Maçã Do Amor

Capítulo 12

Olá amores, passando para deixar mais um capítulo para vocês, comentem e votem, pois isso nos ajuda muito, bom fim de semana beijos e se cuidem 💕😘

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Evie

Ao chegarmos no quarto vejo, que Simon está nervoso, se eu estou nervosa e a história nem é minha imagine ele? Não o julgo por isso.

Simon coloca a chave no criado mudo, e se senta na cama. Passa as mãos no cabelo e isso é mais um sinal de que ele está muito nervoso. Me sento ao seu lado, e o abraço, sinto Simon tremer, quando vejo ele está chorando.

- Simon, você não precisa contar se não quiser amor, eu vou te entender, conta quando você se sentir bem. - Digo beijando seus lábios.

- Eu preciso, eu tenho que te contar, não posso, e não quero me casar com você, sem lhe contar meu passado.

- Tudo bem, mas se ver que não dá para continuar, para e está tudo bem. - Digo me sentando de frente para ele.

- Meus pais adotivos, eles não eram os melhores pais do mundo, mas eu achava normal. Mas tudo piorou, eles começaram a beber, se envolverem com vários tipos de gente, aos 13 anos eu trabalhava em um mercadinho perto de casa, para poder levar comida não só pra mim, mas para eles. Eles me batiam quando eu não levava dinheiro, eles não queria comida, eles só queriam o dinheiro, e era assim, noite e dia eles me batiam. Numa das surras que eles etavam me dando, eu cai da escada e tive uma fratura na costela, eles disseram ao médico que eu adorava subir correndo por elas. Foram assim por mais 4 anos, surras, xingamentos. Ao meus 17 anos sai de casa e fui morar só, arrumei um emprego, comecei a trabalhar e estudar ao mesmo tempo. Quando consegui uma bolsa, ingressei na faculdade, eles apareceram, dizendo que queriam dinheiro, que poderiam contar algo que eu não sabia. Não dei a eles, fui para casa, na outra semana eles apareceram lá, mas não estavam sozinhos, me bateram, roubaram todo o meu dinheiro, o pouco que eu tinha para me sustentar, mas antes deles saírem, me contaram algo.

- O que eles te contaram Simon? - Pergunto interrompendo ele.

- Eles, disseram que eu não passava de um rato abandonado pela própria mãe, que não eram meus pais verdadeiros, que eles só me criaram para poderem me fazer sofrer, e que eles já tinham feito o que queriam.

- Meu Deus Simon, como eles puderam fazer isso? Eles são uns monstro.

- Eu fiquei lá, jogado ao chão, todo machucado, até que a vizinha do lado, uma senhora tão simpática, me ajudou, ela disse que ouviu a gritaria, mas ficou com medo de interferir.
Como eles tinham pego todo o meu dinheiro, eu não tinha nada para poder pagar o aluguel, e foi essa senhora que me amparou, me ajudou me deu um lar, é por isso que essa fazenda e a vila tem o seu nome, é uma homenagem a ela.

Ele respira fundo, aperto sua mão dando força para que ele continue o relato.

- Duas semana depois do ocorrido, uma mulher toda chique apareceu na minha porta, os seus olhos eram iguais aos meus, disse a ela que a dona da casa não estava, que tinha saído, mas já voltava. Então ela disse que não foi lá para falar com a dona da casa, e sim comigo, me espantei na hora, então foi quando soube de toda a verdade.

- Essa mulher era a sua mãe Simon? - Pegunto e ele me olha com os olhos cheios de lágrimas.

- Sim, ela me disse que nunca me abandonou, que quando eu nasci foi a maior festa, que meu pai não cabia de tanta felicidade, ele queria um filho, um homem, um herdeiro. Eu não quis ouvir ela, a mandei embora, eu não conseguia acreditar, depois de tudo que eu vivi, porque ela veio no momento que eu estava bem? Porque não foi atrás de mim quando eu era pequeno? Teria evitado todo sofrimento, todas as surras.