"Há a presença de uma rainha em Andunëar e o Arco da Rainha já reconheceu esse fato."
Após fugir de seu noivado e se recuperar de um ferimento de flecha, Aria decide ir para Andunëar com Tumen.
Lá, no reino do Mar do Leste, a garota participará de u...
Este é bem curto e não é muito importante para o ritmo da história, por isso resolvi adiantá-lo.
Boa leitura.
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Aria deixou o palácio bem cedo. Águia seguiu a garota naquele dia. O movimento na cidade ainda era pouco, mas algumas pessoas já iam para o trabalho. Alguns cumprimentavam Aria no caminho, acenavam sorridentes para ela. Educadamente ela também acenava. Chegando a casa de John bateu na porta e ficou aguardando. Logo ele apareceu.
Águia deu um voo rasante e pousou de leve no ombro direito de Aria. John se assustou com a aparição repentina da ave e deu um passo para trás.
– Não tenha medo – Aria o acalmou. – Ela não vai lhe fazer mal. John, essa é Águia, uma velha amiga. Comentei sobre você com ela e ela quis conhecê-lo.
– Estou honrado – disse John dando espaço para Aria entrar e fechando a porta logo em seguida.
A menina riu.
– Como conseguiu domesticá-la – perguntou John.
– Ela não é domesticada, ela é livre para fazer o que quiser – disse Aria. – Ela apenas me compreende, corresponde aos meus chamados. É uma amizade. Crescemos juntas.
Águia voou e pousou no parapeito da janela.
– Incrível – exclamou o ferreiro.
– É o que todos dizem – Aria riu. – Vamos continuar o trabalho?
– Vamos sim.
Eles buscaram as ferramentas e o material e continuaram a forjar as espadas. Enquanto trabalhavam retomaram as conversas.
– Você nasceu aqui, John?
–- Nasci – ele respondeu.
– Com quem aprendeu a arte ferreira?
– Com meu pai, ele era um ótimo artesão. Ensinou-me tudo o que ele sabia, fui aprimorando com o tempo. Mas então ele morreu quando eu ainda era novo, então herdei a oficina e continuei com o trabalho dele.
– E sua mãe?
– Minha mãe faleceu quando eu era bem novo.
– Eu estou sendo muito curiosa, não é? – Aria sentiu-se envergonhada. – Sinto muito, eu às vezes não consigo controlar minhas perguntas.
– É normal a curiosidade, não ligue para isso. Mas acho que vou ser um pouco curioso também – disse John. – Percebi que você não está movimentando seu braço direito muito bem, aconteceu algo com suas costelas?
