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Capítulo 45

Pedro

Ciúmes é um sentimento do caralho! Você tenta controlar, mas é impossível, ele acaba tomando conta de tudo e quando você vê o controle já escorreu pelas suas mãos. Desde que eu coloquei os meus olhos nesse Luan, hoje pela manhã, eu tenho tentado controlar o incômodo que se alastrou dentro de mim, mas é difícil para caralho e é ainda pior porque o climão que tomou conta do lugar hoje cedo, me faz questionar se existe muitos assuntos inacabados entre ele e a minha morena.

Ele foi alguém importante na vida dela, isso é indiscutível, mas e agora, no presente, ele ainda tem algum valor sentimental pra ela? Ela ainda sente alguma coisa por ele? Esse clima tenso é por que os dois ainda sentem alguma coisa um pelo outro? Minha cabeça está a mil, e pela primeira vez eu me sinto inseguro, eu que sempre fui um poço de segurança estou morrendo de medo de perder a minha mulher.

Sobre o outro ex ela falou com mais facilidade, mais mágoa, era muito visível o quanto ela não queria mais vê-lo, mas sobre o Luan é o oposto, ela quase nunca fala dele e das vezes que eu escutei algo sempre foi em um tom contido, mas ainda assim carinhoso e isso está me matando, não saber o que aconteceu entre eles e até onde ele ainda pode estar enraizado nela, na vida dela.

Entretanto eu confio o dobro na minha morena, eu sei que ela jamais brincaria com o que eu sinto, eu confio demais na nossa relação e em tudo que nós construímos até aqui, apesar do curto tempo nós fizemos tudo como deveria, cada passo no momento certo e na hora certa dos dois, e essa confiança em nós dois que me manteve neutro até aqui e confiante de que eu sou quem ela quer no presente e no futuro.

— Não fica pilhado. — o Vitor diz, parado do meu lado enquanto nós esperamos uma boa onda. — Se te conforta saber, foi da Eliza a decisão de terminar, nunca entendi o porquê, mas ela que decidiu terminar, o climão é porque essa é a primeira vez que todos nós nos encontramos em anos, acho que é normal, na verdade eu achei que fosse ser até pior...

— Eu sei, é só que é foda, eu fico um pouco... — deixo no ar e ele me encara. 

— Inseguro? — pergunta e eu concordo. — Você gosta mesmo da minha irmã, né? Nunca te vi inseguro com nada.

— Você tinha ainda tinha alguma duvida dos meus sentimentos por ela? Porra! Eu pedi ela em namoro. — ele ri.

— Eu sei, mas fica tranquilo, ela tá completamente na tua. — diz dando um tapa no meu ombro e nadando em direção a onda que se forma. 

Suspiro deixando esses pensamentos de lado e pegando a próxima onda, eu não sou nenhum profissional, mas ainda assim consigo me manter em cima da prancha por um bom tempo além de me arriscar com algumas manobras.

Nós ainda ficamos ali por um tempinho antes do Caio começar a agitar a gente pra sair atraz de comida e acabou que todo mundo aceitou e nós saímos do mar indo em direção às meninas, mas antes que nós possamos chegar até elas, a Eliza aparece na nossa direção, contente e saltitante, parecendo uma miragem de tão linda.

O biquíni pequeno, cubrindo muito pouco das curvas espetaculares, o sorriso vibrante que me faz perder a noção de tudo em volta, e os olhos, ah os olhos! Os olhos mais lindos do mundo, o verde, mesclado ao azul, garantindo um tonalidade única e especial como ela. Tudo nessa mulher me desconcerta, e a minha única reação é recebe-lá nos meus braços quando ela se joga em cima de mim. 

Agarro a cintura fininha com as duas mãos, apertando e grudando o corpo gostoso da morena junto ao meu, cada partezinha colada em mim, me arrancando um suspiro ao sentir o contato tão intímo e o cheiro tão gostoso que só ela tem. 

PERDIÇÃOWhere stories live. Discover now