03 - Pur Plaisir.

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Me perdoem por qualquer erro, Boa leitura!

Até que ponto alguém pode chegar por amor?

Park Jitae seria capaz de contratar assassinos bem treinados por amor.

Quantas vidas alguém tiraria por amor à uma única vida?

Park Jitae não se importou com isso quando nos contratou para fazer o trabalho sujo.

Havia um ponto no qual eu ainda não havia parado pra pensar durante esse tempo, mas que inconscientemente esteve lá. Acredito que a maioria das pessoas, no meu lugar, teriam levado isso em consideração logo de início. Mas a frieza, ou a persistência de tentar ser frio, me fez jogar para escanteio alguns questionamentos óbvios que devia-se ter.

Park Jimin.

O garoto de dezessete anos que teve a má sorte de ser filho de um irresponsável CEO. Mas também, um mauricinho aparentemente rebelde e inconsequente. Contudo, ainda assim, um adolescente. Um garoto imaturo e portanto ingênuo para alguns fundamentos e critérios, sobretudo, que estava começando a vida, e literalmente da noite pro dia, foi tirado do conforto de sua vida privilegiada para servir de prêmio do outro lado do mundo. Um prêmio sujo e indecente. Um emblema de uma dívida corrupta.

Sem medo de pôr a mão no fogo, eu confesso para mim mesmo, ele não merecia isso. Certamente não merecia nascer em um lar desestruturado, e com certeza não merecia ser abusado em todos os aspectos que essa palavra pode sugerir.

Então, é olhando para uma de suas inúmeras fotos que me foram entregues, ainda dentro do quarto de hotel, que faço essa curta reflexão, sem negar a empatia que consigo transmitir pelo Park.

Ele era só um garoto começando a vida, essa é uma injustiça que me faz sentir prazer em vingar.

Analisei a cor de seus cabelos, os traços que se moldavam nos olhos, o nariz delicado, o corte da mandíbula bem cerrado e por fim a boca de lábios cheios. Irei me lembrar de cada detalhe quando o encontrar. Não poderia esquecer um rosto como esse afinal, o garoto tinha de fato uma beleza notável, algo que poderia atrapalhar um pouco as coisas, já que por ser belo, atrairia olhares.

Ouvi batidas na porta e deixei a foto do garoto em cima da mesinha. Fui até o espelho e dei uma última checada na minha aparência. O colete, assim como as armas, se escondiam tão bem no terno que era impossível supor que havia algo abaixo daqueles panos.

— Angélica disse que ele acabou de sair da boate. Está pronto? — SeokJin perguntou, escorado no batente da porta enquanto checava as horas no relógio.

— Vamos lá.

— Ótimo, aqui está a cópia do cartão de Taehyung, aparentemente iremos sim precisar dele. — Ele me estendeu a cópia e eu guardei no bolso do terno. — Agora vamos!

Em vez de usarmos a van, contamos com o auxílio de um dos motoristas do hotel para nos levar até o local, onde à poucas quadras de distância, Taehyung e Namjoon já esperavam em uma outra van.

— Tae vai entrar com a gente? — Perguntei enquanto recarregava a pistola que ia usar na cintura.

— Não, pelo o que Angélica disse, ele está se comunicando com um dos infiltrados da boate. Ele será a nossa rota de fuga então, não entrará com a gente.

— Vamos sair pelos fundos da boate ou pela frente? — Tentei ter uma noção da chacina que isso seria.

— O plano é sair pela frente.

— Se livrando de todo e qualquer segurança.

— Sim, do contrário teríamos muitas vítimas.

— Certo, vamos fazer assim então. — Guardei a arma e chequei o relógio, eram quase duas horas da manhã. — Isso vai ser de foder.

𝚁𝙴𝙲𝙾𝙼𝙿𝙴𝙽𝚂𝙰 (JJK + PJM)Where stories live. Discover now