☽ Capítulo 6 ☾

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"A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar duram uma eternidade." - Clarice Lispector

Passando-se algumas horas, o guarda turístico os levou para o Teatro Amazonas, um monumento histórico, construído séculos atrás, antes da briga dos mortais contra as bruxas, ambos haviam se unido para ergue essas paredes, sendo usado para varias apresentações, como peças teatrais e para a música, o grupo adentrou o local e era enorme, com peças antigas, admirando-as. Por último, o ônibus parou na Praia da Ponta Negra, ao saírem, todos se deparam com o clima da tarde, a vista estava linda, principalmente o pôr do sol, que estava indo embora aos poucos. O ar estava do jeito que eles gostavam, frio, por conta de suas peles sensíveis. Mas quem ficou mais deslumbrada com o lugar foi Zelda, ao avistar a paisagem, o verde da grama, as palmeiras que decoravam a orla, o chafariz, a pracinha em que uma parte havia uma fonte d'água, que as jogava em uma determinada altura, parecia que estava dançando no ar, as crianças correndo em uma pequena ponte que atravessava por cima da fonte, a fazendo sorri simpaticamente, o ar fresco, tudo que ela queria.

— Sabrina e Ambrose iriam adorar o lugar... – pensa – E a Hilda também... – rir – Ela iria ser a primeira a fazer um piquenique nessa grama verdinha – sorri.

Enquanto a ruiva ficava pensando sobre o que faria nesse lugar, o grupo se separou, alguns foram para o campo de areia, outros para um bar mais próximo e o restante foi para o restaurante, todos animados para provarem a famosa catuaba, caipirinha, o famoso cafezinho da tarde, tomar um tacaca e um açaí com farinha de tapioca, comer o típico tucumã com tapioca, entre outras variedades. Mas Zelda estava encantada pelo pôr do sol das dezessete horas da tarde, começando a transição do azul para um rosa avermelhado, aproveitando, pegou sua câmera e começou a tirar algumas fotos, enquanto um homem desconhecido ficou admirando a beleza da ruiva, que claro havia lhe chamado a atenção, decidindo segui-la. Neste momento a morena havia parado em uma banca e comprado um copo grande de açaí, pois, adorava, principalmente quando parecia esta como um sorvete, ao receber o troco, a propria continuou, parando na direção do enorme palco que se localizava no meio da praia, diferente de Zelda, que aos poucos desceu as escadas indo em direção a praia, mas não percebeu que um homem desconhecido estava lhe seguindo, ele puxa algo do bolso, provavelmente uma faca e sem perceber continua a caminha em direção a agua. A ruiva decide tirar seus sapatos, os segurando, vai ate a margem da praia, admirando as águas escuras da linda praia, por alguns minutos, já Lilith havia terminado seu açaí, decidindo descer para ver o por do sol de lá. Em questão de minutos Zelda decide sentar para admirar o por do sol, deixando seus pertences do seu lado, o desconhecido viu a hora certa de ataca-la, disfarçadamente se aproxima para dá o bote, passou por ela e vendo que estava só, a puxou pelo braço, fazendo-a se assustar, o homem a encara, enquanto ela estava amedrontada.

— Que peixão — diz o homem a puxando contra seu corpo — Vamos brincar lindeza — tentando beija-la.

— Me solte, você não tem o direito — a ruiva se debate, ela não poderia usar magia, pois chamaria atenção de algumas pessoas que estariam lá — Eu não vou com você — gritando — SOCORRO.

— Pode gritar o que quiser, durante a semana a praia é vazia — rindo, pegando na bunda da ruiva, que se debate — E nem tente fazer nada ou vou abrir sua barriga — rindo.

