Capítulo 14 - O passado veio à tona

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Depois de um encontro desagradável, Sakura chega ao seu apartamento e Madara estava esperando a rosada. Ele notou que algo havia acontecido com ela e não escondeu sua curiosidade.

— O que aconteceu? Qual era a emergência?

— O Konohamaru... Ele... Ele morreu.

— Como assim? Você não demorou a chegar no hospital!

— Me avisaram depois que ele havia entrado em cirurgia, ele merecia viver. — Sakura dizia com tristeza no olhar.

— Foi uma grande perda... Mas agora o problema é outro.

— Que problema?

— Ele era sua alma, você não entregou a alma dele pro rei dos demônios e ele morreu naturalmente.

— E agora? Como isso vai ficar?

— Olha moranguinho... Eu realmente não sei, isso nunca aconteceu.

— Nunca aconteceu? Como assim nunca aconteceu? Meu Deus, eu não quero ser a exceção.

— Mas você é... Você é diferente. Geralmente, quando nós demônios fazemos essa proposta, trocar uma alma para sua salvação, os humanos geralmente aceitam na hora. Muitos, colocam suas necessidades a cima de qualquer outra coisa é mais importante pra eles seu bem estar próprio, não importam as consequências que tragam para aqueles que estão ao seu redor, mas como o rei dos demônios sempre diz: Mundanos são egoístas demais para pensarem nos outros. Mas você me provou ser diferente, e me faz acreditar que existam outros diferentes.

Sakura fica em silêncio depois da fala de Madara. Ficou refletindo sobre tudo aquilo que já havia passado, demônios, caçadores das sombras, Madara, Itachi.

— Madara. Quem é Itachi? — Questionou e o semblante de Madara mudou.

— Como sabe dele?

— Isso não vem ao caso agora, Madara. Quem é Itachi?

— Itachi é meu sobrinho. Quando minha irmã morreu, ela me deixou a responsabilidade de cuida-lo.

— Então Itachi é um demônio? — A rosada questiona surpresa.

— É, basicamente sim. Mas algumas coisas aconteceram.

— O que por exemplo?

Madara permanece calado.

— Madara, por favor. Seja sincero comigo.

— Ok. — Ele respira fundo. — Antigamente, os demônios eram aquilo que as histórias contavam, tentávamos as pessoas por puro prazer, seguirmos um líder totalmente louco por discórdia e luxúria, Itachi odiava tudo isso, ele nunca aceitava as missões dadas a ele, e nosso ex-líder o baniu.

— E você fez algo pra impedir isso?

Madara novamente se cala e seu olhar se entristece.

— Madara, você fez alguma coisa pra impedir que ele fosse banido? — Sakura repete sua pergunta, com a voz mais firme.

— Não. Eu não podia arriscar minha reputação...

— Olha se você não entende o que é sacrificar aquilo que é importante pra você por quem ama, não sei o que estamos fazendo juntos. — Sakura se levanta e se dirige até a porta.

— Aonde vai? Eu não terminei a história.

— Eu preciso pensar Madara, vou pra casa da Ino. — Ela diz pegando seu celular para avisar a amiga e chamar um táxi.

Ao entrar no carro, o motorista a olha pelo retrovisor do carro.

— Qual será o destino senhorita?

Quando ela sobe seu olhar para ver quem era seu motorista, tem uma surpresa.

— I-Itachi?

— Acho que meu subordinado não passou o recado devidamente, então vim passa-lo pessoalmente.

— Bom, notei que não gosta muito de esperar, ein.

— É, boa observação. Mas, e minha resposta?

— Antes de dizer minha resposta, quero saber qual é a sua relação com Madara?

— Hum... É uma longa história. — Itachi deu a partida no carro. — Bom, ele é meu tio, depois da morte da minha mãe, fui criado com ele, mas não concordava com nada que ele fazia, então me revoltei contra ele e todo o reino sombrio e fui banido. Depois disso, aqui na terra, resolvi criar uma equipe com pessoas com poderes distintos, contra qualquer ação demoníaca.

— E o livro? Que livro é esse? Como vocês sabem pelo livro quando algum humano se envolve com demônios?

— O livro era tipo um diário pessoal do meu antigo líder. — Itachi diz ao virar uma esquina. — Dizem que o meu antigo líder escrevia os relatos das missões que os demônios faziam lá. Não tenho certeza sobre seu conteúdo, mas consegui colocar um selo amaldiçoado nele onde sei quando um humano o pegar, eu saber imediatamente qual humano foi.

— Pelo visto é inadmissível humanos terem relação com demônios.

— Claro que sim! — Itachi altera o tom de voz e freia o carro. — Qualquer humano que tenha relação com aqueles monstros devem ser punidos.

— Você é contra os demônios, ou contra seu tio?

Itachi fica calado e volta a se mover com o carro. Sakura nada disse, quando chega ao seu destino, a rosada abre a porta e antes de sair, fala com Itachi.

— Você diz que não concordava com o que eles faziam, mas o que você faz é muito pior. Seu problema é com Madara, não com os humanos e nem com os demônios, não os envolva numa luta que não são deles.

— E a minha resposta?

— Vai ter que esperar mais um pouco. — Sakura desce do veículo e entra no prédio de sua amiga.

Entrando em no apartamento de Ino, a amiga nota no olhar da rosada que algo estava acontecendo.

— O que houve Sakura? Tá tudo bem?

Sakura não pode conter suas lágrimas, já tinha chegado ao seu limite, essa história maluca estava cada vez pior, ela não aguentava mais isso e desabafou com a Ino, primeiramente ela não queria envolver a amiga nisso tudo, bom, é algo difícil de se acreditar, mas ela precisava contar, com a Ino acreditando ou não. Enquanto Sakura explicava a Ino a sua "absurda" história, Itachi estava tendo uma reunião com seus subordinados.

— Em breve, alcançaremos nosso objetivo, cortaremos de vez a ligação dos humanos com os demônios, acabando então com seus planos maléficos.

— Mas, como conseguiremos o livro? A mundana precisa abrir mão da relação que ela tem como o demônio. — Um caçador questiona.

— Ele virá até nós sem muito esforço. A paciência é a maior virtude que podemos ter. Bom, reunião encerrada.

Itachi vai até a sua sala, pensa em sua conversa com Sakura, pensa em tudo que já fez, seu coração se enche de ódio mais ainda. Como um demônio poderia ter aquilo que ele sempre quis? Madara estava em um relacionamento com a mulher que ele amava, por que ele e não eu? Itachi se questionava.
Agora seu plano dependia de Sakura, mas seu ódio por Madara era tão grande, que poderia fazer a rosada concordar por bem ou por mal...

My Demon Where stories live. Discover now