8.A Mascára Vermelha - Bruno

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   O revólver estava encostado na bochecha de Bruno, dando a sensação de um beijo de aço.
    -Não irei pedir novamente.Solte eles e deixaremos vocês viver. - disse o capitão da polícia.
    -Nós não temos poder para decidir.Iremos esperar Ryan chegar - disse o homem que tinha Lílian como refém.
    O capitão riu.
    -Iremos esperar ele chegar com 50 homens e nos aniquilar? Seria mais fácil passar pela cabine e matar vocês, e levar esses reféns com a gente e depois resgatar os outros com as informações que esses reféns passarão para a gente.
   Bruno discordava do capitão.A chance de acertar um refém em um tiroteio era muito grande.
   Um homen de negro apontou a arma para o policial que estava do outro lado da pequena janela da secretaria.
    -Vamos, atire.
   Houve um barulho na porta da secretaria.
    -Meus caros senhores - disse uma voz que vinha da porta.Ryan havia chegado. - Que honra receber pessoas tão exemplares, que arriscam a vida para salvar outras pessoas.Mas mesmo assim atiraram em um de nós, não se importando em acertar um refém ou que a gente atirasse em um deles.Sempre imaginei que polícias fossem feito de suborno, mas estou errado,são feito de suborno e desejo de sangue.
O capitão não caiu na provocação.
-O homem da máscara vermelha, o assassino da escola, sequestrador de crianças.São títulos incríveis, não acha?Mas vim aqui para negociar.Me de os que já foram pagos, não execute nenhum dos alunos e espere os pais arranjarem dinheiro.
-E o que acontecerá se eu não fizer o que está pedindo?
-Iremos te caçar, você não irá sair dessa escola vivo.
-Mas é claro que Iremos sair - disse Ryan - temos vários reféns, sair será muito fácil.
-Nós não deixaremos que nenhuma criança morra.
-Mas crianças morrem todos os dias, e o que polícias como o senhor fazem?Para vocês é apenas mais um morto.
O policial parecia preste a explodir.
-Eu irei voltar para as viaturas, irei reunir homens e invadir está escola.E claro, enfiar essa faca vermelha bem no seu coração.Se é que você tem um.
O homem se virou e foi em direção às viaturas.
-Vocês o ouviram... - disse Ryan, mas foi interrompido quando o capitão levantou a mão e fez um sinal rápido.
Vários homens da polícia saíram correndo em direção à escola, vindo do oeste e leste da escola, e também vinham polícias das viaturas.
-Maldição! - gritou Ryan. - Ele quer matar todos os reféns?Vamos, rápido, recuem para fora.
Bruno foi empurrado para fora da secretaria.Quando passou pela porta, viu em cerca de 30 homens de negro um atrás do outro com revólveres nas mãos.Ryan tinha a espingarda também nas mãos.
-Queridos amigos, parece que a polícia irá invadir.Usaremos todos os reféns como escudo e sairemos dessa situação ricos.
Bruno foi obrigado a se ajoelhar e logo em seguida os homens fecharam a porta da cabine, que era o único modo fácil de entrar com exceção do portão.
-Fazer isso irá deixar muito mais fácil em lidar com eles aqui.Se algo atravessar a porta, mate. - disse Ryan.
Houve um barulho de disparo e a janela da secretaria quebrou.Os tiros haviam começado.Ryan havia desaparecido.
Houve barulho na porta.Um dos homens de negro atirou entre a porta e os barulhos pararam.Bruno escutou um grito de "Cuidado com os reféns, mirem com cuidado".Houve barulhos altos de tiro.Os homens de negro conseguiram escadas, colocaram as escadas encostadas no alto muro e atiravam, com cuidado para não ser acertado pelos tiros.
Os homens de negro podiam estar em minoria, mas tinham reféns e a escola como escudos.Ryan retornou com duas granadas na mão.
-Não queria usar isso agora, mas parece ser o jeito para me livrar desses polícias.
Ele arremessou as duas granadas pelo muro e em seguida houve uma grande explosão e gritos de homens feridos.
O tiroteio continuou.Parecia que os homens de negro iriam ganhar, ou pelo menos afastar os polícias daquele lugar.E foi isso que aconteceu.Uma bandeira branca foi erguida e Ryan começou a rir.
Em seguida o capitão retornou.
-Iremos retornar, mascarado.
-E irá perder mais polícias, capitão.
Bruno e outros reféns ficaram ajoelhados um ao lado do outro.Os homens de negro estavam atrás deles, usando os jovens como escudo.O capitão se afastou, cabisbaixo.
Ryan saiu da cabine e a fechou.
-Quero que vigiem essa entrada, e que coloquem coisas pesadas para tranca-lá.
Ele olhou para os reféns.
-Vocês estão salvos.Irão ficar aqui como escudo.Irei retornar para o saguão e ver o quanto de dinheiro recebi.
Houve um barulho de disparo e de metal.Ryan tombou para trás.Os homens de negro se viraram e se depararam com um menino magricela, com um grande nariz e um olhar determinado.Os homens de negro ficaram paralisados de susto em ver seu líder tomar um tiro na cabeça.Julia e Gustavo, que estavam perto bem antes de Gabriel atirar, aproveitaram a brecha e mataram alguns homens.Gabriel continuou a atirara nos que sacavam as armas.Quando os sobreviventes se renderam e se ajoelharam, Gustavo se aproximou e cortou as cordas negras do pulso de Bruno e apertou a mão do amigo.
-Parece que a gente te salvou.
-Nem estou acreditando - disse Bruno.
Gustavo estava sorrindo, mas sua expressão de felicidade se tornou uma expressão de dor quando olhou para o peito e viu a ponta de uma lâmina vermelha.Ele caiu e Bruno olhou para o amigo, sem reação, esperando que tudo aquilo fosse uma pegadinha. "O Gustavo não, por favor".
Mas não era pegadinha.Havia sangue saindo do nariz e da boca de Gustavo.Ryan estava em pé, havia um amasso na ponta do capacete de metal que Ryan usava.A bala não havia acertado o alvo.Gabriel estava sem reação igual Bruno.
-Uma pena. -Ryan se virou para Bruno -Agora me diz garoto, você será o próximo?

**deixe seu favorito se gostou do capitulo e continue a história dos personagens :) **

Sequestro Na Escola [Concluído]Where stories live. Discover now