Prólogo

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Prólogo

A escuridão não a assustava, de forma alguma. Embora, enquanto dormia Antonella sentiu os pelos da nuca arrepiarem como se algo lhe informasse do perigo. Isto foi motivo suficiente para que abrisse os olhos.

Ficou quieta em sua cama tentando entender o que tinha a acordado. Sua respiração era baixa e calma. O quarto estava gelado, mas ela se mantinha quente por baixo das cobertas. No entanto, isto não a enganava. Algo estava acontecendo.

Com a lentidão de uma lesma, ela deslizou a mão para fora da cama e abriu a gaveta de sua cabeceira com a agilidade de um leopardo alcançou a Glock guardada ali. Seu dedo estava sobre o gatilho sem nenhuma hesitação.

Escorregando para fora da cama e ignorando o frio em sua pele, Antonella manteve o foco em pisar com cuidado para que não fizesse nenhum barulho. O que não importou muito depois do grito infantil que abalou o silêncio daquela noite.

Giovana!

Sua sobrinha estava em perigo, mas Antonella não podia se mover pela emoção. Precisava ser fria e ajudar a pequena menina. Antes de alcançar sua porta, alguém a abriu com força.

O som dos tiros perturbaram seus ouvidos, mas não abalou a firmeza de seus braços e nem mesmo afastou seu dedo do gatilho que apertava com tanta precisão.

Sentiu uma dor queimar em sua lateral e ignorou completamente. Correu para acender algumas luzes da casa e se deparou com mais dois bandidos. Eles atiraram nela e ela atirou de volta, até que suas balas acabaram e Antonella teve que partir para a luta corpo a corpo.

Ou melhor, tentou.

Eram quatro homens fortes contra ela e mais um que arrastava sua sobrinha para fora aos berros.

Socou, chutou, rolou e se machucou.

Os nós de seus dedos feriram. Seus bíceps queimaram. Suas costas gemeram sozinha. E ela nem mesmo queria falar sobre suas costelas, pois estava muito focada na sua visão ficou turva.

Matou dois homens. O primeiro que invadiu seu quarto e o segundo na sala, quebrando seu pescoço. Em um momento pensou que aqueles que sobraram iriam mata-la, mas eles correram para fora antes de terminarem o serviço.

Antonella precisou de mais do que alguns minutos para conseguir se levantar novamente. Foi difícil sentar. Seu estômago se revirou, pois alguém havia lhe chutado bem ali algumas vezes.

Giovana!

Sua mente gritava pelo nome da menina que criava desde o nascimento. A considerava sua filha.

Sua doce e gentil menina.

Precisava segui-la, mas não podia se levantar. Nem sequer conseguia enxergar com facilidade devido aos pontos coloridos que dançavam sobre os olhos. Arrastou-se pelo chão ignorando os vidros e porcelanas quebrados, passando por cima deles com uma determinação de aço. Chegando ao corredor ficou de quatro, buscando forças para se erguer mais um pouco.

Foi difícil, mas balançou sobre seus pés quando se levantou. O mundo girou em sua volta e ela apoiou-se sobre a parede e fechou os olhos. Respirou fundo e tudo o que conseguiu foi ficar ainda mais nauseada devido ao terrível cheiro de sangue que invadia sua casa.

Odiava se sentir tão vulnerável. Chegava a tremer por saber que não foi capaz de proteger Giovana. E nem mesmo conseguiria fazer isto agora, correr pela noite fria italiana e alcançá-la. Envolver seus braços em seu pequeno corpo e jurar que estava segura, que a protegeria sempre.

Antonella estava à beira do pânico, mas não permitiu que o sentimento se alastrasse por ela. Simplesmente pulou o corpo na sua porta e entrou no quarto em busca do celular.

Não foi difícil encontrar, sabia que estava debaixo do travesseiro. O número que procurada estava na discagem rápida e isto trouxe outro sentimento ruim. Não gostava de pedir nada a ele. Não depois que a deixou. Não depois de ter quebrado seu coração.

Mas agora não era o momento para ser orgulhosa.

Doeu levar o aparelho até o ouvido, mas assim que fez ouviu a primeira chamada, e a segunda, até que veio a voz dele.

Ella?

— Preciso de ajuda — conseguiu dizer antes de voltar e desligar a chamada.

Nunca era seguro falar demais pelo celular, ela não confiava em ninguém. Porém, no fundo do seu coração Antonella sabia que podia confiar naquele mafioso, mesmo que ele tenha um dia ido embora sem olhar para trás destruindo seu amor.

Gostaram?

Volto segunda-feira.

Um beijo, um cheiro...

Com carinho, Erika Martins.

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