Capítulo Três

1.4K 109 3
                                    

- E como você se sente em relação ao Samuel estar te ignorando por quase uma semana? - pergunta a Ana, minha terapeuta

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

- E como você se sente em relação ao Samuel estar te ignorando por quase uma semana? - pergunta a Ana, minha terapeuta. Hoje é quarta-feira, e desde sábado Samuel anda me ignorando de certa forma.

Quer dizer, ele fala comigo mas somente sobre coisas de trabalho, fora isso mais nada.

- Ignorada! - respondo revoltada. - Pra falar a verdade eu achei que ele estava blefando ou algo assim, não achei que ele fosse mesmo levar isso a sério. Mas caramba já fazem quatros dias! Como ele pôde? Logo ele que é o tipo de cara que é carinhoso e gosta de ficar grudadinho, por causa disso mal consigo dormir direito. Fico pensando em ligar e no final não ligo pra ele, então deixo pra fazer no outro dia e no final acabo não fazendo.

- E por quê você não faz? Vocês trabalham juntos e ter uma boa comunicacão é importante. - ela me olha esperando uma resposta.

- Por quê embora eu não saiba exatamente o porquê de tê-lo chateado eu sei que o chateei, eu sei que o machuquei. Na verdade lá no fundo eu sei exatamente o porquê, só não quero admitir pra mim mesma que esse é o x da questão. Deu pra entender?

- Eu entendi, mas você precisa me dizer com exatidão. - ela insiste, me remexo no sofá cinza da sala e suspiro.

- Ele quer ser o pai, mas meu cérebro está inventando mil e um motivos para não deixar ele fazer isso. Na minha cabeça a nossa idade é um obstáculo, a universidade dele também, assim como o fato dele não ser o pai biológico do meu bebê me deixe assustada. Sabe o que eu fico pensando todos os segundos do meu dia? E se o meu bebê nascer com os olhos do meu ex? E se ele ou ela se parecer com ele? E se alguém olhar para mim, meu bebê, e o Samuel e dizer que o bebê não se parece com o pai? Que no caso seria o Samuel.

- Já ouviu aquele ditado que pai é aquele que cria? - ela questiona, tudo o que ela faz é questionar mas são bons questionamentos por que assim eu falo tudo.

- Sim, já ouvi.

- E o que pensa sobre isso?

- Não tem nada para pensar, eu acho incrível o fato de alguém assumir o bebê que não é dele, isso só demonstra o quando o homem ama e se importa com a mãe.

Só percebi o que disse dois segundos depois e foi como um tapa na minha própria cara. É exatamente assim que o Samuel se sente, ele me ama e quer ficar comigo e com o meu bebê.

- Ele me ama... - murmuro quando a ficha realmente cai. - Ele que ficar comigo por quê se importa.

- E você? - ela me questiona de novo. - O que você quer fazer? Parou pra pensar nisso?

- Eu quero ficar com ele, mesmo que eu não me apaixone ou o ame perdidamente mas eu quero tê-lo ao meu lado. E eu sei o quanto isso é egoísta da minha parte, mas é assim que eu me sinto. Eu quero ir a encontros com ele, dormir de conchinha, cozinhar e dançar no meio da cozinha, sabe? Ser bem meloso e ter apelidos bregas. Quero me permitir me apaixonar por ele.

Amor InesperadoOnde histórias criam vida. Descubra agora