Forever • 𝐉𝐨𝐧𝐚𝐡 𝐌𝐚𝐫𝐚𝐢𝐬

Capítulo Seis

A viagem perdurara por horas e mais horas. Lilith acabou adormecendo no carro. Sua cabeça estava grudada no ombro de Jonah e ele sorriu ao fitar o rosto sereno dela.

Deslizou a mão pelo rosto macio e delicado de Lilith, e beijou sua testa. Sentiu seu peito arder ao imaginar o momento de a deixar. Seria doloroso demais até mesmo para pensar.

Ajeitou-se no banco do carro e com cuidado, acordou-a. Se hospedaram em um hotel meia-boca, que apesar da aparência não ser muito favorável, era o único que Jonah poderia pagar, já que tinha pouco dinheiro no bolso.

Andaram pelo local, observando cada detalhe. Até que era limpinho para um hotel tão antigo e de poucos recursos. Pelo menos serveria para abrigá-los áquela noite.

Assim que entraram no quarto, Lilith encarou seu namorado. Pensou em como tudo aquilo era louco e inusitado demais para ser real. Estar em Hollywood a àquela altura. Quem conseguiria imaginar?

Ainda se questionava o motivo de Jonah querer ir para Hollywood. Tinha receio de lhe perguntar, apesar de estar extremamente curiosa. Jonah sentou na beira da pequena cama e deu algumas batidinhas, lhe indicando para se sentar do seu lado. Lilith se sentou e pegou sua mão.

- Sei que deve estar se perguntando o motivo de nós estarmos aqui. - Lilith assentiu. Enfim, ela saberia sem necessariamente precisar lhe perguntar. - Eu simplesmente estou cansado, Lilith. Eu cansei de ficar em casa, esperando a minha morte e ver meus pais sentirem pena de mim. Eu quero poder aproveitar enquanto ainda posso.

Lilith sentiu seu coração doer ao ouvi-lo falar daquela forma. Sentiu que iria desabar em sua frente como costumava acontecer nos últimos dias.

- Você me entende?

- Sim. Eu entendo e saiba que vou estar aqui do seu lado, até você enjoar de mim. - Jonah acariciou o rosto de Lilith e lhe lançou um sorriso tristonho.

- Eu nunca vou enjoar de você. Eu te amo, Lilith. Te amo muito.

Lilith o beijou, apreensivamente. Sentiu seu coração disparar e suas mãos suarem, algo que sempre acontecia ao esperar perto dele. Uma das mãos de Jonah segurou seu rosto com firmeza, enquanto a outra deslizou por suas costas até chegar em sua bunda, a qual apertou sem pudor.

Jonah afastou os cabelos de Lilith, lhe dando total visão do pescoço lisinho dela. Distribuiu beijos molhados por seu ponto de pulso, enquanto a ouvia arfar, instantaneamente.

- Jonah... acho que não é uma boa ideia. O médico disse...

- Acho que a essa altura, o que o médico diz não faz tanta diferença. - Jonah fitou os olhos escuros e inebriantes de Lilith. - Sei que esse não é o lugar mais lindo e romântico do mundo - Lilith riu minimamente -, mas isso não me importa porque te tenho aqui, do meu lado.

Seus olhares se encontraram, cheios de saudade, luxúria, desejo. Lilith se sentiu despida ao ter aquele olhar tão quente sobre si. Tomou seus lábios em um beijo ardente e naquela noite, se amaram sem pressa, mas com desespero de duas almas queimando em meio às labaredas de um inferno propício.