39.Torture

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Caracterizados pelos atos de violência, considerada por muitos como meios mais fáceis de conseguir informações. Não só a dor te faz jogar tudo para fora, mas a privação de certas necessidades do ser humano se tornam insuportáveis dependendo de cada ato, não seria mais fácil a tortura?

- Como veio parar aqui? - Dizia Tommas enquanto estávamos no meio de uma chuva de balas ao norte de Israel.

- Se concentra em sua mira, ajuste o ponteiro. - Ao lado se encontrava eu uma recém formada na academia militar de Washington, segurando um binóculo sendo babá de marmanjos, em cima de um telhado sujo e fedendo a mijo.

- É sério! Vamos ficar muito tempo aqui, que tal nós conhecemos mais como parceiros. - Sua distração era imperdoável no meio militar, toda aquela conversa desnecessária enquanto nossos irmãos eram linha de frente abaixo de nós.

- Continue de olho no inimigo, teremos resgate daqui a 7 horas.

- Não sabemos nem se daqui a 7 horas estaremos vivos. - Ele se voltava a posição de sniper depois da desesperada chamada de atenção - Estamos muito expostos, aqui é o território deles, somos alvos fáceis daqui de cima.

- Por que acha isso? - Naquele momento tirei o binóculo de minha vista e olhei Tommas intrigada.

- Está vendo aquela igreja a 200 metros ao sul? - Voltei a usar o binóculo enquanto falava - Tem um sniper ali, não sei exatamente, mas está ali.

- O que te faz pensar que tem alguém ali?

Ele olhou o relógio.
- A uma hora o binóculo dele refletiu, bem para cá. Não sabem que estamos aqui por enquanto.

- Devemos ligar para apoio?

- Não! Não sei se ainda está lá, seria perda de tempo, o capitão ficaria furioso por uma chamada sem certeza.

- A questão não é essa, tinha que ter comunicado alguém sobre movimentação.

Ele me olhou sarcasticamente rindo.

- Você é apenas uma garota assustada, continua fotografando cadáveres e deixa com as pessoas experientes aqui, ok?!

A atitude dele era a mais incoerente e errada possível, são erros assim que matam pessoas, a falha na comunicação se torna mortal no meio militar e em qualquer relação social. Não podia contestarlo por ser de uma patente acima de mim, mas poderia fazer minha parte.

- Aqui é Alpha 150, comunicando uma movimentação estranha a 1 hora lado sul ponto igreja central, câmbio.

- O que está fazendo disse para não dizer nada, não temos certeza.

"Alpha 150 base 33 realizada verificação, aguarda notação da área, câmbio"

- Não interessa se não temos certeza, o avisar é sempre a melhor escolha.

Ele me olhou com fervor e discórdia enquanto passava as mãos em seu rosto suado.

- O céus, deixa eu te ensinar soldado, a certeza é o que ensinam todos os dias no treinamento, tenha certeza ou não puxe o gatilho, não faça pessoas perderem tempo, sabe o que podem fazer, trazerem um helicóptero e bombear toda aquela igreja por nada, nenhum tiro foi disparado de lá, como disse não tenho certeza, pode-se ser qualquer coisa, até um dos nossos tentando passar um recado. Sua temoisia vai acabar te matando.

- Não se preocupe com minha teimosia, se concentre lá embaixo que ficarei de olho no espelho refletor. - Senti que ele respirou fundo e balançou a cabeça descontente com tais atos meus.

Incertezas ou certezas nada de meio termo talvez era isso que ele queria me passar, faltava duas hora para que pudéssemos sair daquela posição que estávamos a 5 horas direta. Tiros eram disparados ao longe e um caos se instalavam nas ruas próximos a nós, não tínhamos informações fazia 3 horas, nosso local de resgate ficava a 700 metros de onde estávamos, teríamos que sair 10 minutos antes, pois se não tivéssemos lá, só seríamos resgatados ao amanhecer, esse era o preço de se saber se virar sozinha. Eu estava ali apenas fotografando corpos de guerra nem uma arma eu tinha, pois estava sempre acompanhada, decidi então esticar as pernas no andar de baixo da casa que estávamos.

Julgamento ao Amanhecer - Zumbie™Where stories live. Discover now