom, quatro ou cinco — sorriu com o olhar de aprovação recebido.

— Mas as vacas tem um leite especial capaz de nos dar super poderes.

— Exatamente! Eu posso me teletransportar, indo pra qualquer lugar do mundo buscar o que a gente precisar.

— E eu — Jungwoo se levantou, encontrou os olhos de seu amor e os encarou profundamente —  pausaria o tempo 'pra admirar o seu rosto pelo resto da minha vida.

Nesse momento Doyoung morreu por dentro pois sabia que o mais novo não estava blefando, dizia do coração, era intenso e apaixonado tanto quanto ele, não escondia e não tinha medo de seus sentimentos.

Era verdade, o amor dos dois ultrapassava todas as barreiras de espaço-tempo, não importava as condições: uma realidade em que a terra era triangular? Eles se encontravam em seu topo, admirando toda aquela vista do universo juntinhos. A pele dos seres humanos continha cores fantasias? Doyoung era rosa e Jungwoo azul, eles formavam um vigoroso roxo quando de mãos dadas. A Coréia permitira casamentos entre pessoas do mesmo gênero? E la se encontraram eles no altar, Dongyoung sempre achou Jungwoo adorável de terno.

Era sempre tudo perfeito, desde realidades em branco e preto até as cores mais extraordinárias. Não era preciso quebrar a cabeça pensando muito, para ver que eles são perfeitos um para o outro.

— Então, talvez, — Dongyoung se levantou e deu um selinho amoroso no Jung — você envelhecesse e as pessoas parassem de dizer que eu sou seu sugar daddy.

—  Isso é uma das coisas que se mudadas, quebram as leis da física, hyung.

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