Zelda nada pode fazer, já que o homem agarrou e colocou a faca encostada em seu corpo, que agora estava gelado de nervoso, com medo do que o homem desconhecido poderia fazer com a mesma. Bem perto dali, a morena havia tirado os sapatos deixando-os em uma de suas mãos, com a cabeça levemente baixa, sente um vento estranho batendo em seu rosto, lhe chamando a atenção, fazendo-o ergue-la, a morena avistar um pouco longe uma cena estúpida, mas percebe que o homem desconhecido estava com uma faca apontada na barriga da bela mulher, que estava totalmente indefesa, fazendo na mesma hora o sangue ferver em suas veias de raiva, principalmente ao avista o homem tentando beijar a força Zelda, indignada, a mesma solta dos sapatos que estava em sua mão e sai correndo em direção a cena horrorosa, o homem que estava a agarrando a ruiva, se irrita, dando um tapa na mesma, que cai na hora, colocando na hora as mãos na área batida, enquanto o homem corre, a mesma estava com tanta raiva, que o jogou no chão, nesse momento, a morena quer ajuda-la, tentando ver seu rosto e ao mesmo tempo irritada, disfarçadamente, consegue controlar o homem, agora a morena estava estava controlando os movimentos do corpo do malfeitor o fazendo marchar para a agua escura da praia, provavelmente morreria afogado ou iria direto para o inferno.

— Desgraçado —a morena estava bufando de raiva — É isso que vai lhe acontecer — com fogo nos olhos — Nunca mais vai fazer essa monstruosidade com ninguém — dizendo seriamente.

Zelda vendo aquela cena, confusa, ainda sentia seu rosto ardendo, mas ficou impressionada ao ver o que Lilith poderia fazer, na agua escura, um buraco com uma luz vermelha se abre ao mesmo aparecem umas mãos deformadas com cores brilhantes o puxando, enquanto o mesmo pede clemencia, mas Lilith o manda direto para o inferno, seria mais um para ser torturado naquele lugar, se preocupando com a ruiva, que estava com os cabelos emaranhados e com a cabeça baixa, ela a ajuda levantar, mas ainda estava zonza pelo baque.

— Você está bem... — pergunta olhando para os olhos verdes vibrantes, que lhe chamaram a atenção.

— Estou bem... — a respondendo sentindo um alivio, por ter a salvo — Só estou um pouco tonta — a olhando por alguns segundos, esses olhos azuis a prenderam, mas desviou o olhar, tentando da alguns passos, mas sem sucesso.

Zelda desmaia, sua pressão havia baixado, por conta da pressão que teve, mas antes de cair novamente no chão, seu corpo foi segurado por Lilith, que ficou sem saber o que fazer, pois, ela estava aflita, porque ela nunca tinha presenciado uma cena dessas antes, então a pegou no colo, afinal de contas, ela era forte, colocando as coisas que estavam ali, em cima da ruiva, subiu as escadas, pedindo ajuda, de algumas pessoas que estavam presentes ali, decidiu leva-la para um hospital a onde seu amigo trabalha, com cuidado a mesma a coloca deitada no banco de trás do carro, jogando os utensílios no chão do carro, adentrou no veiculo e rapidamente a levou para o hospital, ao chegar, seu amigo estava saindo na hora para comprar um café e estranha o carro de Lilith lá, ao olhar bem, avista a amiga tirando uma mulher muito linda, desmaiada do carro, deixando de ir ao local desejado para atender a bela ruiva, que a morena estava trazendo nos braços.

— Lilith o que aconteceu? — pergunta o médico — Quem é essa mulher?

— Pietro, ela foi agredida por um cara que tentou abusa-la — entrando junto com o médico, que a ajuda coloca-la na maca — Não conseguiu da nem dois passos e desmaiou.

— Ok... — chamando alguns enfermeiros — Agora deixa-a com a gente, vamos cuidar dela — pegando em seu ombro.

Pietro e sua equipe levaram Zelda para a sala de emergência, enquanto Lilith fica apreensiva, sendo conduzida a sala de esperar, realmente os olhos verde e a pele branca da ruiva lhe chamaram a atenção e sua beleza também, parecia que ela a conhecia de algum lugar, mas poderia ser só impressão, pois ambas nunca se quer se viram na vida, a deixando pensativa, enquanto a mesma era atendida no local.

𝔈𝔫𝔱𝔯𝔢 𝔇𝔬𝔦𝔰 𝔐𝔲𝔫𝔡𝔬𝔰Where stories live. Discover now