Completo Até 20/04 AARON (Trilogia Senhor Dos Meus Desejos)

Capítulo 01

CAPÍTULO 01

Boa leitura!

VALENTINA

Mas uma noite sozinha.
Sebastian está a cada dia, ficando mais tempo na empresa, a vida dele se resume entre a casa e a empresa, e não tem tempo para mim.
Não quero parecer uma esposa chata, que só sabe reclamar, mas poxa, eu queria meu marido um pouco, será que é pedir demais? Até seguir Sebastian eu segui, achando que ele estava me traindo.

Passei dois meses atrás dele, a rotina se resumia da nossa casa para a empresa, da empresa para nossa casa, e olha a que ponto eu cheguei. Por mais que me doesse, eu tinha que saber a verdade. Mas hoje chegou ao meu limite. Quando me casei com Sebastian, não esperava viver esta vida, se é que posso chamar isto de vida.

Há um ano que isso vem acontecendo, a única coisa em que ele pensa é nessa maldita empresa. Nossa vida sexual é um grande fiasco, sempre uma rapidinha quando ele chega mais cedo, coisa que não acontece há um mês e com certeza não acontecerá hoje.

Depois do jantar tomei um banho e fui para cama, estava deitada de costas para a porta, quando ouvi o barulho do carro estacionando na garagem. Passou um tempinho até eu ouvir a porta do quarto se abrindo, podia sentir seu cheiro amadeirado, pois Sebastian estava com seu perfume inconfundível.

Não me viro, não quero que ele veja que eu estava chorando. Mas ele me cumprimenta como de costume, com um simples resmungo, então resolvo me manifestar.

— Onde estava? 

Pergunto me virando para ele, que estava começando a se despir.

— Novamente esta pergunta, Valentina? Eu estava trabalhando, onde mais eu poderia está? 

Ele me responde de forma invasiva e não para seus movimentos de remover sua roupa, me ignorando.

— Você não pode chegar mais cedo? É só você quem trabalha naquela maldita empresa? Pelo amor de Deus Sebastian, você é o dono! Poderia passar mais tempo com a sua esposa que na maior parte do tempo está sozinha.

Sei que estou sendo repetitiva, faço as mesmas perguntas quase todas as noites, mas ainda tenho a esperança de que ele irá me responder de forma diferente uma vez.

— O tempo que gasto naquela empresa que você está chamado de maldito é o necessário para sustentar esta casa e os seus gastos.

Com isso encerra a discussão de forma aborrecida e em seguida entra no banheiro ainda de calça.
Encaro a porta do banheiro apenas alguns segundos antes de deitar novamente no meu lado da cama, fechar os olhos e tentar me controlar. Eu não queria mais chorar, estava cansada de lamentar. Passado um tempo, escuto a água no banheiro sendo ligada.

Depois de uns vinte minutos, sinto o outro lado da cama afundar. Já sei que é ele e espero um pouco até escutar sua respiração se acalmar para poder sair. Eu o amo demais e dói ver a indiferença com a qual ele me trata.
Quando chego à cozinha, faço um chá de camomila, sento na bancada e espero a chaleira apitar e termino deixando meus pensamentos voarem para um tempo em que eu era feliz, um tempo em que eu era a luz do seu dia.

Entro na cafeteria e de cara encontro Luiza, e como sempre com um sorriso nos lábios, Eu e Luiza criamos uma amizade linda porque todos os dias tomo meu café aqui, fica perto do meu trabalho. Ela se aproxima de mim, com cara de quem aprontou ou vai aprontar alguma.

— Valentina, você viu o Deus grego que está sentado na mesa do fundo? Eu estou de olho nele deste que entrou.

Eu olho para o cara no fundo, e percebo que até que atraente, mas tem cara de arrogante que não me agrada em nada. Volto a olhar para Luiza, que está babando no cara.

— Não achei nada de mais, Luiza! É só um cara mentido a besta e eu não perderia um minuto do meu tempo babado nele.

Ela me olha como se eu tivesse duas cabeças.

— Valentina, mulher, você tá doida? Aquilo ali é um parque de diversão e você fala que não achou nada de mais? Você está precisando ter uma noite de muita vodca e homens sarados, isso sim.

Agora sou eu quem olha para ela achando que é louca. Mas para não dar corda para Luiza, senão ela não para com estas bobagens, então digo.

— Luiza, me traz aquela torta de chocolate e cinco pãezinhos de queijo. Hoje o dia será corrido e não sei que hora vou parar para ter um almoço decente, então, quero um café bem reforçado.

— Valentina, eu sei o que a senhorita está querendo, você só quer fugir de uma noite de meninas.

Faço a minha melhor cara de inocente.

— Luiza, não sei do que você está falando, eu só quero o meu café para ir para o meu trabalho chato. Pode ser?

Com a maior cara de brava, ela sai. Uma coisa que sei é que a Luiza odeia quando eu desconverso e faço cara de inocente.

Desperto dos meus pensamentos com o apito da chaleira. Termino de beber o meu chá e vou me deitar. Amanhã tenho que ir à casa da Luiza, ela me ligou e falou que tem um assunto sério para falar comigo. Deve ser algo a ver com a floricultura.

Depois que terminei a faculdade de Administração, eu e Luiza abrimos uma floricultura, mas logo sai por conta do Sebastian, que não gostava de me ver trabalhando. Então, a Luiza toma conta de tudo, ela já casou e tem um filho, o meu afilhado Daniel, com Gael, amigo de Sebastian.

Logo que termino o meu chá volto para a cama onde encontro Sebastian do mesmo jeito que tinha deixando. Em um sono profundo, suspiro e me deito no seu lado.

É isso lindas até logo, beijinhos da Edilene! Só Lembrando que quando ter comentários me deixa feliz e eu feliz posto mais capítulo rs