Prólogo

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???'s pov

- Ei, onde você está agora? – Alguém pergunta no outro lado da linha telefônica. – Na frente da escola de câncer. Cacete, quanto rosa! – Exclamo usando a minha língua original. – Né? Até eu fiquei surpresa com isso! Mas espera quando entrar. Seus olhos vão arder!

- Vixi. Se for assim, melhor me preparar. Te vejo depois. Tchau. – Recebi um Tchau antes de desligar a ligação. - *suspiro* Que ótimo dia para estudar... Mentira. – Ah é, nem me apresentei. Eu sou Leonardo Sakamoto. Tenho 16 anos e já moro sozinho. De acordo com as normas daqui, com 13 anos já pode ser considerado um adulto. Aproveitei desse fato e escolhi morar sozinho ao invés de ficar com uma família guardiã. Pelo menos posso cuidar da minha própria bunda sem ninguém para me encher o saco. Como podem perceber pelo meu nome, sim, eu sou meio brasileiro e meio japonês. Deixa-me esclarecer a minha situação.

Há algumas semanas atrás, eu tinha recebido uma carta. Dizendo que eu tinha sido aceito na melhor e mais rica escola do Japão. Quando eu recebi a carta, eu não sabia se eu chorava ou ria da minha própria desgraça. Primeiro que eu nunca tinha ouvido falar da escola Ouran em toda minha vida. Nem no Japão eu morava, e sim no Brasil junto com os meus pais! Segundo, eu pensava que o teste que eu tinha feito tinha um prêmio, mas não suspeitava que fosse uma bolsa integral para melhor escola do Japão! O pior de tudo é que eu passei. Por que é que eu não li as letras minúsculas? Era só dar o zoom, cacete...!

Agora, aqui estou eu. Entrando na escola com a cor do câncer de mama, com as mãos nos bolsos da calça do uniforme. Olho ao redor não deixando de quase rir ao ver os vestidos que as meninas usavam. Parecia um bando de cogumelos andantes! Eu sorrio de lado ao me lembrar de que ela também deve estar vestindo aquilo. Ah, eu vou puxar o saco dela por causa disso.

Andando pelos corredores, não deixo de notar que algumas pessoas me olhavam de forma estranha. Algumas ficavam enojadas outras nem me olhavam. Já um certo par de gêmeos, me olhavam curiosos.


Vou até a secretaria para receber o meu formulário. Lá, uma moça peituda com uma maquiagem pesada, sentava no lugar da secretária. Seu batom estava em um vermelho puro e o colarinho do seu uniforme estava levemente aberto, mostrando toda a sua abundância. Olho para ela sem expressão, não era como se isso fosse algo absurdo. Já vi coisas piores. Estou impressionado que o pessoal daqui ao menos permite isso.

Ela conversava com alguém pelo telefone fixo, que tinha uma cor rosa bebê, quando ela nota a minha presença e com um adeus meloso desliga o telefone para falar comigo. – Posso ajudar querido? – Ela pergunta com uma voz "sedutora", que parecia mais um bando de papagaios falando ao mesmo tempo. Eu assinto e digo: - Estou aqui para pegar o meu formulário. Sou Sakamoto Leonardo. – Responde sabendo que a ordem dos nomes é diferente nesse país. Ela pula levemente, fazendo os seus airbags seguirem o seu movimento. – Oh, Sakamoto-san! Achei que o senhor iria vir para o tour ontem! – Ela se vira e começa a teclar no seu computador. – Sim. Infelizmente, um compromisso urgente surgiu. Porém, agora estou aqui para recompensar a minha ausência. – Falo com a voz mais educada que eu poderia fazer. A parte do compromisso... Era mentira. Na verdade, eu estava com preguiça de vir e acabei tendo que maratonar os meus preciosos animes. Que lástima, não? Ela termina de teclar e me entrega uma folha para eu assinar. – Por favor, assine aqui. – Faço o que foi pedido. – Obrigada. Aqui está. Sabe, fiquei impressionada com o seu Japonês. Você fala tão fluentemente, apesar da sua nacionalidade.

- Meu pai é Japonês. Então aprendi com ele. – termino de assinar e a entrego. Ela entrega o meu formulário junto os horários das aulas - Espero que tenha um bom dia, Sakamoto-san. – Ela deseja, colocando a sua mecha loira e ondulada para trás da sua orelha. Eu apenas assinto e saio do lugar o mais rápido possível, deixando a outra sem palavras e chocada pelo fato dos seus joguinhos não darem certo. – Eh...? Droga!


