VI. A Primeira Batalha

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AVISO: Várias descrições gráficas. Se acham inapropriado não leiam, está explícito que é uma história com conteúdo adulto. Eu nem deveria colocar este aviso porque deixei estas informações todas esclarecidas logo no início, mas sei que o wattpad tem removido coisas por menos, e não quero perder algo que me deixa feliz a mim e aos meus leitores por causa de uma estupidez

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26 de setembro de 1742

   A Batalha de Prahova foi a primeira das grandes batalhas do século. Anos depois, o povo cantaria ao príncipe que derrotara os otomanos com fogo e armas. Sim, com fogo e armas. O Vampiro não aceitaria derrotas. Não recuaria, não regressaria à sombra onde permanecera durante séculos, e não se curvaria perante ninguém, fosse um Duque ou o seu próprio irmão. 

   As chamas erguiam-se, altas e conquistando o céu noturno, enquanto as catapultas se preparavam para atacar do alto das montanhas, antecipando o massacre que se começava a avistar. Por entre o fogo, os olhos de Axl sorriam. O seu rosto transparecia uma exaltação extrema, eufórica e maníaca. O vento batia-lhe nos seus lábios que se curvavam de prazer, na sua capa, nos seus cabelos finos e longos, elevando-o e embalando-o ao som da vitória há muito aguardada. 

   -Atacar!-vociferou. Os braços das catapultas desprenderam-se de imediato, soltando-se os projéteis ardentes, e o Príncipe liderou o seu exército com um bramido, erguendo a sua espada de prata. As tropas desceram os campos verdes como uma avalanche, quase a flutuar sob a chuva mortífera da noite iluminada.

   Os aldeões otomanos começaram a sair dos seus casebres, espavoridos. Uns imploraram aos céus, outros pegaram nas suas foices, forquilhas e enxadas, inseguros, mal preparados, carne para a carnificina. 

   A dois quilómetros dali, uma dúzia de barcos descia o rio silenciosamente, pelas águas escuras e paradas. Slash erguia-se na proa de madeira, que estalava ocasionalmente, e dava ordens gestuais aos homens do seu pai para que estes continuassem a remar. A remar, a remar, a remar, até Saul observar os detritos que cruzavam o céu em chamas. Era o sinal. 

   O exército rugia pelo vale adentro, estremecendo a terra à passagem. As gentes viram o inferno diante dos seus olhos, aterrorizadas quando a fúria do Vampiro se abateu sobre elas. O choque foi imediato, violento e mortal. Ao avançar, os cavalos espezinharam os corpos dos homens que se tentavam defender, despedaçando-os na terra seca, e esmagando os seus crânios contra as pedras. 

   Aos poucos, os soldados inimigos que se encontravam ali acampados saíam à rua para ver o que se passava, apanhados de surpresa. E morriam em choque, as lanças e espadas penetravam os seus corações e decapitavam-lhes as cabeças sem que pudessem reagir. Os corpos tombavam e desfaziam-se em sangue, as entranhas dilaceradas eram expostas ao ar da noite, e outros eram atingidos pelos projéteis das catapultas que os arremessavam e mutilavam, despegando-se os membros uns dos outros. Os gritos roucos das mulheres ecoavam, lamúrias infernais daquelas que eram queimadas ainda respirando nas suas casas, ardendo e ardendo até se reduzirem a cinzas. Algumas crianças foram levadas como cativas, as outras eram atiradas às correntes do rio, padecendo e ressurgindo inanimadas à superfície depois do suspiro derradeiro.

   Então começaram a chegar mais soldados que tentavam travar o massacre das tropas de Axl. Iniciou-se aí a luta corpo a corpo, e as perdas humanas alastraram-se ao exército do Vampiro. Conduzindo Odin pela planície ventosa do vale, Rose desferia golpes mortais nos seus inimigos com destreza, atento à tática que tinha delineado. O exército romeno formava uma meia-lua, encurralando gradualmente a faixa de homens adversária contra as margens do rio. Até então acumularam fúria e imprudência, tentando movimentos impulsivos e falhados contra as forças superiores e mais bem-preparadas de Rose. 

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