Part 30

446 39 6
                                    


Sabina estava na cozinha, esperando (im)pacientemente Sina procurar qualquer coisa na despensa. 

–Sina, pelo tempo que você está aí é possível que já tenham varrido toda a areia da praia.

Sina saiu da despensa, parando exasperada na soleira da porta.

–Sofya se esqueceu! 

–Do quê? – Perguntou Sabina, surpresa.

–Como vamos construir um castelo de areia sem baldinhos e pazinhas? 

Sabina se controlou para não rir perante a expressão séria de Sina.

–Sina, nós não temos cinco anos de idade. É claro que dá para construir um castelo sem isso. 

–Não, não dá. Sabina, não vai ficar reto e perfeitamente geométrico. 

–E quem se importa? – Perguntou Sabina, fazendo um gesto para saírem da cozinha. 

–Eu! – Exclamou Sina, deixando as sandálias para trás e afundando os pés na areia morna. 

–Nem tudo pode ser planejado – observou Sabina. Sina deu de ombros. 

–Mas eu posso tentar.

Sabina não conseguiu raciocinar uma resposta tendo a visão ofuscada pelos cabelos de Sina no sol quente da manhã.

–E onde se constrói um castelo de areia? – Perguntou Sina, parando indecisa a alguns passos do mar. 

–Mais ou menos ali – apontou Sabina. – Onde a areia não está nem encharcada nem seca demais. 

–Humm. Certo, então – e Sina foi até o lugar, se sentando na areia. 

Sabina se sentou à frente de Sina e a olhou de forma engraçada.

–E por onde começamos?

–Humm... – murmurou Sina, olhando a areia à sua frente como se ela fosse um quebra-cabeça de 3500 peças.

–Você fica perdida sem os baldinhos? – Provocou Sabina. 

–Fique quieta – ordenou Sina. – Está atrapalhando minha concentração. 

Sabina riu.

–Não perca seu tempo pensando. É só fazer um retângulo forte como base e construir as torres.

–Sem medir a altura, largura e volume? 

Sina parecia realmente assustada, o que fez Sabina sorrir.

–É, sem medir nada.

–Mas Sabina, pode ficar instável e cair. 

–Sina, isso é um castelo de areia, não um grande projeto. Se ele cair, é fácil construir outro. 

Sina franziu o cenho, parecendo pensativa.

–Você sabe fazer isso, então, sem um planejamento que garante a execução perfeita? 

–Claro que sei.

–Não deixe que o seu ego interfira – alertou Sina.

–Não deixarei. Ando ocupada demais tendo que me esquivar do seu, Senhorita Perfeição. 

Sina rolou os olhos. 

–Muito bem, então. Por onde começamos? 

–Primeiro, vamos trazer a água para cá. E isso é bem fácil.

The Experiment || SibinaOnde histórias criam vida. Descubra agora