Finalmente encontro a minha classe. 1° ano do ensino médio. Eh, bosta. Bato na porta três vezes levemente com a costa da minha mão. Escuto um "Pode entrar" do outro lado. Abro a porta.

Bem, lá vamos nós.

Narradora's pov

Ao a porta ser aberta, todos presta atenção para um rapaz de cabelo negro e selvagem que cobriam os seus olhos.  – Desculpe-me pela a minha intromissão. Eu sou o aluno novo. – Ele reverencia. O professor, que era bem bonito por sinal, se lembra desse fato e sorri levemente. – Ora, Sr. Sakamoto. Prazer. Eu sou seu professor. Pode me chamar de Ito-sensei. – O moreno sorri levemente ao escutar o professor falando português brasileiro. Os alunos olham para o professor confuso, não reconhecendo a língua que era falada. – Não é necessário falar na minha língua, Ito-sensei. Também sei Japonês. – O moreno responde falando Japonês no final. – Muito bem. Alunos conheçam o seu novo colega, por favor, se apresente. – Assim como foi pedido, o moreno foi para frente do quadro. – Eu sou Sakamoto Leonardo. Podem me chamar de Leo. Tenho 16 anos. Espero que nos demos bem.

- Alguma pergunta para Sakamoto-san? –  Ninguém levanta a mão. Ninguém estava curioso ou queria conhecê-lo melhor, por causa da sua a aparência esculachada. A apresentação termina. Leo acaba se sentando na frente de um rapaz que não estava de uniforme. Não demorou muito para ele logo pegar no sono.


O sinal toca, apontando o final das aulas. Infelizmente, Leo não teve muito tempo para dormir, e já que não tria ninguém para esperar mesmo, ele resolveu procurar por um lugar bacana para dormir. Mal sabia que um par de gêmeos o procurava. Ele de alguma forma consegue fazer com que eles não o notassem.

A cada sala e biblioteca que ele passava, estava cheio de pessoas que conversavam muito. Não se importando com as pessoas que queria paz e silêncio para ler. - *suspiro* É serio isso? Todo o lugar tem essas pessoas barulhentas? Hm? – Ele para em frente a terceira sala de música. – Espero que aqui também não tenha tanto barulho. – Ao abri a porta, uma luz quase o deixa cego e pétalas de rosas aprecem. Depois disso, ele consegue ver as coisas mais claramente.

Leo's pov

Assim que a luz sai. Percebo que tinha entrado em uma péssima hora. Já que se encontrava quatro caras conversando entre si. – Nos olhamos por um tempo. – Ah, desculpe-me. Achei que esse lugar estava vazio. Com licença. – Estava prestes a sair, quando eu noto que a maçaneta não se mexia. Começo a mexer nela, mas a porta não abria de jeito nenhum. - watafuqui? – Um loiro de olhos violenta surge de repente na minha frente e me analisa da cabeça aos pés, me fazendo ficar meio desconfortável. – Oh, mas que curioso.

Ah, é o Leo. - Olho para os gêmeos de cabelo ruivo. – Que caralhos? São os gêmeos Weasley? Ah, não. São os gêmeos da minha turma... – O loiro olha para os gêmeos. – Ele não é da sua classe?

- Sim. Mas não conversamos muito com ele. Já que ele passa a maioria das aulas dormindo. - Os gêmeos falam em conjunto. – Uhm... Desculpa. Mas, podem me dizer se há um lugar tranquilo e silencioso por aqui? Eu sou novo aqui, sabe. – Digo com uma voz neutra. Só a voz. Por que por dentro, eu estava completamente desconfortável com a situação. Ao escutar a minha voz, o loiro se vira para mim e aponta para mim. – Você! – Eu pulo levemente. – Você irá servir. – Levanto umas das sobrancelhas. –... Quê?

- Hikaru, Kaoru! – Ele bate as palmas e os irmãos aparecem do nada batendo continência. – Sim, senhor! – O loiro me olha. – Ajudem esse cavalheiro a se preparar. – Cada um cruza o seu braço com os meus. E assim, eu fui praticamente, SEQUESTRADO, até uma parte do lugar. Os dois fizeram todo o trabalho e eu, sem entender merda nenhuma, apenas congelei como se eu fosse um boneco e fiquei com os olhos fechados. Que dia ótimo para estudar... Mentira.

- We're All Fucked Up, Honey~Onde histórias criam vida. Descubra agora