Capítulo 35

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Capítulo 35

Zack

No meio do caminho para o bar, meu celular toca e vejo que é uma ligação da Ana, mas quando atendo ela não fala nada, eu só consigo escutar o barulho de tiros sendo disparados. O meu coração parece que vai explodir enquanto os tiros são disparados, até que escuto a voz de um homem, e pouco depois ela se entrega.

— Eles estão no bar. — Arthur diz acelerando.

Continuamos ouvindo a conversa do outro lado da linha, Ana se entregou para salvar um menino, ela está arriscando a vida dela para salvar alguém, e foda-se se eu ligo para a pessoa que ela está salvando. Eu quero a minha mulher segura, quero chegar em casa e ter ela em meus braços.

— Não estou gostando de como as coisas estão indo. — Digo parando em frente ao bar, está tudo quieto, mesmo tendo carros e motos na rua. Vejo que tem um homem-morto no canto em uma poça de sangue.

Arthur e eu entramos correndo no bar, para me deparar com a Ana, em pé enquanto um homem está rolando de joelhos. Uma mulher e um menino estão de joelhos no chão, ao lado da minha mulher que está empunhando uma arma. Quando entramos, ela se vira e sorri para mim. Ela começa a caminhar na minha direção, quando o garoto chama seu nome, e mesmo querendo correr para mim, ela se vira com um sorriso e abraça o menino.

Não sei o que acontece, em um minuto ela está bem, e no minuto seguinte o garoto diz algo para ela, leio seus lábios quando ele diz:

As coisas não vão ficar bem para você. — E então ele atira nela.

O garoto e a mãe dele estão rindo como fodidos psicopatas, e é quando vejo que o menino é na verdade, filho do homem em quem a Ana atirou. Eu fui uma criança que foi ensinada a matar desde cedo, mas nunca, em toda minha vida, vi um sorriso como o que o menino tinha enquanto via a Ana cair no chão.

Ele sentiu prazer em matar, e a mãe dele gostou de ver aquilo.

— ANA... — Grito, correndo na direção dela, e ignorando o menino ainda armado.

Depois que a Ana caiu no chão, o menino aponta a arma na direção da minha irmã, e antes que eu possa fazer qualquer coisa, um tiro é disparado, mas dessa vez não é da arma do menino, e sim de uma mulher que está pouco vestida atrás do bar. A mãe do menino é a próxima, ela leva um tiro na cabeça e cai.

— Não! — O homem no chão grita ao ver a mulher e o filho atingidos, caídos no meio do bar.

Eu não me importo, caio no chão ao lado da Ana e a puxo para os meus braços, segurando ela contra o meu peito e vendo o sangue por toda sua camisa. Nesse momento, estou rezando para todos os Deuses do mundo, para que não tirem ela de mim.

— Peguem todos os filhos da puta que ainda estão vivos e levem para baixo, cuidem que deve ter mais desses. — Arthur manda, enquanto ele vai verificar Anuvia.

— Ana, amor, por favor. — peço. — Eu não consigo imaginar a minha vida sem você, você é tudo para mim, tudo o que sou hoje, o homem que tornei é por você, para merecer seu amor e merecer estar ao seu lado. Me desculpa por você estar aqui, preciso que lute por nós. — Choro, então eu olho para baixo e vejo ela com os olhos abertos.

Sangue, sangue, e... é o fim! — diz e ri, se mexendo nos meus braços para se sentar.

— Porra, Ana! Você quase matou do coração. — Digo, sem saber se fico com raiva com sua brincadeira ou dou um beijo nela por ela estar bem.

— Você que eu perderia a chance de brincar com você? Eu esperava uma declaração de amor mais apaixonada, e com mais lágrimas. — Fala, então faz uma careta e só agora percebo que o tiro foi no ombro.

Merecendo Seu Amor Descendentes do Crime Livro 3Onde histórias criam vida. Descubra agora