Capítulo 6

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Boa leitura <3

CAPÍTULO 6

Sebastian parou seus dedos à poucos centímetro do sexo de Charlotte. As coxas femininas ao redor de sua mão, emanando calor.

Ele demorou quase um minuto inteiro para entender o que ela havia dito. Sentia um desejo intenso, de um modo que não se lembrava de já ter sentido antes. A névoa da luxúria demorou a dar espaço para que ele racionalizasse as palavras da esposa e mesmo depois que o fez, ainda ficou em silêncio por longos momentos, pensando sobre o que fazer em seguida. Sua vontade era continuar de onde havia parado, sem se importar com qualquer implicação que aquilo poderia causar. No entanto, ele precisava se certificar de algumas coisas. O dever exigia isso.

Se afastou dela com algum esforço e inalou o ar uma e outra vez, tentando normalizar a respiração, até que finalmente sentiu-se quase no controle total de seu corpo. Ele voltou o olhar para Charlotte. Ela estava corada, um pouco ofegante, os lábios inchados e vermelhos e a barra da camisola que ele havia levantado, deixava suas coxas torneadas expostas até muito acima do joelho.

Ele se afastou mais, até sentar-se de costas para ela, com as pernas para fora da cama, de frente para a lareira.

– Faz quanto tempo?

Charlotte estava, para ser franca consigo mesma, apavorada. Ele havia estado paralisado desde o momento em que ela admitiu não ser mais virgem, e parecia estar muito zangado, suas narinas dilatavam e seus olhos estavam escuros. E quando ele olhou-a novamente ela notou que o escuro do seu olhar se intensificou e ele deu as costas para ela de imediato, parecendo fazer um grande esforço, ela só esperava que não fosse para avançar para ela. Ela não aguentaria ter um marido que a punisse fisicamente tal como seu pai havia feito. Simplesmente não suportaria.

Ela fitava as costas largas e notou que a respiração dele estava mais acelerada que o normal. Era ira que ele tentava controlar?

Engoliu o medo e respondeu:

– Menos de uma semana.

Ele apertou a mandíbula, salientando os músculos da região.

– Seu parceiro usou proteção?

– Creio que... creio que não – respondeu ela, incerta.

Ele suspirou audivelmente.

– Ele forçou você?

– N-não – gaguejou ao lembrar-se do que houve. Ela não fora forçada, é claro, mas tampouco tinha apreciado o ato. Como alguém poderia?

– Para quando espera suas regras?

Charlotte se remexeu na cama, incomodada com a intimidade da pergunta.

– Daqui a duas semanas, mais ou menos.

– Não posso arriscar. Nós vamos esperar até lá para ter certeza.

–E se... se eu estiver grávida?

Ele se levantou e pegou o roupão do chão, vestindo-o sem se preocupar em fechá-lo, o tórax musculoso e as cicatrizes ainda amostra.

– Nós anularemos o casamento e eu posso caçar pessoalmente o pai da criança e fazê-lo se casar com você, se assim quiser.

– Eu não quero! – ela exclamou de imediato, sentando-se mais ereta na cama.

Ele lhe lançou um olhar indagador.

– Tem certeza que esse homem não a forçou a nada?

Ela assentiu regiamente.

– Eu só não quero mais nada com ele.

Casamento com o Duque (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora