A Princesa e o Rei Pirata

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Era uma vez, em um reino distante, havia uma princesa de madeixas douradas, a mais jovem de três princesas, chamada Elora. Ela olhava do alto de seu palácio para seu reino, onde havia dança, música e alegria. Mas o palácio, apesar das joias e tesouros, era um lugar quieto e triste.

Seus pais, o rei e a rainha do reino do Sul, a proibiam de ir passear pelo reino. Então, só lhe restava observar. E sonhar com o dia em que finalmente poderia ir até o vilarejo.

Tudo mudou quando um grupo inusitado desceu no porto, saídos de um barco digno de sonhos e ilusões. Oito jovens bonitos e talentosos; que criaram tamanha comoção no povoado que foram trazidos à presença do rei.

Um banquete foi preparado, e a princesa Elora foi colocada em seu vestido mais elegante. Entretanto, nem a perspectiva de um banquete alegrava seu coração.

Quando apareceu no local da festa, foi surpreendida pela beleza estonteante dos oito convidados de honra. Cada um deles lhe fez uma mesura, mas um deles em específico despertou borboletas em seu estômago.

Logo o banquete se iniciou, e durante alguns minutos houve um silêncio de vozes, um silêncio causado pela fome, pois cada prato era mais elaborado e saboroso que o outro.

Finalmente, o rei levantou sua taça dourada, e erguendo-se, iniciou um discurso de boas vindas.

Elora já o escutara proferir aquelas mesmas palavras tantas vezes que logo se distraiu. Passeando os olhos pela mesa, se sentiu presa a um par de olhos castanhos que a observavam do outro lado do salão.

Era o mesmo jovem que ela se interessara quando adentrara o salão. Estava tão absorta em seu olhar que se sobressaltou quando os oito jovens se levantaram, e foram para o meio do salão demonstrar seus talentos.

Cantaram como anjos, dançaram como se fora o dia mais feliz de suas vidas e trouxeram, pela primeira vez em anos, música e alegria ao palácio.

Quando terminaram, Elora esqueceu-se de qualquer etiqueta ao aplaudir, de pé, ao espetáculo que sonhara durante toda a sua vida.

Logo após a apresentação dos convidados de honra, a valsa se iniciou, e Elora observou os pais serem os primeiros a estrear a dança.

Seu coração pulou uma batida quando sentiu uma mão em seu ombro, tão leve que pensou ter imaginado.

- Aceita dançar, princesa?
- Me chame de Elora.
- Me chame de Yeosang. - E então, inclinando-se para que apenas ela pudesse ouvir - O rei pirata.

Antes que pudesse expressar sua surpresa, já estavam rodopiando pelo salão. Aquilo tudo parecia um sonho, um sonho ao qual ela não gostaria de acordar.

Foi então que a maior surpresa da noite aconteceu. O jovem que arrebatara seu coração pediu sua mão em casamento, e para seu contentamento, o rei a concedeu.

E a partir daquele dia, Elora nunca mais se sentiu triste ou solitária, a bordo do barco do rei pirata, onde sempre havia música, dança e alegria.

E o palácio ao que deixara, nele também não havia mais tristeza, pois aos menestréis e bardos mais famosos do povo lhes fora permitido tocar no palácio, por todos os dias no banquete real, sempre que o rei e a rainha desejassem.

A Princesa e o Rei PirataWhere stories live. Discover now